domingo, 22 de dezembro de 2024
Feliz 2025!
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Troca-troca na Red Bull
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Figura(2024): Max Verstappen
Vindo de dois campeonatos dominantes, principalmente 2023, o início de 2024 para Max Verstappen parecia que seria de continuação da soberania na F1 e a consequente quebra de recordes. O neerlandês fazia suas vitórias se parecessem fáceis, mas nos bastidores, a Red Bull entrava em parafuso e não demorou para que respingasse nas pistas. O novo RB20 foi sendo alcançado e ultrapassado por McLaren e em certos momentos, por Ferrari e Mercedes. Max Verstappen precisou reinventar-se. O piloto da Red Bull ainda conseguiu duas vitórias em Ímola e Barcelona muito na base do seu talento, mas a queda da Red Bull fez com que Max passasse onze corridas sem vitória. Verstappen passou a focar em Lando Norris, principal rival no ano e aposta da McLaren. Experiente em lutas pelo título, Max não teve pena do seu amigo e em algumas ocasiões, jogou bastante pesado com Lando, sofrendo algumas punições. Quando o campeonato corria risco, veio Interlagos e Max Verstappen efetuou uma das grandes exibições individuais da história da F1, praticamente garantindo o título com o golpe que dera em Lando Norris. O tetracampeonato foi faturado na prova seguinte em Las Vegas, mostrando que Max Verstappen se tornou um piloto ainda mais completo. Se quando tinha o melhor carro Max capitalizou num massacre sobre os demais pilotos, em 2024 o neerlandês soube jogar com as cartas que tinha e algumas vezes, levando seu carro a posições acima do potencial do bólido, administrando o campeonato com um carro que ficou em terceiro lugar no Mundial de Construtores, se igualando ao sogro Nelson Piquet. Não faltaram polêmicas e algumas atitudes infantis, mas não se pode negar que Max Verstappen é hoje o melhor piloto da F1. E ele ainda se tornará papai.
Figurão(2024): Sérgio Pérez
Foram cinco nomeações nessa parte da coluna. Mas poderia ser muito, muito mais! Se a temporada de 2023 já havia sido sofrida para Sérgio Pérez, 2024 foi ainda pior. A diferença entre os dois pilotos da Red Bull chega a ser constrangedora, mas o mexicano ainda conseguiu um vice-campeonato ano passado, completando a primeira dobradinha no Mundial de Pilotos da Red Bull, contudo, basta dar uma olhada para perceber que, mesmo tendo um dos carros mais dominantes da história da F1, Pérez sofreu muito mais do que o esperado para garantir o vice-campeonato. Imaginem então não tendo o melhor carro? A resposta foi dada nesse ano, mas assim como acontecera em 2023, a situação foi ainda mais escancarada do que o esperado. Quando o novo RB20 começou a temporada 2024 como o melhor carro da F1, Pérez fazia um campeonato até decente, superior ao que mostrara em 23. O mexicano conseguiu alguns pódios de forma consistente, mas bastou que os problemas da Red Bull florescessem para que o campeonato de Pérez degringolasse, por coincidência, logo depois de Checo acertar uma renovação de dois anos com a Red Bull. Pérez simplesmente desapareceu dos pódios, não subindo mais ao lugar dos três primeiros colocados até o final do ano. Pior do que, Pérez mal conseguia passar ao Q3, fazendo com que toda corrida se tornasse uma prova de recuperação e não tendo mais o melhor carro do grid, muitas vezes Pérez não conseguia. Não se pode culpar a Red Bull de não tentar ajudar seu piloto. Conhecida por moer carreiras, a Red Bull fez de tudo para ajudar Pérez, mas os resultados não vinham e o cômputo foi a Red Bull ter feito o campeão mundial de pilotos, porém, terminando apenas em terceiro no Mundial de Construtores, perdendo bastante dinheiro para o próximo ano. O cartel de Sergio Pérez em 2024 foi desapontador. Das quatro equipes grandes, Pérez foi o único a não vencer, terminando apenas em oitavo no campeonato e tomando incríveis 285 pontos de Verstappen. Mesmo com contrato na mão, a situação de Pérez se tornou insustentável, mesmo o mexicano levando um importante montante de patrocínios para a Red Bull. Sua saída da Red Bull e até mesmo da F1 é iminente. Todos sabem que Pérez não é o piloto que se arrastou em 2024, mas o mexicano corre o risco de sair da F1 pelas portas dos fundos.
