Na pior corrida de 2022, Max Verstappen transformou o marasmo mexicano numa prova marcante, pois o neerlandês da Red Bull conseguiu a marca de catorze vitórias em 2022, se isolando como o maior vencedor de uma única temporada na história da F1. Foi uma vitória ordinária para Max. Ele afastou o fantasma da Mercedes na classificação, largou muito bem e administrou bem os delicados pneus na escorregadia pista do Hermanos Rodríguez. Uma vitória de manual, mais uma para Verstappen, que parece ir em direção aos recordes não apenas nessa, mas nas próximas temporadas.
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Figurão(MEX): Alpine
Do que adianta ter apoio de uma montadora tradicional da F1 (Renault), ter um piloto genial (e genioso) como Fernando Alonso e construir um carro melhor do que sua rival (McLaren) se o carro simplesmente não consegue terminar a maioria das provas? A Alpine luta com a McLaren pelo quarto posto no Mundial de Construtores, mas já deveria estar na frente dos ingleses a muito tempo, se não fossem os vários problemas que atormentam os franceses, principalmente no carro de Alonso, que já conta com mais sessenta pontos perdidos no campeonato por causa de problemas em seu carro. No México a história se repetiu, com Alonso pronto para ser o melhor do resto com um sétimo lugar, até o seu motor estregar os pontos já no fim da prova. Fernando saiu do carro irritado e não se pode acusar o espanhol de mau perdedor, vide a quantidade de pontos perdidos por ele, sem contar que a McLaren teve um bom final de semana e está apenas sete pontos atrás da Alpine, pronta para capitalizar o menor deslize dos gauleses. E deslizes é o que não falta para a Alpine em 2022.
domingo, 30 de outubro de 2022
Lendária
A bizarra regra dos Play-Offs da Nascar proporcionou hoje uma manobra que já entra para uma da mais épicas da história do automobilismo. Se quisesse ir para a final em Phoenix, Ross Chastain precisava de um pequeno milagre em Martinsville, afinal, ele estava alguns carros atrás de Denny Hamlin, seu rival pela última posição do Final Four. Sem ter nada a perder e aproveitando-se das características únicas do micro oval de Martinsville, Chastain foi para um literal tudo ou nada e por muito pouco conseguiu superar Hamlin e se classificar para a final. Uma manobra simplesmente lendária!
Sem bloqueios
terça-feira, 25 de outubro de 2022
E lá se vão 25 anos
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
Figura(EUA): Red Bull
Era para ser um final de semana festivo para a Red Bull. Não precisava de muita coisa para o time austríaco acabar com um longo jejum de nove anos sem título no Mundial de Construtores, porém, faltando poucos minutos para o início da classificação, foi anunciado a morte de Dietrich Mateschitz, fundador da marca Red Bull e grande incentivador do esporte, além da própria equipe. Foi um choque enorme, mas talvez como Mateschitz pediria, a equipe seguiu em frente para conquistar seu quinto título de construtores com mais uma vitória de Max Verstappen. Mesmo com os problemas com o teto orçamentário em 2021, a Red Bull realmente mereceu o título e junto com Max Verstappen, faz um conjunto fortíssimo.
Figurão(CAN): Lance Stroll
O canadense da Aston Martin até vinha fazendo um bom final de semana, andando na frente de Vettel e graças às punições de outros pilotos, Stroll largaria numa boa terceira fila. Falando em terceiro, por causa da confusão na primeira curva, Lance pulou para terceiro colocado e estava na frente de Vettel, fazendo o que poderia ser a melhor corrida da equipe do seu pai. Então veio um Safety-Car, onde Stroll acabou perdendo a posição para seu companheiro de equipe durante as paradas nos boxes, mas ainda estava marcando bons pontos. Atrás de Lance, Fernando Alonso fazia uma belíssima corrida de recuperação após ser punido por trocas em componentes de motor e relargaria atrás do canadense, que será seu companheiro de equipe em 2023. Stroll já está em sua quarta temporada, mas ainda comete erros bobos de um mero novato. Enquanto era atacado por Alonso na reta oposta, Lance mudou a trajetória tardiamente, não dando chances para Alonso fazer uma manobra defensiva. O choque foi inevitável e Alonso chegou a ter duas rodas no ar, enquanto Stroll batia forte no muro na frente de um pelotão de carros a mais de 300 km/h. Felizmente nenhum dos dois fora atingido. Apenas a reputação de Lance Stroll, aumentando cada vez mais a sensação de que Stroll só ainda resiste na F1 pelo bolso fundo do seu papai.
