A sensação que passa é que a FIA ainda não superou a morte repentina de Charlie Whitting em 2019 e vive uma viuvez eterna para com o grande diretor de provas. Desde então a FIA se vê envolvida em polêmicas sem sentido, principalmente no escrutínio de punições dadas aos pilotos nas corridas ou em decisões de trazer ou não o Safety-Car. Nesse domingo na Arábia Saudita a FIA, que se manteve quieta no Bahrein, deu um show de horrores tendo como protagonistas, por coincidência, a dupla da Aston Martin. Lance Stroll teve um problema de motor ainda no começo da corrida e foi orientado pela equipe a parar seu carro imediatamente. Já contando com mais de cem corridas de F1, Stroll escolheu um lugar seguro para estacionar seu Aston Martin, onde um Safety-Car virtual, na pior das hipóteses, poderia resolver o problema de Lance. Porém, o Safety-Car real entrou em cena, mudando um pouco a cara da corrida. Perguntada o porquê da utilização do SC, a FIA respondeu que não estava claro onde Stroll estava. Fica a pergunta: a FIA só tem uma câmera em todo o circuito? Como se lambança pouca fosse bobagem, a FIA se superou no caso de Fernando Alonso. Com mais de vinte anos nas costas, Alonso estacionou seu carro no lugar errado do grid, numa clara infração e que rapidamente foi sancionada, dando tempo à Alonso poder superar a mancada. No entanto, ao cumprir a punição de 5s, o mecânico do macaco traseiro encostou na Aston Martin de Alonso. Ainda faltavam 35 (!) voltas para o fim, mas foi somente quando Alonso já tinha subido ao pódio quando veio o anúncio da punição de Fernando, fazendo-o perder o pódio. Sem qualquer chance para Alonso fazer algo na pista, enquanto George Russell nem subiu ao pódio. Insatisfeita, a Aston Martin recorreu e depois de três horas, quando Russell já estava com o troféu e provavelmente estava voltando para casa, a FIA resolveu mudar tudo e devolver o pódio para Alonso, aumentando ainda mais a confusão. Foi um dia nada bom para a FIA, que demonstrou estar bastante perdida.
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