Michael Andretti não escondia seu desejo de retornar à F1 e talvez desfazer a sensação ruim que o americano teve trinta anos atrás quando esteve na categoria, porém, mais do que emocional, a tentativa de Michael também tem muito um viés comercial. Hoje não se pode adjetivar as equipes atuais da F1 simplesmente de 'equipes', mas de franquias, que hoje valem centenas de milhões de dólares. Se antes era comum ver equipes sofrendo para se manter na F1, hoje os times, mesmo as pequenas, se regozijam com uma estabilidade poucas vezes vistas na história da categoria. Ou seja, ninguém quer sair da brincadeira e esses mesmos dirigentes sabem que o delicado equilíbrio da F1 poderia ser afetado. com a entrada de uma décima primeira equipe. Ninguém é louco para sugerir que o sobrenome Andretti e a Cadillac tem grande ressonância dentro do automobilismo mundial e nos Estados Unidos em particular.
Pois bem, a Liberty achou justamente isso. Nessa quarta-feira a FOM lançou uma nota fechando a porta na cara da Andretti, mas o surpreendente foram as explicações dadas pela Liberty pelo 'não' ao pedido da Andretti. Segundo a FOM/Liberty, a Andretti não agregaria valor à F1. Como assim cara pálida?
Uma justificativa estranha para dois nomes famosos no automobilismo, mas a Liberty deixou uma porta entreaberta para 2028, que foi o ano em que a GM disse que teria seus motores prontos para estrear. Será que até lá a Andretti permanecerá querendo a F1? Com a recusa de uma equipe tradicional na Indy e uma montadora tão mítica, o que será preciso para entrar na F1?
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