sábado, 13 de dezembro de 2025
Um ano para aprender e sobreviver
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
Figura(ABU): Lando Norris
Não poderia ser outro! O jovem inglês da McLaren conquistou seu primeiro título da F1, mesmo sofrendo um pouco mais do que o bom senso indica, mas Norris soube controlar-se em Abu Dhabi para derrotar Max Verstappen. Lando largou em segundo, mas perdeu a posição ainda na primeira volta, ficando na posição limite para conquistar o título. Norris viu Leclerc tirar desempenho da capenga Ferrari não se sabe de onde, foi para o meio do pelotão durante a primeira parada e correu o risco de ser penalizado numa disputa contra a Red Bull de Yuki Tsunoda, mas Lando venceu todas as desconfianças de que ele seria capaz de suportar a pressão e venceu o título com um necessário terceiro lugar. Mesmo com todos os erros, as declarações infelizes e uma postura bem abaixo do exigido por um piloto de ponta ao longo de 2025, Lando Norris também venceu sete vezes, reverteu a desvantagem que parecia irreversível ante ao seu companheiro de equipe Oscar Piastri e no final soube segurar a pressão de um inspirado Max Verstappen. Ninguém duvida que o melhor piloto do grid é mesmo Verstappen, mas Lando Norris teve seus méritos rumo ao primeiro título na F1.
Figurão(ABU): Alpine
Finalizar o campeonato em último tanto no campeonato como na corrida é mais um indicativo do ano turbulento que a Alpine teve. Equipe de fábrica da Renault ainda sofre as consequências de inúmeras mudanças de gestores nos últimos anos, culminando com a chegada do veterano Flavio Briatore, que já mostrou sua capacidade de gerir uma equipe de F1 tanto para o bem (quatro títulos de pilotos) como para o mal (as várias histórias, conhecidas ou não, de vigarice do italiano). A influência de Briatore é tamanha que mesmo tendo dois chefes de equipe no ano, poucos sabem que Oliver Oakes e Steve Nielsen estiveram liderando a Alpine, pois quem manda mesmo é Briatore. E uma das decisões tomadas por ele foi que a equipe oficial da Renault se livrou... do motor Renault! Mesmo contanto com os brilhos efêmeros de Pierre Gasly, a Alpine teve em Jack Doohan e principalmente Franco Colapinto uma fonte inesgotável de idas à funilaria que não rendeu um ponto sequer para os dois jovens pilotos. Contudo Colapinto trouxe dinheiro portenho e por fim, ficará mais um ano na equipe, que terá o promissor motor Mercedes em 2026, mas ainda assim a Alpine parece totalmente à deriva.
domingo, 7 de dezembro de 2025
Apesar de você
sábado, 6 de dezembro de 2025
Será o suficiente?
Porém, precisamos falar de Lewis Hamilton. A Ferrari chegou com um novo conceito para o carro de 2025, mas rapidamente ficou claro que os italianos não estavam no mesmo nível da McLaren e por isso, desistiram de desenvolver o carro no final de abril, fazendo com que a Ferrari não apenas ficasse atrás da McLaren, como foi ultrapassada por Red Bull e Mercedes. Chegando na equipe tendo completado 40 anos e tendo feito toda a carreira com um motor Mercedes atrás de si, Lewis Hamilton sofreu bastante em sua adaptação na equipe de Maranello, mas Carlos Sainz, que foi sacado na Ferrari para Lewis entrar, sofreu no seu início com a Williams. Todavia, na segunda metade do ano o espanhol já anda claramente à frente de Albon. Não foi o caso de Hamilton. Correndo ao lado de um dos pilotos mais rápidos em classificação dos últimos tempos, Hamilton não apenas não consegue acompanhar Leclerc, como passou a ficar rotineiramente nas últimas posições, caindo pela terceira vez consecutiva no Q1, enquanto Charles levou sua problemática Ferrari ao Q3 e a terceiro fila. A postura derrotista de Hamilton não o ajuda em nada e muitos já questionam se a chegada do inglês, com o maior plantel da história da F1, mas já em má fase em seus últimos anos de Mercedes, não chegou à Ferrari mais por um capricho seu e dos chefes atuais da Ferrari do que para realmente crescer junto com a equipe.
