Muitas vezes os jovens pilotos de F1 precisam fazer seus nomes com atuações fora do normal, não apenas levando o carro para 'casa', que é o esperado de um novato. Fazer um 'algo a mais', conseguir um resultado acima do potencial do carro chama a atenção da F1 e faz nomes por ao longo dos tempos. Desde que estreou na F1 como novo pupilo da Mercedes, George Russell vem mostrando ser um piloto fora da curva, levando muitas vezes a frágil Williams a posições pouco esperadas para a atualidade do tradicional time. Em Zeltweg novamente Russell conseguiu uma volta voadora que quase o colocou no Q3, ficando de fora por meros oito milésimos. Fazer uma ótima classificação não é nenhuma novidade para George e já houve quem o criticasse que o inglês não mostra o mesmo ímpeto em ritmo de corrida. Nesse domingo Russell conseguiu uma ótima largada e tendo ficado no Q2, se encontrou na oitava posição com os corretos pneus médios, num ritmo que o fez andar no mesmo patamar de pilotos das superiores (à Williams) Ferrari, McLaren, Alpine e Aston Martin. Os primeiros pontos de Russell como piloto da Williams era não apenas possível, como também era provável. No entanto um raro problema de motor fez com que Russell perdesse essa chance e tivesse um abandono de arrebentar o coração. As constantes corridas acima do padrão de Russell já o colocam como provável companheiro de equipe de Lewis Hamilton na poderosa Mercedes em 2022. E pelo o que Russell vem fazendo, mais do que merecido.
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Figurão(EST): Daniel Ricciardo
O simpático australiano saiu de seu primeiro terço de ano na equipe McLaren muito abaixo do que esperava estar nessa altura de campeonato. Chegando à McLaren com um salário milionário e com a perspectiva de ser o líder na ressurreição da equipe, Ricciardo até agora não mostrou a que veio e nessa primeira perna em Zeltweg só mostrou o que vem sendo até agora o ano de estreia de Daniel na McLaren. Novamente derrotado por Lando Norris na classificação, Ricciardo nem foi ao Q3, sessão que Lando vem se tornando um habitué. Na largada Ricciardo foi muito bem, pulou cinco posições, mas o australiano simplesmente não manteve o ritmo no primeiro stint e foi ultrapassado a quem chegava nele, fazendo com que Ricciardo terminasse a prova na mesma opaca 13º posição em que largou. Quando se compara com a atuação do seu companheiro de equipe, a situação de Ricciardo piora. Norris novamente foi o melhor do resto e terminou em quinto, conseguindo pontos importantes para a McLaren se manter em terceiro no Mundial de Construtores. Era esse papel que era esperado de Ricciardo, de liderança da McLaren, mas até o momento o australiano sequer se aproxima do jovem e intrépido Norris.
domingo, 27 de junho de 2021
Atropelo
Vitória em meio à crise
A quarta vitória do ano de Fabio foi bem parecida com as anteriores. Quartararo se manteve no bloco da frente, procurando camuflar os pontos fracos de sua moto, que no caso da Yamaha é a falta de velocidade nas retas. Bagnaia colocou a Ducati em primeiro e sempre que era atacado por Quartararo, usava a potência de sua moto para dar o troco. Após algumas voltas de estudo, Fabio efetuou a ultrapassagem mais cedo durante a volta, não dando chances a qualquer respostas de Pecco, que foi vítima dos terríveis limites de pista e foi punido. Quem se aproveitou disso foi justamente Viñales. O espanhol tem um sério problema nas largadas, nunca saindo bem o suficiente para sequer manter sua posição, porém, Viñales parecia mordido por toda a situação criada dentro da Yamaha e fez uma ótima corrida. Quando chegou à segunda posição, Viñales tentou uma aproximação frente a Quartararo, mas o francês parecia administrar a sua vitória que o coloca numa situação bastante confortável no campeonato. Melhor mesmo, pois como visto depois da bandeirada, se Fabio tentasse o golf ele passaria fome...