domingo, 23 de outubro de 2022
Em nome de Mateschitz
Enquanto Verstappen reclamava o tempo todo do vento, a corrida se estabelecia com as recuperações de Pérez e Leclerc, punidos por trocas no motor e largando no meio do pelotão. Por sinal, na rodada de Sainz, Leclerc teve que frear para não bater e acabou que perdeu terreno. Pérez já tinha se estranhado com Magnussen na primeira volta, resultando numa asa dianteira avariada, mas a FIA se fez de doida, como se diz aqui no Ceará, e ignorou o problema do mexicano, não repetindo o que em outras corridas com o próprio Magnussen. Russell e Pérez rapidamente atacaram a dupla da Aston Martin, um pouco antes da primeira rodada de paradas. Sabendo que Russell tinha sido punido pelo toque em Sainz, Pérez nem fez muita questão de atacar o inglês, preferindo esperar as paradas para ficar à frente de George. Enquanto isso, Leclerc já se aproximava dos dois carros da Aston Martin, quando começaram os primeiros pits. Tendo ouvido a famosa chamada 'It's Hammer Time', Hamilton inaugurou as paradas dos líderes, porém, Leclerc resolveu ficar mais tempo na pista. Na volta 17, a Ferrari já chegava ao plano E...
Mão na taça
Na classificação Bagnaia e Quartararo tiveram problemas, fazendo-os largarem apenas em nono e décimo segundo, respectivamente, no entanto a situação do francês era mais complicada, pois teve um dedo quebrado numa queda e correria com dor no domingo. Porém, ambos resolveram seus problemas na largada. Tanto Bagnaia como Quartararo executaram largadas grandiosas para aparecerem no primeiro pelotão ainda na primeira curva, com Bagnaia pulando para segundo e Quartararo para sexto. E como Morbidelli, numa rara boa exibição, era quinto, rapidamente Fabio assumiu a posição. Foi então que começou toda a tensão que marcou a corrida malaia nesse domingo. De um lado, a Ducati quer acabar de vez com toda a ansiedade para conquistar seu esperado título o mais rápido possível. Do outro, alguns pilotos da Ducati não parecem muito dispostos a ajudar a causa da montadora. Um deles era o pole e líder da corrida Jorge Martin. Chateado por ter sido preterido por Enea Bastianini na equipe oficial em 2023, Martin parecia que não colaboraria com a causa da Ducati e abria para Bagnaia. Porém, não demorou muitas voltas para a Ducati mostrar ao mundo porque deixou o espanhol de lado, quando Martin errou sozinho e destruiu sua moto.
Bagnaia na ponta. Tudo certo? Não. Mesmo contratado pela Ducati para a próxima temporada, Bastianini demonstrou algumas vezes nesse ano que seus interesses pessoais poderiam sobrepujar o que a Ducati queria, como a chegada em Aragão. Bastianini tinha totais condições para vencer, chegando a ultrapassar Bagnaia, para desespero da cúpula da Ducati, que se reuniu no pit-wall. Enquanto isso, Marco Bezzecchi se livrava de Marc Márquez e se aproximava perigosamente de Quartararo. A conta era simples: se Bezzecchi ultrapassasse Quartararo, Bagnaia era campeão com uma vitória. Porém, Pecco estava em segundo. Claramente correndo abaixo do que pode, Bastianini cedeu sua posição para Bagnaia, enquanto o ataque de Bezzecchi não se confirmou e no momento em que decidiam o que faziam da vida lá na frente, a dupla italiana da Ducati viu Quartararo chegar a ficar perigosos 1.2s atrás deles. Então a corrida se estabilizou, para profundo alívio de Tardozzi, Ciabatti e Dal'Igna.