A Sauber começou bem o final de semana, mas apenas Bortoleto conseguiu avançar na classificação e terminou num ótimo sétimo lugar, igualando seu melhor grid na carreira. Tomara que Gabriel termine também sua fase ruim após o péssimo final de semana em Interlagos. Nesse seu primeiro ano na F1 Gabriel superou Hulkenberg no head-to-head no grid em 2025 e alguns outros resultados chamam atenção. Na Aston Martin, Fernando Alonso terminou o ano invicto, enfiando 24x0 em Lance Stroll, provando que o canadense nem deveria estar no grid da F1. Na Red Bull, Yuki Tsunoda, de saída da F1, também terminou invicto: tomou 22x0 para Verstappen.
No entanto, o caso do nipônico não passa tanto por ele. Aos 28 anos de idade, Max Verstappen está muito provavelmente em seu apogeu da carreira e demonstra a cada final de semana que mesmo o grid tendo nomes históricos como Alonso e Hamilton, Max é o melhor piloto do grid. A dupla da McLaren lembra dois poodles acuados frente a um Pitbull rosnando. Lando Norris e Oscar Piastri fizeram suas partes ao ficarem sempre entre os primeiros, mas no final não foram páreo para um inspirado Max Verstappen, sublime em suas melhores voltas no Q3. George Russell parecia capaz de se meter na briga entre os três, mas vacilou na última curva da sua melhor volta e terá que se conformar com a quarta colocação. A McLaren tem o melhor carro, mérito de Andrea Stella e sua equipe, mas Max Verstappen fez toda a diferença em 2025 e nesse sábado em Abu Dhabi. Será o suficiente para conseguir o penta?
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
Figura(CAT): Carlos Sainz
Contratado pela Williams de forma surpreendente após bons anos com a Ferrari, Carlos Sainz não começou de forma auspiciosa sua experiência na tradicional equipe, ficando muitas vezes atrás do correto Alexander Albon, gerando certas críticas em cima do espanhol, que chegou à Williams com a expectativa de que seria o líder da ressurreição do time fundado por Frank Williams. No entanto, após as férias Sainz deu uma mudada e passou a fazer corridas muito fortes. Após o pódio no Azerbaijão, Sainz repetiu o feito no Catar com um final de semana muito sólido, além de bem superior ao de Albon. Com os últimos resultados, Sainz não apenas encosta em Albon no Mundial de Pilotos, como ajuda a Williams a se estabelecer na quinta posição no Mundial de Construtores.
Figurão(CAT): McLaren
E lá vamos nós novamente... Cometer erros estratégicos já definiram várias corridas desde que Gordon Murray sugeriu fazer paradas programadas durante as corridas no início da década de 1980. Porém, quando esse erro ocorre num momento crucial de um campeonato estava nas mãos torna tudo mais dolorido e foi isso que aconteceu no Catar no domingo. Dona do melhor carro do final de semana, a McLaren caminhava para uma fácil dobradinha, podendo fazer com que Norris e Piastri pudessem correr soltos na última etapa do ano para decidirem entre eles quem será o campeão de 2025. No entanto, um 'gênio' sentado no pit-wall da McLaren fez com que o time comandado por Zak Brown entregasse a vitória de bandeja para Max Verstappen, numa situação tão óbvia, que a chefe de estratégia da Red Bull Hannah Schmitz se perguntou como a McLaren deixou seus dois pilotos na pista durante o Safety-Car, enquanto as demais nove equipes trouxeram seus pilotos para fazer a primeira parada obrigatória. Isso deixou a dupla da McLaren numa situação frágil para o resto da prova e Max Verstappen aproveitou a presepada da turma de Zak Brown para garantir mais uma vitória. Piastri, o piloto mais rápido do final de semana, ainda recuperou a segunda posição, enquanto Norris fez um segundo stint horroroso e acabou em quarto, deixando mais pontos na pista, deixando o campeonato aberto e com Max Verstappen mais confiante do que nunca que pode conquistar o pentacampeonato. Mais uma vez, na conta da McLaren.
