Monza é o lar espiritual da Ferrari e os tifosi invadem o Autódromo Nazionale todos os anos, ainda mais em 1996 com a contratação de Michael Schumacher. Esse era mais um fator para que os torcedores italianos acreditassem em um milagre e a Ferrari pudesse derrotar os então imbatíveis Williams.
Após ficar com o melhor tempo na sexta-feira, Michael Schumacher voltou à realidade no sábado e Damon Hill dava um passo importantíssimo rumo ao título ao ficar com a pole, principalmente com Jacques Villeneuve tendo problemas em acertar seu carro e ainda sofrer um acidente que o fez perder tempo de pista, inclusive tendo um pequeno entrevero com Pedro Paulo Diniz, que o teria atrapalhado. O canadense ainda conseguiu arrancar um bom segundo lugar no grid, mas com um carro nitidamente desequilibrado. Durante os treinos, um carro da Minardi arrancou um pedaço de concreto da primeira chicane e os pilotos passaram a cortar a primeira chicane. Para evitar esse problema, o diretor de corrida Roger Lane-Nott resolveu colocar pneus nas extremidades da chicane para evitar que isso aconteça. Essa idéia traria sérias conseqüências na corrida.
Grid:
1) Hill(Williams) – 1:24.204
2) Villeneuve(Williams) – 1:24.521
3) Schumacher(Ferrari) – 1:24.781
4) Hakkinen(McLaren) – 1:24.939
5) Coulthard(McLaren) – 1:24.976
6) Alesi(Benetton) – 1:25.201
7) Irvine(Ferrari) – 1:25.226
8) Berger(Benetton) – 1:25.470
9) Brundle(Jordan) – 1:26.037
10) Barrichello(Jordan) – 1:26.294
O dia 8 de setembro de 1996 estava quente e ensolarado em Monza para mais um Grande Prêmio da Itália. A largada em Monza é crítica por causa da primeira chicane (ainda mais com outro obstáculo...) e quando as luzes apagaram, Damon Hill consegue uma ótima largada e se mantém na frente, mas quem surpreende é Jean Alesi, que faz uma largada estupenda e na freada para chicane pula para primeiro. Largando de sexto! Villeneve se assusta com o rápido avanço de Alesi e acaba errando, indo para a grama, mas o canadense acabaria perdendo somente uma posição. Na segunda chicane, Alesi comete um pequeno erro e Hill volta à liderança e mais atrás Schumacher lutava para se recuperar após uma péssima largada e cair para sexto. Depois da Segunda de Lesmo, Alesi parecia pronto para passar Hill na Variante Ascari, mas o inglês joga duro e mesmo por fora, segura o ímpeto do francês.
Com uma primeira volta prá lá de animada, os pilotos se aproximam pela segunda vez da primeira chicane, onde pneus tinham sido colocados na véspera e provocaria vários abandonos. Logo no início da segunda volta, Villeneuve comete outro erro e bate nos pneus, deixando um bem no caminho de Coulthard, que bateu neste pneu, roda e teve que abandonar. O canadense não escapa impune e tem a suspensão afetada, mas continuaria na prova, mesmo que sem ritmo para lutar por alguma coisa de boa na corrida. Na volta seguinte, é a vez de Alesi bater nos pneus e para desespero de Ron Dennis, mais um piloto da McLaren é prejudicado e Mika Hakkinen tem que ir aos boxes para trocar a asa dianteira. O finlandês faria uma ótima corrida de recuperação a partir desse momento. O drama da barreira de pneus improvisada já ganhava contornos folclóricos, com comissários de pista correndo desesperados para consertar os estragos que os pilotos produziam praticamente a cada passagem, mas ainda não havia terminado.
Na quinta volta, foi a vez de Damon Hill cometer um erro na mesma primeira chicane ao bater nos pneus e abandonar. O inglês ficou nitidamente desesperado com o seu erro quando liderava a corrida sozinho e velhos fantasmas vieram à tona. Hill poderia perder outro título com o melhor? Naquele momento, os torcedores em Monza estavam mais entretidos com a briga pelo primeiro lugar, entre o antigo e o atual ídolo da Ferrari. Mesmo com apenas uma vitória, Jean Alesi trazia à tona para os tifosi uma garra similar ao de Gilles Villeneuve, mesmo sem o mesmo talento e destreza do pai de Jacques, que se arrastava na pista. Por isso, muitos italianos não foram a favor da contratação do frio Michael Schumacher, mas o tempo ajudou a ver que o alemão poderia ser um astro ferrarista e antes de acabar seu primeiro ano na Ferrari, Schummy já havia conquistado os torcedores italianos. A corrida fica estática neste momento, com poucas ultrapassagens e apenas Frentzen (que fora anunciado como substituto de Hill na Williams em 1997) abandonando da mesma forma do líder do campeonato: batendo nos pneus da primeira chicane. Mesmo destino tendo Irvine, que corria tranqüilo em terceiro.