O campeão vigente Joan Mir completou o pódio, mas nem de longe o espanhol da Suzuki repete o que mostrou na temporada passada, quando fazia voltas finais avassaladoras. Zarco completa a dobradinha francesa no campeonato, mas falta ao piloto da Ducati uma vitória para se estabelecer como um real rival para o compatriota. Destaque para Marc Márquez. O espanhol sofreu um acidente feio na sexta, largou da última fila depois da emocionante vitória na Alemanha e numa corrida de recuperação, chegou em sétimo, sendo a melhor Honda do dia. Se Márquez dá sinais de recuperação, o mesmo não acontece com Valentino Rossi. Infelizmente a lenda do esporte a motor é uma pálida sombra do que já foi e faz parte do triste rol de ex-piloto em atividade, fazendo papeis nada dignos para alguém como Rossi. Hoje, ele caiu enquanto brigava pela 17º posição. Não precisa dizer mais nada...
Enquanto Viñales tenta se entender com a cúpula da Yamaha e o clima dentro da equipe passa longe da tranquilidade, Fabio Quartararo vai empilhando vitórias em 2021 e somente uma hecatombe poderá tirar o primeiro título do francês na MotoGP.
sábado, 26 de junho de 2021
Mad Max
Parabéns!
Max Biaggi
quarta-feira, 23 de junho de 2021
A melhor de todas
Parabéns!
Michele Mouton
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Figura(FRA): Red Bull
Christian Horner exclamou antes do final de semana em Paul Ricard: se vencermos aqui, podemos vencer em qualquer pista! O dirigente inglês se referia ao incrível cartel da Mercedes no circuito nas proximidades de Marselha. Os tedescos lideraram praticamente todas as voltas desde que a F1 retornou ao tradicional circuito de Paul Ricard em 2018 e pareciam imbatíveis por lá. Parecia. A Red Bull mostrou mais uma vez que construiu um carro capaz de vencer a Mercedes e numa das pistas mais favoráveis ao time de Stuttgart, a Red Bull conseguiu uma bela vitória, usando também a tática. Quando Max Verstappen surgiu na frente de Hamilton após sua primeira parada, alguns fantasmas surgiram para a Red Bull. Em Barcelona Max ficou boa parte da corrida em primeiro, mas uma segunda parada da Mercedes fez com que Hamilton trucidasse a vantagem do neerlandês e ganhasse na Catalunha com uma ultrapassagem nas últimas voltas. A Red Bull temia um roteiro parecido e tomou à frente, trazendo Max para uma segunda parada. Agora, os papeis estavam invertidos. Verstappen se tornava o caçador e Hamilton teria que se defender como podia com pneus desgastados. Em certos momentos a tática usada da Red Bull parecia que não daria certo, mas Max usou sua amadurecida pilotagem para ultrapassar Hamilton na penúltima volta e vencer no reino mercediano. Para melhorar, Sergio Pérez bateu Bottas na disputa entre os segundo pilotos e subiu ao pódio pela segunda corrida consecutiva. Desde 2013 que a Red Bull não vencia três corridas consecutivas e a dupla da equipe subiu ao pódio juntos pela primeira vez, mostrando que o esforço em trazer Sergio Pérez está surgindo efeito. Com essa vitória, a frase de Horner pode se tornar verdadeira no futuro e o caminho para o primeiro título de Max Verstappen pode estar aberto.
Figurão(FRA): Ferrari
Após duas corridas com um ritmo surpreendentemente forte, a Ferrari voltou à mediocridade de 2020 de forma também surpreendente em Paul Ricard. As duas corridas seguidas em circuito de rua fez muito bem à Ferrari, que chegou a sonhar com a vitória em Mônaco, fez com que seu piloto novato Carlos Sainz estreasse pela equipe no pódio no principado e por pouco Leclerc foi ao pódio em Baku. Saindo dos circuitos de rua, a Ferrari tinha esperança de se manter como a terceira força da F1 num circuito convencional, mas um ritmo de corrida incrivelmente baixo fez com que uma pulga ficasse atrás da orelha de Mattia Binotto e sua trupe. Na classificação a equipe italiana parecia seguir a toada das duas corridas anteriores, com Sainz liderando a Ferrari para ser o melhor do resto, com Leclerc um pouco mais atrás. Porém, o ritmo de corrida na França foi terrível para os piloto de Maranello, com Leclerc chegando a fazer um segundo pit-stop que o jogou na 16º posição, muito longe dos pontos. Sainz ainda resistiu um pouco mais, passou boa parte da corrida na zona dos pontos, mas com o final da corrida em Le Castellet se aproximando, o espanhol não foi páreo para o melhor ritmo de McLaren, Alpha Tauri, Alpine e Aston Martin, saindo da zona de pontuação. Quando se pensava que a Ferrari poderia estar renascendo com bons resultados consecutivos, agora parece que a scuderia simplesmente se aproveitou das peculiaridades dos circuito de rua de ficar em posições dos quais não pertencem. Binotto saiu de Paul Ricard ainda tentando entender o que aconteceu com a sua decantada reação. Porém, a corrida em Paul Ricard foi nm verdadeiro balde de água fria!