domingo, 30 de novembro de 2025
O que eu vou dizer lá em casa, McLaren? Parte 2
Na relargada a dupla da McLaren acelerou forte e abriu vantagem sobre o demais carros, porém, Max Verstappen manteve a dupla papaia na sua vista. Piastri estava num bom dia e era mais rápido do que Norris, mas Verstappen não era tão mais lento, fazendo com que os três estivessem numa liga a parte nesse domingo. Isso por si só já estragaria completamente o raciocínio da trupe de Andrea Stella e seus papaias caps. Com Verstappen à espreita, a corrida estava definitivamente perdida! Talvez no único acerto 'mclariano', Piastri e Norris fizeram suas respectivas paradas e retornaram logo à frente de um grupo de pilotos liderado por Fernando Alonso. Os dois escaparam de ficar presos atrás de pilotos mais lentos, mas com Max Verstappen bons 16s na frente, só um milagre salvaria o dia da McLaren. Piastri tinha tudo para vencer a prova e a manobra que executou em cima de Antonelli mostrou bem como estava o australiano. O mesmo não se pode dizer de Norris, que ficou preso atrás do italiano até ele fazer sua parada. A liderança da dupla da McLaren foi efêmera e ainda sobrou mais um erro para os papaias. Se quisesse pelo menos atacar Max no final, o lógico era colocar pneus macios no curto stint final. Pois bem, a McLaren colocou pneus... duros para a sua dupla. Se Piastri ainda voltou em segundo, Lando Norris não teve uma parada tão boa e acabou atrás de Sainz e Antonelli. Enquanto esteve na frente de Verstappen no final do seu segundo stint, Norris quase perdeu o carro e reclamou que o sensível difusor dos carros atuais da F1 estaria danificado. Lando não teve mais o mesmo ritmo e mesmo com pneus bem mais novos que o de Antonelli, foi incapaz de realizar um ataque mais incisivo contra o jovem italiano da Mercedes.
sábado, 29 de novembro de 2025
Pista para piloto
O Lusail International Circuit foi construído em 2004 para receber o Mundial de Motovelocidade e seu circuito fluído, bem apropriado às corridas de moto, logo caiu no gosto dos pilotos da MotoGP e quando o autódromo no Catar recebeu a F1 pela primeira vez em 2021, os pilotos também adoraram o circuito de alta velocidade e um setor insano, com os carros atingindo 5G's em algumas curvas. No entanto isso faz com que as ultrapassagens se tornem quase impossíveis e a corrida Sprint desse domingo demonstrou isso mais uma vez, numa prova completamente insossa vencida por Piastri, piloto dominante do final de semana. Praticamente sem mudanças após a primeira volta, a mini corrida no Catar foi um longo bocejo, que foi usado para as equipes mais como uma espécie de terceiro treino livre de luxo.
Horas depois a classificação ocorreu sem maiores problemas, com a McLaren demonstrando a mesmo força dos melhores momentos de 2025 da equipe papaia. Mais atrás, Lewis Hamilton seguia em seu suplício, onde repetiu a mesma posição nas duas classificações que participou no Catar: uma inglória 18º posição. Pior do que isso, a postura derrotista de Hamilton aumenta o problema do inglês da Ferrari, que tem um carro extremamente instável, onde Leclerc, mais acostumado com os caprichos ferraristas, ainda vai ao Q3, o mesmo não acontecendo com Hamilton, que sofre na frente de todos.
Como sempre Max Verstappen vai levando seu Red Bull nas costas. Yuki Tsunoda conseguiu seu melhor momento com a Red Bull ao se classificar na frente de Max na Sprint e terminar a mini corrida em quinto, mas logo depois o nipônico ficou no Q1. Verstappen claramente estava andando acima do limite do seu carro e beliscou o terceiro lugar. Após vencer sem sustos na Sprint, Piastri ficou com a pole, numa disputa direta contra Norris, que errou em sua tentativa final do Q3, mas ainda assegurou um lugar na primeira fila. Pelo o que foi visto na Sprint, a corrida desse domingo pode ser decida logo após a largada.