Como Schumacher não atacava Alesi e o alemão parecia não ter condições de fazê-lo na pista, restou a opção de efetuar na manobra de um modo que deixaria Schumacher conhecido mais tarde: ultrapassar nos boxes. Alesi parou na volta 31 e se a Benetton não fez um trabalho brilhante, fez seu dever de casa. Porém, Schumacher aumentou seu ritmo e duas voltas depois do francês, o piloto da Ferrari foi aos boxes. O pit-stop do alemão foi quase perfeito e de uma desvantagem de 0.6s, Schumacher transformou para uma liderança de 5s! A cada passagem do alemão em frente as arquibancadas de Monza, o público parecia delirar. Eram duzentas mil vozes gritando e empunhando sua bandeira vermelha no santuário de Monza. Schumacher fez o feijão-com-arroz no resto da corrida, mesmo dando um susto quando bateu de leve nos já famosos pneus da primeira chicane, mas sem conseqüências. Já no final da prova, Ricardo Rosset foi a última vítima desses mesmos pneus e se juntou aos seis outros pilotos que tinham muito o que reclamar aos organizadores da prova. Quem não tinha o que reclamar era Michael Schumacher e a Ferrari. Mesmo sem chances de título, Schummy protagonizava uma belíssima festa para os tifosi, que comemoravam a primeira vitória da Ferrari em Monza desde 1988. Mesmo frio, Schumacher não ficou imune a emoção. “Nunca em minha vida eu experimentei qualquer coisa tão incrível como essa. É até difícil de acreditar. É uma loucura. Eu nunca vi tantas pessoas com tanta emoção.”
Chegada:
1) Schumacher
2) Alesi
3) Hakkinen
4) Brundle
5) Barrichello
6) Diniz
Após ficar com o melhor tempo na sexta-feira, Michael Schumacher voltou à realidade no sábado e Damon Hill dava um passo importantíssimo rumo ao título ao ficar com a pole, principalmente com Jacques Villeneuve tendo problemas em acertar seu carro e ainda sofrer um acidente que o fez perder tempo de pista, inclusive tendo um pequeno entrevero com Pedro Paulo Diniz, que o teria atrapalhado. O canadense ainda conseguiu arrancar um bom segundo lugar no grid, mas com um carro nitidamente desequilibrado. Durante os treinos, um carro da Minardi arrancou um pedaço de concreto da primeira chicane e os pilotos passaram a cortar a primeira chicane. Para evitar esse problema, o diretor de corrida Roger Lane-Nott resolveu colocar pneus nas extremidades da chicane para evitar que isso aconteça. Essa idéia traria sérias conseqüências na corrida.
Grid:
1) Hill(Williams) – 1:24.204
2) Villeneuve(Williams) – 1:24.521
3) Schumacher(Ferrari) – 1:24.781
4) Hakkinen(McLaren) – 1:24.939
5) Coulthard(McLaren) – 1:24.976
6) Alesi(Benetton) – 1:25.201
7) Irvine(Ferrari) – 1:25.226
8) Berger(Benetton) – 1:25.470
9) Brundle(Jordan) – 1:26.037
10) Barrichello(Jordan) – 1:26.294
O dia 8 de setembro de 1996 estava quente e ensolarado em Monza para mais um Grande Prêmio da Itália. A largada em Monza é crítica por causa da primeira chicane (ainda mais com outro obstáculo...) e quando as luzes apagaram, Damon Hill consegue uma ótima largada e se mantém na frente, mas quem surpreende é Jean Alesi, que faz uma largada estupenda e na freada para chicane pula para primeiro. Largando de sexto! Villeneve se assusta com o rápido avanço de Alesi e acaba errando, indo para a grama, mas o canadense acabaria perdendo somente uma posição. Na segunda chicane, Alesi comete um pequeno erro e Hill volta à liderança e mais atrás Schumacher lutava para se recuperar após uma péssima largada e cair para sexto. Depois da Segunda de Lesmo, Alesi parecia pronto para passar Hill na Variante Ascari, mas o inglês joga duro e mesmo por fora, segura o ímpeto do francês.