domingo, 20 de junho de 2021
Sorte de Palou
Claro que Alex Palou não teve nada com isso. O jovem espanhol da Ganassi capitalizou o infortúnio de Newgarden para vencer pela segunda vez em 2021 e com a corrida opaca de Pato O'Ward, retornar à liderança do campeonato com alguma folga. Will Power salvou um pouco a honra da Penske com um terceiro lugar, com Scott Dixon recuperando-se de uma classificação difícil para ser quarto e ainda ter os jovens Palou e O'Ward ao alcance no campeonato. Outro destaque vai para a corrida agressiva de Romain Grosjean, onde efetuou várias ultrapassagens no limite, mesmo que a Dale Coyne sempre o fizesse perder posições nos pits.
Passando da metade do campeonato, apenas Alex Palou e Pato O'Ward venceram mais de uma vez na Indy e lideram o campeonato, com Scott Dixon representando os 'dinossauros' em terceiro. Com essa falta de sorte, Newgarden ficou num distante quarto lugar no campeonato e com a Penske sofrendo em 2021, vê a nova geração se mantendo forte na Indy.
Papeis invertidos
Detalhe: a criticada chicane no meio da reta Mistral ajudou Verstappen naquelas voltas em que Hamilton vinha on fire para cima dele. Sem a chicane, Lewis passaria direto por Verstappen. Mesmo com pneus duros e com um número de voltas razoável até a bandeirada, Verstappen sentiu que não daria para se manter em primeiro com aquele ritmo. Mesmo estando em primeiro, a Red Bull pensou rápido numa mudança radical de estratégia, trazendo Max para uma segunda e inusual parada, colocando pneus médios, iniciando uma caçada à Hamilton, da mesma forma que o inglês o fez em Barcelona, com vantagem para o inglês. Com o carro mais leve, os pneus médios resistiram bem, enquanto Hamilton teria que administrar como podia com seus pneus duros que teriam que ser levados até a bandeira quadriculada. Max foi triturando a diferença para Hamilton, mas sem forçar demais, dando a sensação que ele não teria tempo para alcançar o rival pelo título. Verstappen logicamente não teve trabalho com Pérez, mas e com Bottas? O finlandês ficou tempo demais andando com ar sujo na sua frente seus pneus não aguentaram o tranco, porém, era esperado de Bottas que ele resistisse mais e não cometesse um ligeiro erro na chicane da Mistral que fez com Max assumisse a segunda posição com facilidade. Max segurou um pouco o ritmo, até mesmo marcou tempos parecidos com o de Hamilton, mas faltando cinco voltas aumentou novamente o ritmo, tirou oito décimos por volta e na antepenúltima volta já estava com Hamilton na alça de mira. Como ocorreu em Barcelona, mas com os papeis invertidos, Max só precisou de um ataque para efetuar o ataque decisivo que o fez líder na penúltima volta da prova e vencer.
Marc está de volta!
Sachsenring sempre foi uma pista para Marc Márquez. Foram simplesmente dez vitórias consecutivas no pequeno circuito alemão, contando as categorias menores para Márquez, sem contar o fato da pista alemã ser conhecida por ter uma infinidade de curvas para a esquerda, não forçando tanto o baleado braço direito do espanhol. Seria a chance ideal para Márquez. O espanhol sempre andou entre os primeiros na Saxônia e seu quinto lugar no grid se transformou num segundo lugar na primeira curva, numa largada bem ao estilo agressivo de Márquez. À sua frente, apenas a surpreendente Aprilia do seu amigo Aleix Espargaró, rapidamente ultrapassada. Márquez liderava pela primeira vez desde sua dramática volta às pistas, mas ainda havia uma corrida inteira pela frente, sem contar o risco da chuva cair a qualquer momento. A direção de prova chegou a autorizar a troca de motos, mas em nenhum momento a pista chegou a ficar verdadeiramente molhada. E pista molhada era justamente o que Márquez não precisava hoje. Sua confiança fora mostrada na largada, mas o piso seco seria ainda melhor para Marc. A chuva não veio, mas um segundo obstáculo crescia.