domingo, 15 de dezembro de 2024
Melhor do que a encomenda
Tudo começou com uma denúncia de uma funcionária da Red Bull contra Christian Horner, onde segundo ela, teria sido assediada pelo chefe de equipe do time austríaco. Em tempos de inclusão, corretamente o caso foi investigado à fundo, mas de forma surpreendente Horner foi inocentado. Dias depois vazou as conversas entre Horner e a funcionária, inclusive com nudes inclusos, além de uma proposta financeira para a mulher se calar. Coincidência ou não, o primeiros veículo que divulgou o caso era dos Países Baixos, local de origem do clã Verstappen, cujo pai Jos era o mais vocal em dizer que os bastidores da Red Bull fervilhavam. Horner não se dava com Helmut Marko, causando até mesmo um racha entre os sócios austríacos e tailandeses. No fundo, Jos havia recebido uma proposta tentadora da Mercedes, desesperada com a saída inesperada de Lewis Hamilton para a Ferrari. Verstappen pai queria que o filho fosse para a Mercedes o mais rápido possível, enquanto Horner não estava focado em negociar com os neerlandeses. Pior, a vocalidade de Jos causou um atrito entre o pai da estrela e o chefe de equipe. Toda essa confusão fez com que o veterano James Wheatley anunciasse a saída da equipe, mas a principal perda foi mesmo de Adrian Newey. Um dos maiores projetistas da história da F1 e com quase vinte anos de Red Bull se cansou da confusão reinante na equipe e anunciou sua saída. Para onde vai Newey? Ferrari? Mercedes? Newey acabou indo para a Aston Martin.
Essa confusão nos bastidores certamente respingou dentro das pistas. Após a vitória em Barcelona, Max Verstappen demoraria onze corridas para vencer novamente. Sendo que as vitórias em Ímola e Barcelona claramente foram conseguidas mais no talento absurdo do neerlandês do que pelo carro. Com a cúpula da equipe mais preocupada em apagar os incêndios internos e Newey saindo do time, o RB20 não foi desenvolvido normalmente e Verstappen se reinventou. Ao invés de ser a caçador, como fora em 2021, ele seria a caça. E Max não se comportou como deveria, se tornando agressivo demais em várias situações, recebendo inúmeras punições. Enquanto isso, a McLaren ia crescendo. No início de 2023 o time papaia era a última colocada no Mundial de Construtores, mas foi se recuperando e terminou o ano em alta. Para 2024, o time sofreria o abalo com a morte do inesquecível Gil de Ferran, uma das peças chaves para a evolução do time. Pela honra do brasileiro, a McLaren fez o que Gil faria: continuou trabalhando. Após um início de ano titubeante, a McLaren conseguiu sua primeira vitória em 2024 em Miami, significando também a primeira vitória de Lando Norris. O simpático inglês parecia acima da lua quando venceu e esse foi o grande problema de Lando e da própria McLaren. A vitória em Miami parecia ocasional e os envolvidos demoraram a perceber que os problemas internos da Red Bull vieram para ficar e a McLaren seria a grande rival da Red Bull, com Norris como principal piloto. Mesmo tradicional, a McLaren não tinha experiência em brigar pelo título e isso se mostrou decisivo. O time de Zak Brown errou em várias decisões, principalmente na administração dos seus pilotos, pois Oscar Piastri foi um dos destaques do ano, amadurecendo cada vez mais, venceu duas corridas. As duas, derrotando Norris na pista, incluindo uma troca de posição na Hungria e o surgimento do 'Papaya Rules' em Monza, o que significou menos pontos para Norris e uma derrota amarga para a McLaren.
Quando Verstappen se deu conta que seu principal rival seria Norris, o neerlandês começou a focar em Lando e jogar duro com o inglês, que por sua vez, se mostrou um piloto sem maiores respostas para os ataques de Max, incluindo uma derrota decisiva no México, quando Verstappen fechou de forma agressiva Lando Norris, foi devidamente punido, mas com receio de ser jogado para fora, Norris ficou um stint inteiro atrás de Max sem atacar, esperando a punição, mas perdendo tempo para atacar as Ferraris. A falta de desenvolvimento necessário da Red Bull acabou se refletindo mais em Sergio Pérez, que de um início de ano promissor, que lhe rendeu uma renovação de contrato, acabou se transformando num pesadelo para o piloto mexicano, que passou a ter vexames em praticamente todas as corridas, a ponto da Red Bull despencar para o terceiro lugar no Mundial de Construtores. Pérez foi o único piloto das quatro equipes top a não vencer e terminou num longínquo oitavo lugar no campeonato, tornando a posição de Checo insustentável dentro da Red Bull e da própria F1. Mesmo com todos os erros, a McLaren venceu o Mundial de Construtores em 2024, o primeiro no século 21, após 26 anos. A McLaren começará 2025 com a moral de ser atual campeã, mas terá que administrar melhor seus pilotos e Lando Norris terá que deixar de lado seu lado de 'nice guy' se quiser brigar pelo título de verdade.
Se perdeu o Mundial de Construtores, pelo menos a Red Bull viu Max Verstappen vencer o Mundial de Pilotos, com destaque para a incrível vitória em Interlagos, onde estive presente. O neerlandês teve azar na classificação com chuva e somado a uma punição, largou apenas em 17º. Com a pista molhada, Max efetuou uma das grandes exibições individuais da história e conseguiu uma vitória decisiva, dando um golpe definitivo em Lando Norris, que largou na pole, mas naufragou na corrida. O título foi confirmado na prova seguinte em Las Vegas. Na última corrida, a Ferrari ainda tinha chances de conquistar o Mundial de Construtores e mesmo lutando bastante, acabou derrotada. Porém, a grande notícia da Ferrari foi antes mesmo de começar o campeonato, com a espetacular contratação de Lewis Hmailton para 2025, numa das trocas de equipes mais rumorosas da história da F1. A Ferrari teve seus altos e baixos, com vitórias convincentes junto com corridas medíocres. Fred Vasseur terá que melhorar essa irregularidade para receber bem Hamilton. Leclerc venceu pela primeira vez em casa e estava na luta pelo vice-campeonato com Norris até a última corrida, mas teve um ano bastante irregular, como a equipe. O demitido Sainz venceu na Austrália e parecia muito forte num primeiro momento, mas seus altos e baixos, muito provavelmente causadas pelas difíceis negociações por um lugar na F1, refletiram no desempenho do espanhol, que só conseguiu um lugar na Williams. A Mercedes esteve longe de impressionar, mas pelo menos conseguiu quatro vitórias e fez uma despedida digna a um depressivo Hamilton. De saída da equipe, Hamilton teve corridas muito abaixo no ano, mas venceu em Silverstone, num momento onde a Mercedes andou melhor: em pistas lisas e com temperatura baixa. Para o lugar de Lewis, virá o novato Andrea Kimi Antonelli, sensação das categorias de baixo, mas que decepcionou na F2. O primeiro teste do italiano em Monza viu-o fazer a melhor volta antes de bater na Parabólica. Será interessante ver como George Russell se comportará como líder da equipe e com um jovem novato sem experiência alguma ao lado. Sempre com Max Verstappen como possível sombra nos próximos anos.
Com quatro equipes disputando a vitória, algo raro na história da F1, as demais equipes ficaram com as migalhas. Após um ótimo ano em 2023, a Aston Martin naufragou em 2024, mas com esperanças em alta com a chegada de Newey na equipe. Alonso fez uma temporada onde aproveitou todas as chances de apareceram, terminando o campeonato logo atrás dos pilotos das equipes grandes, marcando boa parte dos pontos da Aston Martin, enquanto Lance Stroll continuou mostrando que é apenas um Nepo Baby, com 'destaque' para o atolamento ridículo que protagonizou em Interlagos. A Racing Bulls começou o ano com Daniel Ricciardo, mas após derrotas do australiano para Tsunoda, foi sacado em favor de Liam Lawson, que se mostrou um piloto bastante agressivo e irascível. Tsunoda e Lawson brigam pela vaga que surgirá com a saída de Pérez, com o jovem Isack Hadjar entrando na Racing Bulls em 2025. A Haas começou o ano demitindo o midiático Günther Steiner e o movimento polêmico para os seguidores de Drive to Suvirve foi benéfico, com a equipe deixando de ver seus carros derreterem nas corridas após ótimas classificações. Hulkenberg fez um ótimo ano, com Magnussen ainda batendo demais, chegando a ser suspenso por uma corrida. Os dois não ficarão na equipe para 2025. Com a apendicite de Sainz em Jedá, o jovem Oliver Bearman estreou na F1 de forma tão impressionante, que ele ficará com a Haas em 2025. Bearman fez algumas corridas na Haas, mostrando ter condições de estar na F1. O outro piloto será Esteban Ocon, que veio da Alpine, outro time em ebulição. Os franceses começaram com o pior carro do ano e isso causou uma série de demissões da cúpula gaulesa, além de trazer de volta Flavio Briatore. Um dos primeiros atos do italiano foi acabar com o tradicional programa de motores da Renault, causando revolta dos engenheiros franceses. Porém, Flavio ainda tem sorte, pois uma corrida mágica colocou Ocon e Gasly no pódio em Interlagos, garantindo um sexto lugar no Construtores, mas com seus dois pilotos não se dando bem, Ocon foi para a Haas e Jack Doohan pelo menos começará em 2025, pois o australiano começará o ano sob observação do sempre draconiano Briatore. A Williams terá Sainz em 2025 com a esperança de ter menos carros destruídos, algo que atrapalhou bastante a equipe, além do péssimo Logan Sargeant, dispensando após mais uma pancada. Para o lugar do americano, veio o argentino Franco Colapinto. Ninguém esperava nem que ele estreasse, mas Franco fez corridas convincentes a ponto da Red Bull se interessar nele, além de causa verdadeiras invasões de torcedores argentinos nos autódromos, mas os acidentes de Franco diminuíram o ímpeto do portenho e ele acabou de fora da F1 em 2025. Por enquanto. A Sauber foi a pior equipe do ano, só marcando pontos já nas provas finais. Seus dois pilotos saíram da equipe (e da F1) pelas portas dos fundos, mas com a chegada iminente da Audi, há esperanças para o time, que terá a experiência de Hulkenberg e o talento emergente de Gabriel Bortoleto, atual campeão da F2 e colocando o Brasil no grid depois de muito tempo.
A temporada 2024 foi bem melhor do que a encomenda, com quatro equipes brigando por vitórias e trazendo algo que a F1 não via faz tempo: quem iria vencer uma corrida? Que 2025 continue assim!