domingo, 23 de novembro de 2025
Figura(LAS): Andrea Kimi Antonelli
O jovem italiano da Mercedes passou por uma fase menos boa no meio da temporada, chegando a ter sua chegada à Mercedes questionada após resultados bem abaixo do esperado. Seu 'recreio' em Ímola mexeu com a cabeça de Antonelli, mas quando Kimi colocou os pensamentos no lugar, o italiano cresceu e vai fazendo ótimas corridas. Em Las Vegas, Antonelli vacilou na classificação e ficou apenas em 17º no grid, mas na corrida o italiano arriscou numa estratégia bem arriscada, ao fazer sua parada obrigatória ainda na segunda volta, colocando pneus duros e tentar ir até o final com eles. Para piorar, Kimi foi flagrado queimando a largada e ainda perderia 5s de punição. Pois bem, Antonelli baixou a cabeça e enquanto seus rivais iam parando, ele foi ganhando terreno ao cuidar bem dos pneus e como consequência, manter um ritmo competitivo, mesmo com pneus bem mais desgastados que os demais. Nas voltas finais, Antonelli se viu atacado por Piastri e Leclerc na luta pela quarta posição. Parecia que o australiano não teria muito trabalho, mas juntando a falta de confiança atual de Piastri e um Antonelli cada vez mais preciso, Oscar não teve chances claras de ataque em cima da Mercedes de Kimi. Quando os pneus de Piastri e Leclerc perderam rendimento, Antonelli pôde respirar aliviado, mas seu ritmo era tão bom que ele conseguiu encostar em Russell, que largara treze posições à sua frente. A desclassificação de Norris fez com que Antonelli nem sentisse a punição de 5s e na verdade ganhar uma posição, subindo mais uma vez ao pódio, consolidando sua recuperação no campeonato e ajudando a Mercedes na luta pelo vice-campeonato de Construtores. Do jeito que Toto Wolff imaginava quando subiu Andrea Kimi Antonelli na F1 logo de cara na Mercedes e o dirigente certamente sabe que tem muito mais pela frente.
Figurão(LAS): McLaren
Alguém imaginaria a McLaren comandada por Ron Dennis ser desclassificada por motivos técnicos num momento decisivo do campeonato? Por mais que Zak Brown e Andrea Stella tenham inúmeros méritos por elevar a McLaren ao patamar atual depois que o futuro da equipe se tornasse nebuloso na virada dessa década, os dois estão fazendo de tudo para que a McLaren, de tantos títulos e tradição, perca o campeonato de pilotos. Em mais um episódio bisonho dessa atual McLaren, Lando Norris viu seu seguro segundo lugar em Las Vegas se transformar num zero ponto por desclassificação, devido ao desgaste excessivo do assoalho da McLaren, deixando o campeonato totalmente aberto com a ascensão de Max Verstappen nesse último terço de certame. Contando a desclassificação desse domingo e a quebra de motor de Lando em Zanvoort, o inglês perdeu 36 pontos que podem fazer muita falta na luta pelo campeonato com Max. E Piastri? Perguntaria um leitor mais atento. O australiano simplesmente derreteu e somente por uma conjunção interplanetária Piastri poderá aspirar algo em 2025. Por sinal, as interferências da McLaren ao longo da temporada, sempre favorecendo Norris, pode explicar muito bem essa decadência toda de Piastri, em outro ponto negativo da McLaren, que na verdade só tem um piloto na luta pelo título. E Norris já demonstrou o que pode acontecer quando está acossado por Max Verstappen, vide a largada da corrida desse domingo em Las Vegas.
O que eu vou dizer lá em casa, McLaren?
Horas mais tarde a FIA anunciou a desclassificação dos carros da McLaren por desgaste excessivo do assoalhos. Um golpe gigantesco em cima de Lando Norris e Oscar Piastri, este tendo feito outra corrida chinfrim. O que era uma boa vantagem de quarenta e dois pontos se tornou numa alarmante frente de vinte e seis pontos com cinquenta e oito ainda em disputa. Norris ainda está como o campeonato nas mãos? Sim, Lando ainda controla o destino da temporada 2025 da F1, mas a forma atual de Max Verstappen deixa tudo em aberto e com o neerlandês claramente numa situação melhor do que a dupla da McLaren. Com Max Verstappen já 'grande' em seus retrovisores no campeonato, Lando Norris correrá ainda mais pressionado e nesse domingo vemos o que pode acontecer quando Lando fica pressionado. Piastri? O australiano precisa muito mais de um psicólogo pensando no futuro de sua carreira. Oscar dificilmente ficará sequer com o vice-campeonato, meses depois de ser apontado como grande favorito ao título e sua fase atual não nos permite pensar numa virada.
domingo, 16 de novembro de 2025
História sendo feita!