Bagnaia conseguiu sua sétima vitória em 2022 e praticamente se garante como campeão dessa temporada da MotoGP. Somente por um ponto o título não foi decidido em Sepang. Lembram da chegada em Aragão, Ducati? Pois é... Contudo a situação de Pecco é extremamente confortável para a última etapa em Valencia, com o italiano precisando apenas de um 14º lugar para ser campeão. A chance de Quartararo é que Valencia é uma pista travada, bem ao gosto de sua Yamaha, mas para Bagnaia basta praticamente não cair para se sagrar campeão. A agonia da Ducati continua, mas somente um cataclisma poderá tirar o título de Bagnaia.
sábado, 22 de outubro de 2022
Que pena...
Dietrich Mateschitz nasceu em 1944 e se enveredou no ramo dos negócios, chegando à Tailândia em 1984 à negócios, onde experimentou uma bebida local. Rapidamente o austríaco viu muito potencial no líquido e juntamente com o tailandês Chaleo Yoovidhya, fundaram a Red Bull em 1987, iniciando um império de bebidas, que rapidamente ramificou-se para os esporte. Amigo do antigo piloto Helmut Marko, Mateschitz começou a investir na F1 ainda na década de 1990, patrocinando Gerhard Berger e depois a equipe Sauber. Junto com Marko, Mateschitz criou um programa de jovens pilotos para a F1, começando com Enrique Bernoldi na Arrows em 2001. Porém, os dois austríacos viam a F1 como um território muito valoroso a ser explorado e de forma surpreendente, Mateschitz comprou os espólios da antiga equipe Jaguar no final de 2004. Não satisfeito, o austríaco comprou a equipe Minardi no ano seguinte, transformando a tradicional escuderia italiana num time júnior da equipe principal. Assim nasceram a Red Bull e a Toro Rosso, hoje conhecida como Alpha Tauri. De equipe simpática e até mesmo inofensiva, a Red Bull foi se estruturando sob o comando de Marko e do jovem chefe de equipe Christian Horner, que conseguiram a contratação do mago da aerodinâmica, Adryan Newey.
Bastou uma grande mudança de regulamento em 2009 para a Red Bull ascender do pelotão intermediário para as primeiras posições. Um dos frutos da cantera comandada por Marko surgia naquele mesmo ano, quando Sebastian Vettel graduou-se da Toro Rosso após uma inesquecível vitória em Monza para a Red Bull, onde no primeiro ano ficou com o vice-campeonato. E não parou mais! Com Newey fazendo sua mágica, Horner no comando e Vettel em seu ápice, a Red Bull conquistou quatro títulos consecutivos. Quando começou a vencer, a Red Bull deixou de ser a queridinha da F1 e na mudança para os motores híbridos, os lamentos de Horner e Marko deixaram a equipe Red Bull bastante antipatizada, ficando com a fama de maus perdedores. Porém, Marko viu num imberbe Max Verstappen uma das chaves para uma reviravolta e após lutar com a Mercedes pelo passe do neerlandês, a Red Bull colocou Max na F1 com apenas 17 anos e apenas um ano no automobilismo. Verstappen mostrava seu potencial ao mesmo tempo em que evoluía, mas o domínio da Mercedes não dava margens para qualquer outra equipe. A Red Bull apostou alto quando se aliou à Honda, que vinha de um retumbante fracasso com a McLaren e em 2021, numa temporada eletrizante, a Red Bull voltou à vencer na F1 com Verstappen, título bisado em 2022.
Porém, a Red Bull não se focou apenas na F1. Mostrando uma imagem jovem, a Red Bull colou nos esportes radicais, patrocinando não apenas atletas, como também vários campeonatos de skate e surfe. No futebol, a Red Bull comprou um clube na Alemanha, transformando o Red Bull Leipzig numa potência na poderosa Bundesliga, além de comprar clubes na Áustria, Estados Unidos e no Brasil. No esporte a motor, a Red Bull já esteve presente na Indy e na MotoGP como patrocinadora, além de ter tido uma equipe na Nascar. Falava-se a algum tempo que a saúde de Mateschitz não vinha bem, inclusive que a venda (não finalizada) de 50% da equipe Red Bull para a Porsche era o início de uma saída da Red Bull da F1 num futuro próximo. A Red Bull não apenas refutou a compra, como hoje constrói seus motores usando a tecnologia da Honda, que deverá, em breve, retornar à F1 com os austríacos.
