Não poderia ser outro! Foi uma atuação para ficar gravada na retina de quem assistiu a corrida nesse domingo. Sergio Pérez fez a corrida de sua vida e o mesmo destino que o tirara um pódio certo semana passada lhe presentou com uma belíssima vitória. Corridas de recuperação acontecem de tempos em tempos, mas normalmente o piloto tem em mãos o melhor ou um dos melhores carros do pelotão. Quando foi tocado por um destrambelhado Charles Leclerc na primeira volta, Pérez caiu para a 18º e última posição, parecendo voltar ao lugar onde estava, na briga pelo pódio, uma missão quase impossível. Mesmo sendo uma cópia da Mercedes de 2019, a Racing Point estava em quarto no Mundial de Construtores. Contudo, Pérez tinha muito o que provar. Provar que será um erro se ele ficar de fora da F1 em 2021. Motivadíssimo, Checo partiu para cima dos seus rivais com seu Racing Point e foi ultrapassando quem via pela frente, ao mesmo tempo em que cuidava dos pneus. Pérez se viu em terceiro após uma desmoralizante ultrapassagem sobre o seu companheiro de equipe Stroll e depois em cima de Ocon. Isso já o colocava como grande destaque da prova, mas se na semana passada Checo foi pego numa peça dos deuses do automobilismo ao abandonar já no final da corrida com o motor quebrado, dessa vez esses mesmos deuses lhe recompensaram com juros, quando a Mercedes errou completamente na parada dos seus pilotos e Pérez assumiu a ponta para não mais perdê-la. Foi uma atuação de gala do mexicano, que quebrou um jejum de cinquenta anos do seu país e mostrou a todos que tem totais condições de estar na F1 nos próximos anos.
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