Após um início de temporada cambaleante, a KTM cresceu muito nas últimas corridas e o português Miguel Oliveira é o líder natural da montadora austríaca. Depois de se livrar de Espargaró, Johan Zarco e Jack Miller, Oliveira se estabeleceu na segunda posição e iniciou uma perseguição à Márquez. Além da moto em ascensão, o próprio lusitano exalava confiança com ótimos resultados e vindo de uma vitória. Oliveira tentou, chegou baixar de 1s de desvantagem, mas Marc Márquez esteve impecável em sua pista favorita e conseguiu sua décima primeira vitória consecutiva na Saxônia. Mais do que isso, conseguiu um retorno triunfal às vitórias. Claramente emocionado, Marc Márquez nos lembrou que nunca devemos duvidas de lendas.
sábado, 19 de junho de 2021
Mais uma de Max
Pela terceira classificação seguida a bandeira vermelha deu as caras e houve outro ponto em comum: Yuki Tsunoda esteve envolvido em pelo menos uma interrupção nessa rodada tripla colorada. O japonês da Alpha Tauri foi um claro agrado à Honda por parte da Red Bull e mesmo mostrando muita velocidade, Tsunoda começa a ser questionado ao se envolver em tantos problemas, além de sua falta de disciplina, algo raro para um japonês. Outro que causou uma bandeira vermelha foi Mick Schumacher, porém o jovem alemão conseguiu sua melhor posição no grid e mesmo estampado no muro, foi ao Q2, na frente dos dois carros da Williams. Logicamente que ele poderia ser ultrapassado nos momentos derradeiros do Q1 pela dupla da Williams, além de Raikkonen e Stroll, mas Mick mostrou o 'algo a mais' que todo novato precisa mostrar em algum momento. Ele não fez o arroz-com-feijão, como normalmente os novatos fazem. Schumacher estava na frente de dois carros (Stroll teve sua volta cancelada e nem aferiu tempo no Q1) mais rápidos do que o seu. Ponto para Mick!
A classificação transcorreu sem maiores dramas, com Fernando Alonso finalmente sobrepujando Esteban Ocon e Charles Leclerc claramente mais lento do que Carlos Sainz dentro da Ferrari. Contudo, o que interessava era o que acontecia na ponta. Verstappen sempre pareceu mais rápido em toda a classificação e cravou essa sensação ao ser o único a baixar da casa de um minuto e trinta, tendo as duas Mercedes logo atrás dele. Pérez pelo menos ficou por perto, em quarto. Amanhã todos os pilotos largarão com pneus médios, não tendo muita diferença de estratégia, porém, há a previsão de chuva e isso pode ser o diferencial entre uma corrida boa ou não.
domingo, 13 de junho de 2021
Pato aqui, pato acolá
Patrício O'Ward vai pavimentando seu nome como uma das futuras estrelas da Indy e como ele está ligado à McLaren, não seria surpresa o mexicano indo para a F1 algum dia. Pato, como é mais conhecido, teve um ótimo final de semana na rodada dupla em Detroit e subiu para a liderança do campeonato com sua vitória na segunda corrida no tradicional circuito de rua em Michigan.
No sábado Marcus Ericsson surpreendeu com uma vitória onde o triunfo caiu no colo do sueco. Numa medida artificial (não é apenas na F1...) para que a corrida não terminasse em bandeira amarela, a Indy colocou uma bandeira vermelha na antepenúltima volta. Naquele momento, Will Power liderava e estava pronto para acabar com a seca da Penske em 2021. Na relargada, contudo, o carro de Power simplesmente se negou a funcionar e Ericsson, que vinha em segundo por causa da estratégia no que foi uma confusa primeira corrida no sábado, pôde triunfar depois de largar em 16º. Ericsson se tornou um ótimo piloto quando saiu corrido da F1? A 22º posição no grid no domingo demonstrou que o sueco teve mais sorte do que talento para vencer depois de longo e tenebroso inverno.