A pole de Sainz e o segundo lugar de um abatido Max Verstappen ficaram totalmente em segundo plano nesse sábado de evidente tristeza no paddock da F1, principalmente para o atuais e antigos componentes da Red Bull/Alpha Tauri. Ainda é cedo para prever como será o futuro do negócio Red Bull na F1, mas foi uma morte marcante e que deverá reverberar.
domingo, 16 de outubro de 2022
Nas mãos de Pecco
Após dois anos de fora do calendário por causa da pandemia, a belíssima pista de Phillip Island entregou o mesmo tipo de prova eletrizante de outros anos. Já nas categorias inferiores tivemos pontos altos e baixos. Na Moto3, o jovem Izan Guevara venceu a corrida e o campeonato, surpreendendo os favoritos e experientes Sergio Garcia e Denis Foggia. Já na Moto2, a MotoGP deu uma de FIA. O piloto Jorge Navarro escorregou e caiu, sendo atingido em cheio por Simone Corsi. Navarro ficou na beira da pista evidentemente sentindo muitas dores, mas apenas dois comissários chegaram sem nenhuma maca para retirar o espanhol. Mesmo num ponto de alta velocidade, a direção de prova só aplicou uma bandeira amarela localizada e Navarro, sem capacete, ficou no local por absurdas duas voltas. FIM e Dorna precisam explicar a situação.
Após ter amanhecido com chuva, Phillip Island entardeceu com um tempo magnífico, deixando o visual ainda mais belo para a corrida da MotoGP. Largando na pole, Jorge Martin segurou os ataques de Marc Márquez e se manteve na ponta, enquanto os contendores ao títulos permaneciam no pelotão da frente. Correndo em casa e tendo o famoso hairpin da curva 4 renomeado em sua homenagem, Jack Miller crescia na corrida e mesmo companheiro de equipe de Bagnaia e provavelmente com ordens para ajudar o italiano, Miller partiu para cima de Pecco na luta pela terceira posição. Bagnaia corria sobre muito pressão, pois não apenas Aleix Espargaró o pressionava, como Quartararo vinha próximo. Porém, o francês da Yamaha parecia sem ter a mínima condição de ataque, como ocorreu em Motegi, quando apenas sobreviveu. Tentando andar mais do que a moto, Quartararo acabou errando na curva Miller e caiu para 22º. E as coisas não melhorariam para Fabio. Andando numa moto com nítidos problemas de velocidade, Quartararo não evoluía como esperado, mesmo estando apenas 5s atrás do líder e algumas vezes andando mais rápido do que Bagnaia. Na metade da prova Quartararo cometeu mais um erro solo e acabou no chão, zerando pela segunda corrida consecutiva.
À essa altura Alex Márquez já tinha cometido a barbeiragem da prova ao acertar a traseira de Jack Miller de forma atabalhoada, tirando o australiano da corrida e do campeonato, bem na curva que leva o nome de Jack. Enquanto Espargaró caía pelotão abaixo, deixando Bagnaia ainda mais confortável no campeonato, o italiano da Ducati estava num dilema na corrida. Para capitalizar os problemas dos seus rivais pelo título, Bagnaia poderia vencer a prova e colocar as mãos no campeonato, mas ao mesmo tempo, não poderia emular outro erro como o de Motegi. Para completar, a natureza competitiva das corridas em Phillip Island não deixava Bagnaia disparar na ponta, sempre tendo alguém lhe acossando. Alex Rins surgia muito forte em sua Suzuki e juntamente com Marc Márquez, eram os maiores rivais de Bagnaia pela vitória. Por um tempo, Pecco teve em Marco Bezecchi um bom escudo, mas quando nas voltas finais o novato italiano foi superado pelos espanhóis, eles partiram para cima de Bagnaia. Pensando no campeonato, Bagnaia não se arriscou muito na última volta e levou uma dupla ultrapassagem de Rins e Márquez. Pela primeira vez realmente competitivo em sua volta depois da quarta cirurgia, Márquez tentou até onde pôde, mas não pode evitar a vitória de Rins, provavelmente a última da Suzuki nessa era da MotoGP.
