Sachsenring sempre foi uma pista para Marc Márquez. Foram simplesmente dez vitórias consecutivas no pequeno circuito alemão, contando as categorias menores para Márquez, sem contar o fato da pista alemã ser conhecida por ter uma infinidade de curvas para a esquerda, não forçando tanto o baleado braço direito do espanhol. Seria a chance ideal para Márquez. O espanhol sempre andou entre os primeiros na Saxônia e seu quinto lugar no grid se transformou num segundo lugar na primeira curva, numa largada bem ao estilo agressivo de Márquez. À sua frente, apenas a surpreendente Aprilia do seu amigo Aleix Espargaró, rapidamente ultrapassada. Márquez liderava pela primeira vez desde sua dramática volta às pistas, mas ainda havia uma corrida inteira pela frente, sem contar o risco da chuva cair a qualquer momento. A direção de prova chegou a autorizar a troca de motos, mas em nenhum momento a pista chegou a ficar verdadeiramente molhada. E pista molhada era justamente o que Márquez não precisava hoje. Sua confiança fora mostrada na largada, mas o piso seco seria ainda melhor para Marc. A chuva não veio, mas um segundo obstáculo crescia.
Após um início de temporada cambaleante, a KTM cresceu muito nas últimas corridas e o português Miguel Oliveira é o líder natural da montadora austríaca. Depois de se livrar de Espargaró, Johan Zarco e Jack Miller, Oliveira se estabeleceu na segunda posição e iniciou uma perseguição à Márquez. Além da moto em ascensão, o próprio lusitano exalava confiança com ótimos resultados e vindo de uma vitória. Oliveira tentou, chegou baixar de 1s de desvantagem, mas Marc Márquez esteve impecável em sua pista favorita e conseguiu sua décima primeira vitória consecutiva na Saxônia. Mais do que isso, conseguiu um retorno triunfal às vitórias. Claramente emocionado, Marc Márquez nos lembrou que nunca devemos duvidas de lendas.
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