O'Ward tinha sido o pole no sábado, mas acabou atrapalhado pelas estratégias, principalmente pelo impressionante acidente que mandou seu companheiro de equipe Felix Rosenqvist para o hospital no sábado. No domingo o mexicano errou na classificação e largou no meio do pelotão, mas como Ericsson demonstrara no dia anterior, isso não significa que o piloto simplesmente está com sua corrida morta antes da largada. O pole de hoje foi Josef Newgarden e agora era ele quem estava preparado para acabar com a seca da Penske. O americano dominou a corrida inteira, mas estava claro que ele teria sérios problemas no fim. Os pneus moles sofreram um desgaste acentuado em Detroit e toda a vantagem de Newgarden se sustentou nos compostos duros, mas por força de regulamento, Josef teria que usar os temidos pneus macios em algum momento. Numa corrida com poucas bandeiras amarelas, Newgarden teria que administrar mais de vinte voltas com esse composto no stint final. Ele virara um alvo fácil!
Falando em bandeiras amarelas, já está na hora de falar de Jimmie Johnson. A lenda da Nascar surpreendeu a todos quando resolveu fazer uma temporada na Indy unicamente nos mistos, para experimentar os monopostos. Johnson conseguiu um lugar na poderosa Ganassi, conseguiu ajuda de vários ex-pilotos de qualidade, além da boa-vontade de todos nessa sua empreitada. Passadas seis corridas, Johnson simplesmente é incapaz de sair das últimas posições e em TODAS as corridas até o momento trouxe uma bandeira amarela ao rodar sozinho. Mesmo tendo nada a provar, as exibições do JJ na Indy já resvalam no vexame.
Voltando ao primeiro pelotão, O'Ward se aproximava do no bloco que brigava pela vitória e quando duas bandeiras amarelas seguidas apareceram nas últimas voltas, o mexicano começou uma recuperação de tirar o fôlego, saindo de sexto para primeiro em poucos minutos numa pilotagem agressiva e certeira. Pato ultrapassou Graham Rahal e Scott Dixon nas relargadas, depois ultrapassou Alex Palou e Colton Herta após a última relargada até encostar num vulnerável Newgarden na antepenúltima volta. O piloto da Penske se esforçou, chegou a tocar-se com Pato, mas o piloto da McLaren sobressaiu-se para ser o primeiro piloto a vencer mais de uma vez na Indy na temporada 2021. Uma semana depois da vitória de Sergio Pérez em Baku na F1, O'Ward mostrou a força do automobilismo mexicano em 2021!
O resultado da corrida explosiva de O'Ward lhe entregou a liderança do campeonato, apenas um ponto na frente de Alex Palou, que foi terceiro colocado, colado atrás de um desconsolado Newgarden, que liderou o maior número de voltas da corrida, mas foi derrotado por uma estratégia errada da Penske, que amarga um dos seus piores inícios de temporada da Indy em cinquenta anos. O interessante disso é que Pato O'Ward lidera à frente de outro piloto jovem, no caso, Palou. Seria esse o sinal de uma troca de guarda na Indy? Se for o caso, Pato será uma das pontas de lança.