Bagnaia chegou apenas cinco centésimos atrás de Márquez em terceiro, mas não tem do que reclamar, pois Pecco ainda colocou catorze pontos de frente para Quartararo faltando duas provas para o fim do campeonato. Com um nono lugar, Aleix Espargaró ainda está próximo, mas claramente lhe falta gás nesses momentos decisivos. Com cinquenta pontos ainda em disputa, Quartararo teria boas chances de uma nova reviravolta, mas animicamente, Bagnaia é o grande favorito pela moto que tem e pelo apoio que possui, por causa dos demais pilotos da Ducati que o ajudam bastante, algo que Quartararo não pode contar. A próxima corrida em Sepang tem duas enormes retas. Nem precisa dizer que as Ducatis tem o favoritismo por lá.
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
Que pena...
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
Figura(JAP): Max Verstappen
Não havia outra escolha possível! Não bastasse todo o merecimento pelo título numa temporada de altíssimo nível feito por Max Verstappen, onde ninguém foi capaz de chegar ao patamar do piloto da Red Bull, Max teve um final de semana sublime em Suzuka, se mostrando imbatível com piso seco e molhado, derrotando a todos com uma facilidade desconcertante. Com certeza o título de 2022 está nas mãos certas e pelo nível mostrado, ainda tem a vir de Max Emilian Verstappen.
Figurão(JAP): FIA
Essa parte da coluna poderia valer por duas ou até mesmo por três, pela imensa quantidade de batatadas praticadas pela FIA nesse domingo em Suzuka. Foram fatos tão absurdos, que até mesmo o merecido título de Max Verstappen conquistado no Japão, sede da Honda, como muitos queriam que acontecesse, ficou em segundo plano pelas atrocidades cometidas pela FIA e seus diretores durante as três horas de evento. Começa pelo eterno problema dos pneus de chuva extrema da Pirelli, que ninguém se mexe para consertar, fazendo a F1 passar vergonha toda vez que uma chuvinha fina fica mais forte e todos pensam logo que não haverá corrida, como em Spa ano passado. É o tipo de situação onde a FIA fica empurrando com a barriga e nada decide. Depois, oito anos após o fatídico acidente que matou Jules Bianchi numa pista encharcada em Suzuka, a FIA cometeu o mesmo absurdo erro de mandar um trator entrar na pista, emulando o aconteceu em 2014. Um escárnio! E para piorar, ainda pune Pierre Gasly por velocidade acima do permitido no mesmo momento em que o piloto da Alpha Tauri tirava uma fina de um trator que, em circunstâncias parecidas, matou seu compatriota Bianchi. Para completar, Max Verstappen, sua equipe Red Bull e todo o mundo viu o neerlandês receber a bandeirada sem saber que Max estava prestes a conquistar o campeonato, algo que ficou evidente pelo erro de Leclerc e sua posterior punição. Todo o suspense que poderíamos ter tido nos poucos minutos de corrida ficaram para trás por causa da burrada da FIA, que criou tantos procedimentos que acabou se perdendo neles. Enfim, um dia para esquecer para os dirigentes.
domingo, 9 de outubro de 2022
Zona
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
Que pena...
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Figura(CIN): Sérgio Pérez
Uma atuação impecável a ponto do próprio mexicano dizer que essa foi a melhor corrida de F1 em sua já longa carreira. E realmente Checo esteve inspirado nesse domingo em Cingapura. O piloto da Red Bull largou na primeira fila e mostrando a que veio, ultrapassou Leclerc ainda antes da primeira curva. Lembrando que a pista ainda estava úmida e a corrida em Cingapura é a mais desgastante da temporada. Mesmo tendo Leclerc por perto, Pérez controlou o piloto da Ferrari sem cometer o menor dos erros e quando foi comunicado que teria que pagar uma punição por infração durante o período de Safety-Car, Pérez aumentou seu ritmo e construiu uma vantagem o suficiente para ser punido, mas manter a vitória. Foi um triunfo de ponta a ponta do piloto mexicano, mas fica sempre a dúvida: por que exibições como essas são exceções na carreira de Pérez e não algo comum?
