
Desde a morte de Ronnie Peterson em 1978 que o veloz circuito de Monza sofria ameaças de deixar o calendário da F1, mesmo a tradicional pista italiana ser o santuário sagrado ferrarista. Ímola havia recebido uma corrida não-oficial em 1979 e com o sugestivo nome de Autodromo Enzo e Dino Ferrari, poderia suprir muito bem como no templo ferrarista em solo pátrio e por isso recebeu o Grande Prêmio da Itália de 1980, pela primeira vez não sendo realizado em Monza desde a década de 30. Ímola trazia de volta dois ícones ferrarista, que era o próprio Enzo, desaparecido das pistas havia mais de quinze anos, além de Clay Regazzoni, que voltava ao paddock de cadeira de rodas após seu pavoroso acidente no início do ano.
A parte veloz de Ímola, entre a Variante Bassa e a Tosa, era um prato cheio para a Renault conseguir sua quarta pole seguida, com Arnoux, já fora da briga pelo título, se sobressaindo sobre Jabouille. A Williams mostrava o equilíbrio do seu carro com Reutemann ficando em terceiro, com Bruno Giacomelli conseguindo um quarto lugar apesar de todos os infortúnios possíveis e imaginários de sua equipe na sexta-feira. O helicóptero da equipe caiu, ferindo o piloto e três mecânicos. Para completar, o segundo piloto Vittorio Brambilla tentou compensar o atraso para chegar ao autódromo, juntamente com o chefe de equipe Carlos Chiti e Giacomelli, e acabou por sofrer um acidente sério em seu Alfetta Turbo. Apesar do carro ter capotado, ninguém ficou ferido.
Grid:
1) Arnoux (Renault) - 1:33.988
2) Jabouille (Renault) - 1:34.339
3) Reutemann (Williams) - 1:34.686
4) Giacomelli (Alfa Romeo) - 1:34.912
5) Piquet (Brabham) - 1:34.960
6) Jones (Williams) - 1:35.109
7) Patrese (Brabham) - 1:35.618
8) Villeneuve (Ferrari) - 1:35.751
9) Rebaque (Brabham) - 1:35.872
10) Andretti (Lotus) - 1:36.084
O dia 14 de setembro de 1980 estava ensolarado e com clima relativamente ameno, condições muito parecidas do que são vistas em
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Ao contrário do script habitual, a dupla da Renault resolve brigar entre si e faz com que Nelson Piquet ficasse próximo dos carros amarelos. O brasileiro vin
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Mais atrás, Villeneuve fazia mais uma de suas corridas extremamente fortes, sem se importar muito em resguardar o seu material. Sua Ferrari lhe proporcionara apenas o oitavo posto com muito custo, mas o canadense achou pouco e numa de suas famosas largadas-relâmpagos, já estava em quinto, pressionando Giacomelli. Na quarta volta o ferrarista deixa o representante da Alfa para trás, mas Gilles pilotava claramente acima dos limites respeitáveis de segurança, destruindo seus frágeis pneus Michelin. Na rápida curva anterior a Tosa, Villeneuve tem seu pneu estourado e bate no muro a 250 km/h, fazendo com que sua Ferrari voltasse a pista e ainda atingisse a Alfa de Giacomelli, que também aband
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A corrida fica estática na frente, com Piquet cada vez mais distante das Renaults, mas havia um destaque não esperado mais atrás. Mesmo sem embreagem, Reutemann dava um show e fazia uma corrida de recuperação repleta de ultrapassagens, deixando vários pilotos para trás em carros em condições muito melhores do que o dele. Quando estava num dia bom, era difícil bater Carlos Reutemann. O problema era que esses dias às vezes demoravam muito a aparecer. Ao contrário do seu companheiro de equipe, Alan Jones fazia uma corrida apagada, ganhando posições na base de abandonos à sua frente, mas o australiano, claramente já pensando no campeonato, já estava em quarto na volta 11 quando ele se aproximou de Arnoux.
Os carros da Renault já eram poupados pelos seus pilotos, tão acostumados a quebras espetaculares do bólido francês. Arnoux foi ultrapassado

Chegada:
1) Piquet
2) Jones
3) Reutemann
4) De Angelis
5) Rosberg
6) Pironi
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