sábado, 20 de dezembro de 2014

Conversa velha

Alguns meses após seu terrível acidente em Indianapolis, Nelson Piquet foi entrevistado por Jô Soares e, como não poderia deixar de ser, foi muito falado sobre a recuperação (inclusive com uma foto nada bonita de como ficou o pé de Nelson após o acidente...) do brasileiro e suas expectativas para o futuro. Mas o que me chamou mais atenção foi a pergunta feita pelo Jô no minuto sete do vídeo abaixo. Só lembrando, 1992, ano da entrevista, a F1 foi amplamente dominada por Nigel Mansell (chamado de 'Idiota Veloz' por Piquet...) e aqui no Brasil ficou a sensação de que a F1 estava perdendo sua competitividade. "Sempre foi assim. Geralmente sempre teve um time dominando. A diferença é que sempre havia dois pilotos brigando.", "No meu tempo os carros quebravam muito mais, hoje em dia, quando um carro lidera, lidera todas as corridas, no meu tempo, mesmo que liderasse, quebrava, os carros eram mais fracos. Hoje a tecnologia e o dinheiro empregado na F1 é tão maior, que a parte técnica fica quase perfeita.", "A tecnologia não deixa isso (os carros quebrarem). O capital que estão botando, a grana que estão colocando na F1 está fazendo cada dia mais a máquina perfeita." Tenho certeza que essas respostas do tricampeão cairiam muito bem para 2014, inclusive com Nelson Piquet, do qual sou fã, também falaria bem do 'seu tempo' e nem tanto de agora, para se valorizar um pouquinho. Contudo, vale a analogia. Muita gente fala do começo dos anos 90 como um dos grandes momentos da F1, mas naquele tempo se criticava a falta de competitividade e emoção, além do enorme aporte financeiro colocado pelas equipes, algo parecido do que vemos em 2014, vinte e dois anos depois dessa entrevista. Segue abaixo a entrevista na íntegra.

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