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
MotoGP entre nós
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Figura(ABU): McLaren
Quando Mika Hakkinen venceu em Suzuka em 1998, o finlandês não apenas garantia seu primeiro título mundial de F1, como também a McLaren vencia o Mundial de Construtores pela oitava vez. Mika repetiria a dose no ano seguinte, mas a McLaren esperou mais de vinte e seis anos para conquistar seu nono troféu, consolidado nesse domingo com uma vitória dominante de Lando Norris. A forma como Lando venceu no asséptico circuito de Yas Marina só demonstra a força atual da McLaren e como o time comandado por Zak Brown sofreu mais do que devia para conquistar o Mundial de Construtores de 2024. Mesmo bastante tradicional, a atual equipe McLaren nada tem a ver com os tempos de Hakkinen e essa falta de experiência esticou a agonia, mas numa corrida sem maiores emoções, Norris exerceu a força do McLaren MCL38 e definir o último título que faltava nessa surpreendente temporada 2024. A McLaren cometeu inúmeros erros quando se viu com o melhor carro do grid, mas pôde comemorar uma grande reviravolta esportiva. Alguns anos atrás, a McLaren sofria com um motor Honda que quebrava loucamente e no desespero, partiu para o motor Renault. Tudo parecia dar errado ao time fundado por Bruce McLaren em 1963, mas a chegada de Zak Brown significou uma melhoria drástica no time, que foi melhorando com contratações não apenas de novos pilotos, mas de pessoal de staff, em especial Andrea Stella, engenheiro por muito tempo da Ferrari. Com as bençãos do inesquecível Gil de Ferran, a McLaren entrou 2024 ainda tateando, mas a partir da vitória de Norris em Miami, a McLaren se viu com o melhor carro. A falta de experiência do atual time nessa situação fez com que a McLaren perdesse pontos preciosos na tentativa de Lando Norris (que também vacilou em inúmeros momentos) de tentar enfrentar Max Verstappen. Se perdeu o título de pilotos, pelo menos garantiu o Mundial de Construtores. Mesmo Piastri tendo feito um quarto final de campeonato abaixo, incluindo a prova de hoje, onde foi décimo depois de levar uma punição por acertar a traseira de Colapinto na relargada, o australiano deverá crescer ainda mais em 2025, enquanto esperamos ver um Lando Norris mais cascudo e menos infantil.
Figurão(ABU): Valtteri Bottas
Na quinta-feira, os pilotos da F1 se reuniram para um jantar de confraternização, algo que já está se tornando tradicional no circo. Mesmo que alguns não tenham comparecido, havia um bom número de pessoas e sobrou para Valtteri Bottas pagar a salgada conta num restaurante em Abu Dhabi. Talvez preocupado com a fatura do cartão de crédito, Bottas esteve irreconhecível no domingo, se envolvendo em dois incidentes separados e totalmente sem sentido. Na primeira volta o nórdico vinha no meio do pelotão, local onde passou boa parte do tempo nos últimos anos, e por isso Valtteri estava bem acostumado com a situação. Porém, Bottas acertou em Pérez de forma boba, causando o abandono do pobre do mexicano, praticamente na fila do desemprego. Devidamente punido, Bottas aprontou já no final da prova, quando era ultrapassado por Magnussen, que acabara de trocar pneus. Um toque infantil para um piloto tão inexperiente, resultando no abandono do piloto da Sauber e com isso Bottas muito provavelmente encerrou sua carreira na F1. Mesmo não sendo virtuoso, Bottas merecia uma despedida, ainda não anunciada, mais digna.
domingo, 8 de dezembro de 2024
Último capítulo de 2024
Voa, Bortoleto!
sábado, 7 de dezembro de 2024
Tudo certo para a McLaren
A classificação desse sábado foi marcada pela até agora triste despedida de Lewis Hamilton da Mercedes. O inglês até que tinha ido bem nos treinos livres, mas na sua última volta no Q1, Lewis pegou um cone embaixo do seu carro e com a McLaren tendo-o liberado muito tarde, Hamilton terá que amargar uma péssima 18º posição no grid. O novato Jack Doohan, nesse final de semana substituindo Esteban Ocon na Alpine, foi último e ficou bem longe de impressionar, o mesmo acontecendo com Franco Colapinto. Após um início bem interessante do argentino, Colapinto começou a fraquejar, muito pela quase certeza que ficará a pé em 2025. Quem surpreendeu em sua despedida foi Bottas. De malas prontas para o simulador da Mercedes, o nórdico pagou a conta do jantar dos pilotos e colocou seu problemático Sauber no Q3.
