segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Figura (2014): Lewis Hamilton

E houve empate! Com quatro indicações cada um, na coluna 'Figura' ao longo de 2014, Lewis Hamilton e Daniel Ricciardo ficaram empatados, mas se houvesse essa coluna no Grande Prêmio do Japão (não houve pelos motivos do acidente de Bianchi ter obscurecido toda a corrida) ele seria o escolhido e por ter se sagrado com todos os méritos bicampeão, Lewis Hamilton foi o grande vencedor dessa coluna de 2014. Niki Lauda fez de tudo para trazer Hamilton para a Mercedes e tirar o inglês da zona de conforto que era a McLaren, que o tratava como o cara que 'levamos do nada ao estrelato'. Após seu título emocionante, Hamilton perdeu um pouco o foco da carreira, brigou com o pai, começou a brigar com a namorada popstar, se meteu com rappers e assinou contrato com uma empresa de entretenimento para cuidar de sua carreira. Sair da McLaren, uma equipe de ponta, e assumir o projeto da Mercedes parecia uma loucura no primeiro momento, mas em troca de uma grande quantidade de dinheiro e um desafio enorme, Hamilton saiu do berço da McLaren para a labuta da Mercedes, onde encontrou seu velho amigo de kart, Nico Rosberg, com quem mantinha um ótimo relacionamento. Então, veio a mudança de regulamento e a Mercedes, que vinha trabalhando forte na nova tecnologia dos novos motores híbridos, veio com um carro que somente de tempos em tempos vemos dominar a F1. Hamilton parecia ter a faca e o queijo na mão, pois mesmo Nico Rosberg sendo um piloto rápido, o alemão não era tão veloz quanto Lewis e ainda era seu amigo, mas Nico tinha outros planos, e o que vimos foi uma disputa dura pelo título e o fim de uma amizade antiga. Hamilton enfrentou um adversário que não apenas tinha o mesmo carro, como também lhe conhecia no íntimo e por isso, sabia dos seus pontos fracos. Hamilton conseguiu quatro vitórias consecutivas após abandonar a primeira corrida na Austrália, mas o inglês quase perdeu o controle em Monte Carlo, quando Rosberg passou reto na Mirabeau na classificação, causando uma bandeira amarela que estragou a volta que daria a pole para Hamilton. O inglês acusou seu agora 'ex-companheiro' de trapaça e aquele foi o pior momento do ano para Hamilton, com o psicológico do inglês, seu calcanhar-de-aquiles, sendo bastante contestado. Quando o problema não era propriamente Rosberg, o seu carro lhe pregou duas peças seguidas com problemas na classificação na Alemanha e na Hungria, mas mostrando um amadurecimento gigantesco, Hamilton não baixou a guarda e partiu para duas corridas impressionantes de recuperação, inclusive chegando à frente de Rosberg em Hungaroring, causando a nova grande dor de cabeça para a Mercedes. Na corrida seguinte, Nico Rosberg não evitou um toque em Hamilton, que saiu espalhando a todos que o alemão tinha batido nele de propósito, Novamente se via um Lewis Hamilton dos tempos imaturos da McLaren, mas a experiência parece ter finalmente batido à porta do inglês, que destruiu Nico com cinco vitórias consecutivas e a liderança retomada, quando Rosberg tem problemas antes da largada em Cingapura. Após uma vitória do alemão em Interlagos, o campeonato seria decidido na última corrida do ano, em Abu Dhabi, contando ainda com a famigerada pontuação dupla. Tudo o que Hamilton precisava era de um segundo lugar, mas essa história já tinha sido visto antes, em Interlagos, sete anos antes e quase se repetir no ano seguinte. Novamente o psicológico de Hamilton foi posto à prova, mas numa largada sensacional, Lewis assumiu a ponta para não mais perde-la, deixando um problemático Nico Rosberg para trás e conseguir o bicampeonato com impressionantes onze vitórias no ano, conseguindo de lambuja o título de piloto inglês com mais vitórias na história da F1. Com dois títulos mundiais, ainda mais confiante e provavelmente tendo o melhor carro da F1 na próxima temporada, não duvidem que Hamilton esteja nessa coluna daqui a um ano. 

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