Figurão(CIN): Nicholas Latifi
De saída da F1, Nicholas Latifi já está em sua terceira temporada na categoria, todas elas pela Williams. O canadense não tem culpa de estar na Williams em seu pior momento e não se pode dizer que Latifi teve uma carreira nas categorias de base ruim. Ele foi segundo colocado na F2, inclusive superando o brasileiro Sergio Sette Câmara como companheiro de equipe, que na época era a grande esperança tupiniquim de chegar à F1. Porém, não é segredo que Latifi só chegou à F1 por causa do profundo bolso do seu pai bilionário. E também que Latifi não fez muita coisa na categoria, ainda mais tendo como referência George Russell, hoje destaque na Mercedes. Porém, a capacidade de Latifi em se meter em confusões já entrou para o folclore da F1 e nesse domingo o piloto da Williams novamente acidentou-se, batendo em Guanyu Zhou. Foi apenas mais um incidente dos vários do canadense, mas o que chamou atenção foi a explicação de Nick do acidente, onde espremeu Zhou contra o muro sem nenhuma razão aparente, pois segundos antes os dois lutavam por posição lado a lado. Latifi falou que simplesmente não viu Zhou, por isso ele entrou na linha do chinês. Vamos lá! Como pode um piloto em sua terceira temporada na F1, que estava brigando com um piloto momentos antes e volta para a linha pois não viu o outro carro? Como assim? Latifi pensou que Zhou tinha sido abduzido? Por essas e outras que, mesmo levando muito dinheiro para a equipe, Latifi está saindo da F1 pelas portas fundos e o chefe da Alfa, Fred Vasseur explicitou o sentimento para com Latifi: Um abandono não é questão de sorte ou azar. Existe problemas de confiabilidade, de motor. E Latifi!
domingo, 2 de outubro de 2022
Onze na cabeça
Rei da água
Como era esperado, a chuva deu às caras na insossa pista de Chang, chegando a interromper a corrida da Moto2 e atrasando a largada da MotoGP. As surpresas começaram com a pole de Marco Bezzecchi, a primeira do novato italiano, mas como ele corre de Ducati, não era exatamente uma grande surpresa. Das oito Ducatis do grid, sete foram ao Q2 e largaram entre os dez primeiros. Quartararo largou numa promissora quarta posição, mas desde a largada o gaulês teve problemas com sua Yamaha em piso molhado. Fabio esteve irreconhecível nesse domingo, largando mal e simplesmente não conseguindo evoluir. Por sinal, aconteceu exatamente o contrário, com o piloto da Yamaha perdendo várias posições durante a corrida, inclusive para os seus companheiros de Yamaha. No fim, Quartararo chegou num amargo 17º lugar e não marcou pontos numa pista que nem era tão desfavorável à Yamaha e com piso molhado, poderia até mesmo lhe ser uma vantagem.
Lá na frente Bezzecchi segurou a ponta, mas rapidamente se viu no meio das duas Ducatis de fábrica, com Bagnaia na frente e Miller, um piloto que anda muito forte no molhado, colocando pressão nos dois. Mesmo com a Ducati imbuída em conquistar o título de pilotos, Miller ultrapassou os dois e ficou na liderança, mas o maior rival do australiano não se vestia de vermelho. Miguel Oliveira tinha feito uma ótima largada junto com seu companheiro de equipe Brad Binder, mas o sul-africano foi acertado de forma atabalhoada por Aleix Espargaró, que foi punido e perdeu preciosos pontos no campeonato ao terminar numa opaca 11º posição. Oliveira partiu para cima do pelotão da Ducati e de Marc Márquez, assumindo a ponta já nas voltas finais após longa briga com Miller. Miguel se segurou muito bem na ponta, mesmo com Miller sempre próximo e recebeu a bandeirada na frente pela segunda vez com piso molhado em 2022, garantindo à RMF Aprilia uma boa aquisição para 2023, principalmente quando chover.