Por sinal, Pérez por muito pouco esteve fora do Q3. O mexicano contou com os famigerados track limits, que tirou a melhor volta de Leclerc, que com a punição recebida por trocar as baterias, deixará o monegasco na última posição no domingo. Lá na frente Max Verstappen demonstrou todo o seu talento, aliado a felicidade de descobrir que será pai, marcando um ótimo tempo no Q3, com direito a uma quase rodada na última curva. Max faria milagre novamente? Infelizmente, não. A sua segunda volta no Q3 foi longe de impressionar e ele acabou apenas em quinto, entre os surpreendentes Hulkenberg e Gasly. Sainz tentará se manter na frente com a Ferrari, mas o sábado deu tudo certo para a McLaren, que assegurou a primeira fila, mas será que Norris manterá a escrita de entregar a rapadura quando larga na pole?
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Figura(CAT): Guanyu Zhou
Antes que Max Verstappen se torne cadeira cativa dessa parte da coluna, vamos variar um pouco e colocar nomes diferentes. A Sauber vive um claro momento de transição, com a chegada iminente da Audi, mas isso significou um ano de 2024 simplesmente tenebroso para a já tradicional equipe helvética e o time corria sérios riscos de terminar o campeonato zerado. Porém, no circuito de Lusail, a Sauber conseguiu evitar o vexame de ficar no zero e marcou seus primeiros pontos e o responsável foi o chinês Guanyu Zhou. Dispensado da Sauber e tentando uma vaga de piloto reserva em 2025, Zhou fez mais uma corrida correta e com tantos abandonos, o chinês marcou os primeiros pontos da Sauber, além de derrotar com folga seu badalado e igualmente dispensado companheiro de equipe Bottas.
Figurão(CAT): Lewis Hamilton
Antes que Sergio Pérez se torne cadeira cativa dessa parte da coluna, vamos variar um pouco e colocar nomes diferentes. Que Lewis Hamilton está entre os grandes da história da F1, não restam muitas dúvidas, mas suas últimas corridas pela Mercedes começam a preocupar... a Ferrari! Lewis sempre foi um piloto suscetível a ter problemas quando tudo não está tudo certo com ele e sua saída da Mercedes, algo que todos sabiam desde fevereiro, pode estar fazendo com que a equipe foque mais em George Russell. Algo extremamente normal e até esperado. Porém, isso pode estar afetando a confiança de Hamilton, que não apenas fica tomando tempo do seu companheiro de equipe, como mostra uma apatia fora das pistas assustadora. Totalmente sem sintonia, Lewis conseguiu tomar duas punições na corrida por culpa única e exclusivamente dele, além de incaracterísticos para alguém tão experiente quanto ele. Hamilton queimou a largada e depois ultrapassou o limite de velocidade dentro dos pits, enquanto seguia o safety-car por dentro dos pits. Erros totalmente de novato! As entrevistas de Hamilton são melancólicas, onde apenas reclama do carro e usa a palavra 'lento' o tempo inteiro. Que a fase depressiva de Lewis Hamilton passe o mais rápido possível, para o bem dele, da Ferrari e da própria F1.
domingo, 1 de dezembro de 2024
Superioridade no deserto
Na penúltima corrida do ano, Max Verstappen ainda estava faminto para provar que o seu tetracampeonato não fora conquistado por acaso. O neerlandês surpreendeu ao ficar com a pole e mesmo perdendo-a, não baixou a cabeça, respondendo na pista, superando no braço o ritmo forte da McLaren de Norris, mostrando toda a superioridade que tem sobre o grid atual. Com o Mundial de pilotos mais do que consolidado, resta o Mundial de Construtores, que ainda está aberto.