domingo, 22 de novembro de 2020

Festa portuguesa, com certeza!

 


Na Áustria, a vitória de Miguel Oliveira aconteceu mais pelo o que se sucedeu a frente do português, com Mir e Miller brigando na última curva e Miguel se aproveitando para vencer. Hoje não foi assim. Correndo em casa no magnífico circuito de Portimão, o piloto da KTM teve um final de semana majestoso, onde foi muito rápido nos treinos livres, conseguiu a pole e venceu de ponta a ponta, numa corrida absoluta rumo à uma vitória consagradora, tornando Miguel Oliveira em mais um piloto a ser observado na MotoGP no futuro.

A última etapa do Mundial de Motovelocidade teve como destaque o belo circuito lusitano, localizado no Algarve. Se a F1 tinha fica impressionada com o traçado exigente, técnico e emocionante de Portimão, com as motos a sensação de espetaculosidade foi aumentada com as fortes descidas proporcionando belas imagens, com as motos quase saindo do chão. Para coroar essa festa portuguesa, que infelizmente não teve ninguém nas arquibancadas, Miguel Oliveira foi imperial em todo o final de semana. O piloto da KTM usou o fator casa para dar um show em Portimão. Oliveira não deu quaisquer chances aos rivais e seu ritmo no início da corrida era tão forte que parecia que ele poderia até ficar sem pneus no fim, mas Miguel administrou a prova muito bem e conseguiu sua segunda vitória no ano com extrema tranquilidade e qualidade. A briga pela segunda posição foi exclusiva de Jack Miller e Franco Morbidelli, com vantagem para o australiano na última volta, contudo, Morbidelli não teve do que reclamar, pois com esse resultado garantiu o vice-campeonato, contando com as péssimas corridas dos seus adversários, como Rins e Quartararo, fora até mesmo do top-10. Já o campeão Mir abandonou quando andava nas última posições.

Como toda corrida derradeira, houveram algumas despedidas. Cal Cruthlow se aposentou das corridas para se tornar piloto de testes da Yamaha, enquanto Andrea Doviziozo saiu da Ducati e sem contrato para 2021, pode estar saindo da MotoGP também. Valentino Rossi ganhou um mural de despedida da equipe oficial da Yamaha, que mais uma vez andou muito mal, tanto que Rossi foi apenas 15º no mundial. Quartararo teve outra corrida para esquecer, ficando muito atrás do seu companheiro de equipe Morbidelli. O segundo lugar de Miller deu à Ducati o título de construtores, porém, não foram apenas os italianos que garantiram título hoje. Nas categorias menores tivemos novos campeões. E com emoção! Albert Arenas foi apenas 12º na Moto3 para se sagrar campeão, enquanto Enea Bastianini subirá à MotoGP como campeão da Moto2 de forma apertada, superando Luca Marini por apenas nove pontos, com o seu quinto lugar logrado hoje. Arenas e Bastianini flertaram algumas vezes com a derrota durante a corrida, mas na bandeirada acabaram consagrados.

E assim termina mais uma temporada do Mundial de Motovelocidade, que foi basicamente europeu por causa dessa histórica pandemia. Foi um campeonato atípico em todas as categorias, onde tirando Arenas, Joan Mir e Enea Bastianini estavam longe de serem favoritos ao título de 2020 quando o ano começou. Porém, Arenas, Bastianini e Mir mereceram seus títulos e são campeões dignos. Que venha 2021! 

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