domingo, 31 de janeiro de 2010

R30


Recomeço pelas origens. Essa será a tentativa da Renault para apagar de vez da sua memória a traumatizante temporada de 2009, quando se viu envolvida num dos maiores escândalos da história da F1 e quase fechou suas portas. Não devemos negar que a continuidade da equipe foi muito por causa de longas conversas de Bernie Ecclestone com o presidente da marca, o brasileiro Carlos Gosh, na tentativa de convencê-lo de permanecer na F1 e para isso, a equipe foi praticamente vendidad por um grupo de investimento obscuro, mas ao menos permaneceu com o nome Renault. Por quanto tempo, ninguém sabe.

Tentando se desvencilhar do seu passado recente, a Renault resolveu investir no seu passado glorioso e pintou seu novo carro com o amarelo e preto tradicional, que marcou época na primeira passagem da montadora francesa na categoria no final da década de 70. Por gosto pessoal e ter na minha mente que os anos 80 foram mesmo inesquecíveis, prefiro muito mais a versão 2010 da Renault que as anteriores. O carro também ficou menos quadrado e, o que esperam seus pilotos, mais competitivo. Ninguém duvida do talento de Robert Kubica, mas o polaco já está entrando naquele momento crítico da carreira em que falta estourar e entrar definitivamente como piloto de ponta. Se ele conseguir fazer a Renault voltar a brigar por vitórias, Kubica conseguirá seu objetivo. Mostrando bem o quão confusa foi a pré-estréia da Renault em 2010, o segundo piloto da equipe só foi mostrado hoje, apesar de que tudo levava a crer que seria mesmo o russo Vitaly Petrov. Aqui vale uma observação interessante. A GP2 foi sempre considerada uma grande escola para a F1 e que seus bons pilotos tinham um atestado de garantia da categoria de base. Pois bem, mesmo sendo o atual vice-campeão da GP2, Petrov é considerado um piloto fraco e que só entrou na Renault pelos fartos patrocínios que trará, algo que não foi visto na carenagem do carro hoje. Petrov é uma incógnita pelo o que poderá fazer na F1. Ou não.

Depois de tantas dúvidas, tudo o que a Renault quer no momento é fazer uma campeonato menos atribulado do que os outros anos e com menos pressão, com a saída de Alonso, a expectativa é de tentar colocar Kubica no pelotão da frente, usando o potencial do polonês. Quanto a Petrov... bem, quanto a Petrov, pelo menos o russo trará 15 milhões de euros para os cofres da equipe. Isso é que dá para garantir sobre o novato no momento.

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