Era esperado que a Ducati invertesse as posições entre seus dois pilotos de fábrica, mas de forma surpreendente isso não aconteceu e mesmo com Quartararo saindo da Tailândia zerado, ainda tem dois pontos de frente para Bagnaia faltando apenas três provas para o campeonato. Miller, que está de saída da KTM, parece que fez as contas e percebeu que ainda tem boas chances de campeonato e a próxima corrida será em sua casa. Resta saber se a Ducati deixará que seus pilotos tirem pontos de si...
sábado, 1 de outubro de 2022
Red Bull em dia de Ferrari
Antigamente quando havia previsão de chuva na F1, todo mundo ficava ouriçado para uma sessão animada e fora da rotina, porém, com a porcaria dos pneus de chuva da Pirelli e um carro com dimensões tão grandes aumentando a área de contato e por consequência o risco de aquaplanagem, hoje a notícia de chuva na F1 causa mais pânico do que regozijo aos fãs. Contudo, a chuva caiu forte em Cingapura apenas no período da tarde, tradicional horário das chuvas naquela região e apenas o terceiro treino livre foi afetado de verdade, mas com uma umidade altíssima, além de vários obstáculos impedindo uma secagem rápida, o treino que definiu o grid teve pista úmida e muita cautela dos pilotos, que preferiram não arriscar e ficaram a maior parte do tempo com pneus intermediários. A primeira grande surpresa foi Ocon ter ficado no Q1, com o ameaçado Mick Schumacher passando por muito pouco ao Q2. Ricciardo não se pode chamar de ameaçado, pois o australiano simplesmente não está fazendo por onde ficar na F1, essa é a triste realidade de Daniel.
Já no Q2 houveram tentativas com pneus slicks por parte da turma da Aston Martin e Zhou, mas mesmo com a pista com mais de 90% seca, as partes molhadas fizeram a diferença e os três ficaram de fora do Q3, porém, ninguém poderia esperar George Russell ficar no Q2. Dessa vez Russell ficou bem abaixo de Hamilton em situações de pista mistas, algo que o jovem inglês tem muito a melhorar. Quando a terceira parte da classificação começou, rapidamente todos foram para os pneus slicks, mesmo com os carros bastante ariscos nas partes lentas e úmidas. É nesse momento que o talento se sobressai e com isso os veteranos Alonso e Hamilton deram um show, marcando os melhores tempos no momento em que os pilotos tateavam na pista. O tempo de Hamilton mais de 2s melhor do que o resto foi assombroso, mas havia muito o que melhorar.
Como é comum nesses casos, ficar na pista pelo maior tempo possível faz a diferença e para isso, tem que ter gasolina para isso. Num erro que poderia muito bem ser da Ferrari, a Red Bull cometeu um erro de cálculo e quando Verstappen vinha para pulverizar o melhor tempo de Leclerc, Max foi chamado aos boxes de última hora. Uma enormidade de palavrões apareceram no rádio, com Verstappen relegado ao oitavo posto numa pista onde ultrapassar é complicado, mesmo já termos visto várias corridas de recuperação do piloto da Red Bull. A turma da Red Bull se enganou no cálculo de combustível e Verstappen teve que ir aos boxes para não ter uma pane seca. A chance de sair de Cingapura como campeão caiu bastante para Verstappen. A briga pela pole foi apertada, com Leclerc conseguindo o primeiro posto, Pérez salvando um pouco a honra da Red Bull e um chateado Hamilton completando o top3. Numa pista que anda bem e marcou uma volta de classificação lendária, Hamilton perdeu a pole por meros cinco centésimos, mostrando o equilíbrio entre eles, mas só estão nessa posição porque o ponto de desequilíbrio foi prejudicado pelo um raro erro da Red Bull. Para amanhã, é esperado também chuva como nesse sábado, resta saber o quão será impactante para a corrida.