Não, não falarei da situação política brasileira e suas consequências. Porém, a F1 tem lances que lembra muito as mesquinharias da politicagem brasileira. Quando a F1 estava com várias montadoras e elas fizeram um levante contra Bernie Ecclestone em 2009 por mais poder, o velho cartola resolveu recuar e deu poder aos seus 'inimigos' de então, criando o 'Grupo Estratégico', que seria uma espécie de grupo de notáveis da F1 que decidiria os rumos da categoria.
Lógico que não ia dar certo. A F1 tem que ser gerenciada como uma grande empresa, onde pessoas capacitadas tomam as decisões, sejam elas difíceis ou não. Certas ou erradas. Com o Grupo Estratégico, as pessoas que participavam das reuniões se preocupavam basicamente com seus interesses e o resultado era que nenhuma decisão era tomada. E o pior é que a falta de gestão da categoria já começava a causar alguns estragos, principalmente com a queda da audiência e interesse até mesmo na Alemanha, sede da equipe campeã mundial (Mercedes) e berço de dois pilotos de ponta (Vettel e Rosberg). A falta de medidas atrativa ao público jovem, como a adesão definitiva às redes sociais, a saída de lugares históricos para a ida a lugares ermos como o Azerbaijão e a eterna briga entre 'esporte x entretenimento' faz com que a F1 entrasse numa espiral perigosa, onde a falta de um pulso firme fazia que os próprios donos do espetáculo (promotores, donos de equipes e pilotos) fossem os principais críticos da categoria, fazendo uma extrema propaganda negativa da F1.
Nessa quarta-feira, Bernie Ecclestone e Jean Todt deram um 'golpe' no 'Grupo Estratégico' e agora eles que darão o rumo para a F1, centralizando as tomadas de decisão neles. Ecclestone e Todt farão um pacote de medidas que incluem motor e redução de custos até o começo do ano, provavelmente com efeito para 2017. A F1 deverá ser gerida como deve ser, mas há dois poréns. O primeiro, é que Ecclestone e Todt, pelo menos aparentemente, não vem tendo ideias das mais inteligentes para a F1 e isso pode causar um estrago ainda maior. E muito provavelmente Mercedes, Ferrari, Renault e Honda não devem estar muito satisfeitas em ver todo o poder que eles tinham nas mãos indo embora do dia para a noite. Com certeza, as quatro montadoras restantes de 2009 irão espernear.
Assim como em Brasília, a F1 terá uma guerra de bastidor fortíssima nos próximos meses e a esperança é que nós (cidadãos e fãs) saíamos ganhando!
Do bem ou do mal?
ResponderExcluirDe qualquer maneira,não vejo nenhuma dessas situações com bons olhos.
Bernie sempre mandou na F1. E depois dessa,continuará mandando mais ainda,quando na verdade deveria era se retirar.
Agora,vamos ver a F1 cada vez mais indo pro fundo do poço.
Quanto a Brasília,bem a única coisa que digo é: Se a direita quer voltar ao poder,que volte no voto e apresentando projetos convincentes para isso.
Por mais que eu esteja insatisfeito com Dilma(e tendo todos os motivos do mundo para isso),quero que ela continue até o final do mandato. Não aceito a canalhice que a oposição está fazendo.