Quando um piloto se destaca numa equipe pequena ou média, normalmente ele é contratado por uma equipe maior. Foi isso que eu aprendi ao longo dos anos acompanhando a F1. Mas a F1 está diferente. E para pior...
Nessa tarde a Lotus, quarta colocada no Mundial de Construtores, anunciou Pastor Maldonado como seu segundo piloto para 2013 para o lugar de Kimi Raikkonen. A Lotus pode estar passando dificuldades seríssimas no quesito financeiro, mas vá lá, tem uma estrutura fortíssima que não fazem dez anos conquistou um bicampeonato. Ou seja, é, sim, uma equipe de média para grande. Com Raikkonen saindo de suas estranhas por causa desses mesmos problemas financeiros, a Lotus poderia contratar um Nico Hülkenberg, o piloto mais ascendente dos últimos tempos. Mas, novamente falando, a Lotus está com problemas financeiros. E preferiu Pastor Maldonado.
O venezuelano é rápido e sua vitória incontestável no Grande Prêmio da Espanha do ano passado é a prova disso, mas Maldonado parece ser um piloto mimado. Explico. Apesar de rápido, Maldonado erra demais e nas famosas explicações pós-corrida, Pastor nunca assume as suas cagadas, preferindo se colocar num patamar de que está acima do bem ou mal, pois sempre haverá alguém precisando de seu providencial patrocínio da PDVSA, mais especificamente, da propaganda Chavista, que detesta o capitalismo, mas investe forte no esporte mais... capitalista que existe!
Pastor Maldonado entra na Lotus em seu pior momento, onde foi derrotado por um novato tanto nas classificações como no campeonato pela Williams e saiu criticando a equipe que o acolheu nos últimos três anos. São três anos onde Pastor Maldonado mostrou muita velocidade e pouco juízo, uma equação perigosa na F1, mas seus dólares bolivarianos-ditatoriais se mostram bem mais interessantes para uma equipe boa, do que o talento puro e simples. A F1 está ficando de ponta cabeça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário