Quando Mika Hakkinen venceu em Suzuka em 1998, o finlandês não apenas garantia seu primeiro título mundial de F1, como também a McLaren vencia o Mundial de Construtores pela oitava vez. Mika repetiria a dose no ano seguinte, mas a McLaren esperou mais de vinte e seis anos para conquistar seu nono troféu, consolidado nesse domingo com uma vitória dominante de Lando Norris. A forma como Lando venceu no asséptico circuito de Yas Marina só demonstra a força atual da McLaren e como o time comandado por Zak Brown sofreu mais do que devia para conquistar o Mundial de Construtores de 2024. Mesmo bastante tradicional, a atual equipe McLaren nada tem a ver com os tempos de Hakkinen e essa falta de experiência esticou a agonia, mas numa corrida sem maiores emoções, Norris exerceu a força do McLaren MCL38 e definir o último título que faltava nessa surpreendente temporada 2024. A McLaren cometeu inúmeros erros quando se viu com o melhor carro do grid, mas pôde comemorar uma grande reviravolta esportiva. Alguns anos atrás, a McLaren sofria com um motor Honda que quebrava loucamente e no desespero, partiu para o motor Renault. Tudo parecia dar errado ao time fundado por Bruce McLaren em 1963, mas a chegada de Zak Brown significou uma melhoria drástica no time, que foi melhorando com contratações não apenas de novos pilotos, mas de pessoal de staff, em especial Andrea Stella, engenheiro por muito tempo da Ferrari. Com as bençãos do inesquecível Gil de Ferran, a McLaren entrou 2024 ainda tateando, mas a partir da vitória de Norris em Miami, a McLaren se viu com o melhor carro. A falta de experiência do atual time nessa situação fez com que a McLaren perdesse pontos preciosos na tentativa de Lando Norris (que também vacilou em inúmeros momentos) de tentar enfrentar Max Verstappen. Se perdeu o título de pilotos, pelo menos garantiu o Mundial de Construtores. Mesmo Piastri tendo feito um quarto final de campeonato abaixo, incluindo a prova de hoje, onde foi décimo depois de levar uma punição por acertar a traseira de Colapinto na relargada, o australiano deverá crescer ainda mais em 2025, enquanto esperamos ver um Lando Norris mais cascudo e menos infantil.
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