segunda-feira, 7 de junho de 2021
Figura(AZE): Sergio Pérez
Ao chegar na sexta corrida de 2021, Sergio Pérez teria que provar que sua frase do começo do ano era mesmo verdadeira. "Eu preciso de cinco corridas para me adaptar ao carro da Red Bull." Até agora Pérez esteve abaixo das expectativas de todos que acompanham a F1 e do que a própria equipe Red Bull tinha quando o contratou. Era esperado que Pérez andasse próximo de Max Verstappen, impedindo que a Mercedes sempre tivesse dois carros contra o neerlandês nas táticas de corrida. Afora a classificação em Ímola, em todo momento Pérez fez o mesmo papel de Gasly e Albon, ou seja, ficou mais de meio segundo atrás de Max e longe de ajuda-lo em sua luta contra a Mercedes, mesmo a Red Bull tendo um bom carro em 2021. Checo começava a ser questionado, mas em Baku o mexicano deu uma bela resposta aos críticos e até mesmo ao sempre enjoado Helmut Marko. Em todo o final de semana Pérez esteve próximo de Max e justamente no Qe Sergio vacilou, prejudicado pela bandeira vermelha que o viu conseguir apenas um sexto lugar, enquanto Verstappen era terceiro. Logo na largada Sergio mostrou a que veio, com duas ultrapassagens ainda na primeira volta e ocupando a quarta posição. Na única rodada de paradas, Pérez pulou para segundo, superando por muito pouco Hamilton. A partir de então, Pérez segurou o multi-campeão Lewis Hamilton numa briga de gato e rato para que o inglês não conseguisse usar o DRS na reta principal. Tudo era decidido por dois ou três décimos. Coisa de gente grande! Quando o papel de Pérez parecia cumprido ao completar uma dobradinha da Red Bull, as coisas em Baku saíram do controle. Verstappen teve seu pneu cortado, causando a bandeira vermelha. Na relargada, mesmo largando melhor, Hamilton acabou apertando o botão errado que o fez sair da pista, abrindo caminho para a segunda vitória de Sérgio Pérez na F1. Uma vitória consagradora, que tira um enorme peso dos ombros do mexicano e que pode dar a confiança necessária para que Pérez possa fazer seu papel dentro da Red Bull.
Figurão(AZE): Valtteri Bottas
Muitas vezes quando um final de semana começa mal, ele pode melhorar e tudo acabar bem. Para Valtteri Bottas, o final de semana azeri começou ruim, ficou ainda pior no meio do caminho e terminou de forma péssima. Ainda na quinta-feira o nórdico viu seu voo para Baku atrasar e Bottas nem participou da entrevista coletiva de forma presencial. Quando os carros foram para a pista, a Mercedes teve sua sexta-feira mais complicada desde 2014, no início da Era híbrida, e seus pilotos pareciam relegados na parte de trás do pelotão. Porém, a Mercedes tem Lewis Hamilton na sua equipe e o inglês conseguiu colocar seu carro na primeira fila, aproveitando inclusive de problemas alheios, além do seu talento. Enquanto via seu companheiro de equipe fazer algo mais com o mesmo carro, Bottas permaneceu no pelotão intermediário e conseguiu apenas um apagado décimo lugar no grid. 'O ritmo de corrida é melhor', diziam todos. Pois bem, pelo jeito apenas de um lado o ritmo estava bom, pois Hamilton brigou o tempo com os carros da Red Bull até ele sofrer com um erro já no final da prova. Mesmo vendo todo o pelotão passar quando saiu da pista na penúltima volta, Hamilton chegou apenas três posições atrás de Bottas. Em nenhum momento Bottas deu a sensação de que iria avançar grid acima e ficou empacado atrás de carros que normalmente são mais lentos que o dele. Valtteri ainda viu a Mercedes errar sua estratégia, deixando-o na pista com pneus desgastados, tornando Bottas um alvo fácil para os dois carros... da Alfa Romeo! A péssima exibição de Bottas o deixa ainda mais na berlinda, pois sua permanência na Mercedes era muito pelos pontos que ele conseguia no Mundial de Construtores, além de sempre andar próximo da Hamilton, tornando-se um escudo se fosse necessário. Em 2021 Bottas ocupa uma pálida sexta posição no Mundial de Pilotos e viu a Mercedes perder ainda mais terreno para a Red Bull no Mundial de Construtores. Se quiser um lugar na Mercedes, Valtteri precisa de uma exibição redentora e bem diferente do que foi visto em Baku. E para ontem!