Com uma primeira volta prá lá de animada, os pilotos se aproximam pela segunda vez da primeira chicane, onde pneus tinham sido colocados na véspera e provocaria vários abandonos. Logo no início da segunda volta, Villeneuve comete outro erro e bate nos pneus, deixando um bem no caminho de Coulthard, que bateu neste pneu, roda e teve que abandonar. O canadense não escapa impune e tem a suspensão afetada, mas continuaria na prova, mesmo que sem ritmo para lutar por alguma coisa de boa na corrida. Na volta seguinte, é a vez de Alesi bater nos pneus e para desespero de Ron Dennis, mais um piloto da McLaren é prejudicado e Mika Hakkinen tem que ir aos boxes para trocar a asa dianteira. O finlandês faria uma ótima corrida de recuperação a partir desse momento. O drama da barreira de pneus improvisada já ganhava contornos folclóricos, com comissários de pista correndo desesperados para consertar os estragos que os pilotos produziam praticamente a cada passagem, mas ainda não havia terminado.
Na quinta volta, foi a vez de Damon Hill cometer um erro na mesma primeira chicane ao bater nos pneus e abandonar. O inglês ficou nitidamente desesperado com o seu erro quando liderava a corrida sozinho e velhos fantasmas vieram à tona. Hill poderia perder outro título com o melhor? Naquele momento, os torcedores em Monza estavam mais entretidos com a briga pelo primeiro lugar, entre o antigo e o atual ídolo da Ferrari. Mesmo com apenas uma vitória, Jean Alesi trazia à tona para os tifosi uma garra similar ao de Gilles Villeneuve, mesmo sem o mesmo talento e destreza do pai de Jacques, que se arrastava na pista. Por isso, muitos italianos não foram a favor da contratação do frio Michael Schumacher, mas o tempo ajudou a ver que o alemão poderia ser um astro ferrarista e antes de acabar seu primeiro ano na Ferrari, Schummy já havia conquistado os torcedores italianos. A corrida fica estática neste momento, com poucas ultrapassagens e apenas Frentzen (que fora anunciado como substituto de Hill na Williams em 1997) abandonando da mesma forma do líder do campeonato: batendo nos pneus da primeira chicane. Mesmo destino tendo Irvine, que corria tranqüilo em terceiro.
Como Schumacher não atacava Alesi e o alemão parecia não ter condições de fazê-lo na pista, restou a opção de efetuar na manobra de um modo que deixaria Schumacher conhecido mais tarde: ultrapassar nos boxes. Alesi parou na volta 31 e se a Benetton não fez um trabalho brilhante, fez seu dever de casa. Porém, Schumacher aumentou seu ritmo e duas voltas depois do francês, o piloto da Ferrari foi aos boxes. O pit-stop do alemão foi quase perfeito e de uma desvantagem de 0.6s, Schumacher transformou para uma liderança de 5s! A cada passagem do alemão em frente as arquibancadas de Monza, o público parecia delirar. Eram duzentas mil vozes gritando e empunhando sua bandeira vermelha no santuário de Monza. Schumacher fez o feijão-com-arroz no resto da corrida, mesmo dando um susto quando bateu de leve nos já famosos pneus da primeira chicane, mas sem conseqüências. Já no final da prova, Ricardo Rosset foi a última vítima desses mesmos pneus e se juntou aos seis outros pilotos que tinham muito o que reclamar aos organizadores da prova. Quem não tinha o que reclamar era Michael Schumacher e a Ferrari. Mesmo sem chances de título, Schummy protagonizava uma belíssima festa para os tifosi, que comemoravam a primeira vitória da Ferrari em Monza desde 1988. Mesmo frio, Schumacher não ficou imune a emoção. “Nunca em minha vida eu experimentei qualquer coisa tão incrível como essa. É até difícil de acreditar. É uma loucura. Eu nunca vi tantas pessoas com tanta emoção.”
Chegada:
1) Schumacher
2) Alesi
3) Hakkinen
4) Brundle
5) Barrichello
6) Diniz
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