terça-feira, 31 de janeiro de 2023

VF 23


 Iniciando a temporada 2023 de apresentações dos carros da F1, a Haas mostrou suas novas cores, enquanto o carro de verdade só estará na pista dia 11, num shakedown em Silverstone. Com a saída do dinheiro russo por causa da guerra, as cores vermelha, branca e azul (argh!) saíram para o retorno do preto, branco e vermelho, lay-out muito usado pela equipe americana, que tem agora como patrocinador principal a Money Gram, ajudando Gene Haas a pagar a conta do time, um dos mais simpáticos da F1, principalmente por causa do seu chefe Gunther Steiner.

O italiano Steiner terá que mostrar ainda mais do que suas homéricas broncas flagradas no Drive to Suvirve. Como chefe de uma equipe com orçamento enxuto, Steiner escolheu esperar pelos novos regulamentos em 2022, deixando 2020 e 2021 de lado, resultando em temporadas que marcar pontos era uma verdadeira epopeia para a Haas. Isso fez com que o dinheiro na Haas ficasse ainda mais curto e Steiner tivesse que aceitar intromissões em seu line-up, surgindo a dupla Mick Schumacher e Nikita Mazepin, uma das mais fracas dos últimos tempos. Mick foi imposição da Ferrari. Nikita, pelo aporte financeiro de papai. Então estourou a guerra na Ucrânia, fazendo com que tudo que era russo se tornasse radioativo e Mazepin foi enxotado da F1, para alegria da Haas, que ficou com parte do dinheiro do fedelho para construir um bom carro com os novos regulamentos. O velho conhecido Kevin Magnussen chegou de última hora em 2022 e a Haas subiu de patamar, marcando bons pontos nas primeira corridas. Mick Schumacher ficou numa situação complicada, pois para derrotar Mazepin bastava a natureza, mas com Magnussen a situação era bem diferente. Para complicar, o jovem alemão destruiu o carro algumas vezes, deixando Steiner fulo da vida. Quando a relação entre Schumacher e Ferrari terminou, ficou fácil para Günther chutar os fundilhos de Mick. Com o teto orçamentário equilibrando um pouco as coisas, o dinheiro fácil de um piloto pagante não se tornou tão necessário assim, portanto, a Haas teve mais liberdade em escolher o companheiro de equipe de Magnussen, assegurado por uma temporada sólida, coroada com uma pole position surpresa em Interlagos. Pietro Fittipaldi ficará mais um ano como piloto de desenvolvimento. 

Porém, ninguém poderia supor que Nico Hulkenberg, três anos aposentado, pudesse ressurgir na F1. Hulk foi uma espécie de Roberto Moreno do século 21, substituindo vários pilotos nessas últimas temporadas, ganhando experiência com o carro com o novo regulamento e moral para garantir um contrato com uma equipe. Os melhores momentos da Haas foi quando teve bons (apenas bons) pilotos experientes e juntar Magnussen e Hulkenberg parece ser o ideal. Ou não? Os dois nunca foram amigos e entrou para o folclore da F1 quando os dois discutiram feio após uma corrida na Hungria. Porém, os dois sabem que terão uma chance rara na F1 e que conseguiram a confiança da Haas muito pela capacidade de ambos de terminar corridas, principalmente se for entre os dez primeiros e isso garanta pontos. Nesse momento, esse é o principal objetivo da Haas para 2023. 

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