domingo, 6 de junho de 2021
Duplo nocaute
De peito aberto
A corrida em Barcelona parecia mesmo nas mãos de Quartararo, mesmo Oliveira tendo liderado a maior parte da corrida com sua ascendente KTM. A Yamaha é hoje a moto mais equilibrada e Quartararo não é o piloto inconstante do ano passado. Fabio apenas acompanhava Oliveira quando ocorreu seu problema que o fez perder a concentração e juntando com uma punição, acabou fora do pódio, mas garantindo importante pontos. Afinal, o vencedor não está no momento na briga pelo título. A KTM começou devagar em 2021, mas o pódio de Miguel Oliveira em Mugello indicava que a marca austríaca estava crescendo e hoje o português esteve impecável, tendo ainda que segurar a pressão de Johan Zarco nas duas últimas voltas. O francês da Ducati ainda busca sua primeira vitória na MotoGP e enquanto isso, consegue ótimos resultados que o colocam na briga pelo título. Mesmo com a equipe oficial da Ducati, Jack Miller foi atropelado por Zarco com a mesma moto e só subiu ao pódio pela punição de Quartararo. A ordem normal seria o contrário, mas Zarco vem revertendo a ordem nesses dias.
Depois do título no ano passado, numa temporada totalmente atípica, Joan Mir sofre em defender sua coroa com uma Suzuki que parece boa em muitas coisas, mas sempre atrás das rivais no cômputo geral. Marc Márquez sofreu uma queda quando estava no pelotão da frente, o que já é um bom sinal, mas o piloto da Honda ainda parece não ter fechado todas as cicatrizes do seu acidente, além da própria Honda procurar melhorar uma moto que não consegue nem top-10 hoje em dia. Infelizmente Valentino Rossi está entrando no rol dos ex-pilotos em atividade. Outra queda quando estava fora do top-10.
Mesmo com o revés, Quartararo ainda lidera o campeonato com alguma margem. Com a moto mais equilibrada do ano e com o psicológico melhor, o francês ainda é o favorito ao título. Basta acontecer menos absurdos com ele...
sábado, 5 de junho de 2021
Treino sem fim
Em meio à polêmica das asas flexíveis, a Mercedes parecia mais perdida que um jamaicano no meio da intifada. A sexta-feira dos alemães foi a pior desde o início da era híbrida e brigar pela pole parecia algo bem distante de acontecer, porém, Lewis Hamilton mostrou que vale cada libra investida nele. O inglês claramente tirou mais do seu carro que o normal e somente assim esteve no bolo da briga pela pole. Porém, a Red Bull estava com jeito que levaria a pole e até mesmo Sergio Pérez finalmente faria uma classificação decente. Não aconteceu nem uma coisa e nem outra. A Ferrari se mostrou novamente forte em Baku e mesmo sendo um circuito de rua como Monte Carlo, a pista azeri é muito diferente do apertado e lento circuito monegasco. Misturando uma sessão rapidíssima com trechos que lembram até Mônaco, a Ferrari novamente esteve no bolo dos que brigaram pela pole. Em certo momento do Q2, os cinco primeiros estavam separados por meros três centésimos de segundo, incluindo aí um carro da Alpha Tauri, que chegou a liderar o terceiro treino livre.
Contudo, a classificação de hoje foi tudo menos livre de problemas. Stroll, Giovinazzi, Ricciardo (temporada miserável do australiano) e Tsunoda bateram nos muros de Baku, interrompendo o treino e dificultando a vida dos pilotos e das equipes. Quando Tsunoda bateu no Q3, fazendo Sainz sair da pista, Christian Horner colocou as mãos na cabeça. Verstappen se preparava para dar sua volta voadora para ficar com a pole e, principalmente, superar um quase heroico Hamilton, que usando um acerto diferente estava em segundo. Com o treino interrompido, Max novamente ficou com o tempo que tinha que largará na segunda fila, com Hamilton respirando aliviado ao ter apenas a Ferrari de Leclerc à sua frente. Pérez também estava em volta rápida e foi prejudicado, tendo apenas um sexto lugar para contar, ficando atrás de um ótimo Gasly e um acidentado Sainz. Bottas? Décimo colocado, talvez a posição real da Mercedes no dia de hoje.
Será que a Ferrari estaria voltando aos bons tempos e estar na briga pela vitória? Leclerc estava obviamente contente depois do treino, mas ele sabe que em ritmo de corrida e num circuito que permite ultrapassagens, ele terá dificuldades em segurar Hamilton e Verstappen, no entanto, é muito bom ver a Ferrari novamente ponteando algo na F1. Já Hamilton estava mais aliviado do que contente e Verstappen estava fumando numa quenga com outra chance de pole perdida. Se serve de consolo, em Mônaco Max esteve na mesma situação e venceu. Veremos amanhã.