A temporada 2025 de Diogo Moreira lembrou o que eles fez ano passado, quando começou devagar na temporada, mas 'pegou no tranco' na segunda metade para garantir o título de novato do ano e o primeiro pódio na última etapa, em Barcelona, numa bela ultrapassagem sobre o campeão Ai Ogura. Na mesma equipe Italtrans, Diogo fez uma primeira metade de temporada bem regular, se mantendo entre os cinco primeiros num campeonato que se encaminhava para as mãos de Manu González, que chegou a ter sessenta pontos de vantagem sobre o brasileiro. Como na F1, González deu uma de Oscar Piastri e começou a desandar a errar, incluindo uma desclassificação decisiva na Indonésia, enquanto Diogo crescia e conseguia suas primeiras vitórias. A virada veio na Austrália e em Portugal, uma vitória categórica deixou Moreira com a mão na taça.
Talvez tranquilo em demasia, Diogo não começou o final de semana muito bem e teve que passar pelo Q1, mas felizmente a má fase de Manu González o deixava longe dos ponteiros. Moreira se recuperou na classificação, conseguindo a nona posição no grid, apenas quatro postos abaixo de González. Diogo controlou a corrida inteira, enquanto González, que declarou que Diogo Moreira só conseguiu seu lugar na MotoGP por causa da nacionalidade, em nenhum momento brigou pela vitória. Pelo contrário. No último terço de prova González derreteu como fez na temporada e a ultrapassagem que tomou de Diogo o deixou desnorteado, indo aos pits e provavelmente nada tinha na moto. Apenas em sua cabeça. O título estava garantido, tornando a manhã desse domingo bastante feliz para os brasileiro.
Diogo Moreira ascenderá à MotoGP pela Honda, que mostrou sua evolução ao conseguir os pontos necessários para subir de patamar entre as montadoras e perder concessões. Algo que a cúpula da Honda queria e para 2026, Moreira será parte essencial no ressurgimento da gigante japonesa.
Minutos após a alegria pelo título de Diogo Moreira, a MotoGP fechou seu ano com vitória de Marco Bezzecchi, que terminou o ano em terceiro lugar no campeonato e com o mesmo número de vitórias de Alex Márquez, que venceu na Sprint no sábado, mas foi bem mal no domingo, terminando em sexto, ultrapassado nas últimas curvas pelo jovem companheiro de equipe Fermin Aldeguer. Mesmo sem contar com Jorge Martin, que abandonou a prova de hoje por motivos físicos, a Aprilia se consolidou como a segunda melhor moto do pelotão e em franca ascensão, com Raul Fernández terminando em segundo hoje.
A Ducati ainda tem a melhor moto, mas corre o risco de repetir o erro da Honda e focar demais em Marc Márquez. Recuperando de sua clavícula fraturada, Marc apenas assistiu as últimas provas, com apenas uma vitória de Alex e Di Giannantonio salvando a sequência de pódios consecutivos da Ducati, ultrapassando Pedro Acosta já nas voltas finais. Bagnaia abandonou na primeira volta, atingido por um errático Johan Zarco, coroando um ano inacreditavelmente ruim do bicampeão da MotoGP. Dois pilotos se destacaram em 2025 por estarem claramente acima do seu equipamento: Pedro Acosta e Fabio Quartararo.
Com a KTM entrando em falência e mais preocupada em sobreviver, os austríacos não entregaram uma moto vencedora para seus bons quatro pilotos, mas Pedro Acosta foi o que mais se destacou, andando acima do potencial da moto em sua desesperada procura pela primeira vitória. Mais um espanhol com talento acima da média, Acosta viu dois compatriotas de sua geração (Aldeguer e Fernández) vencerem pela primeira vez na MotoGP esse ano, sendo que é unânime que Pedro é mais piloto que ambos, porém, Acosta tem um equipamento inferior. Mesmo caso para Fabio Quartararo, que leva a sua Yamaha nas costas todo final de semana, conseguindo algumas poles miraculosas e perdendo uma vitória redentora em Silverstone. Tirando tudo de sua Yamaha, Fabio caiu muitas vezes simplesmente por estar acima do limite. Com o crescimento da Honda, a Yamaha tem a pior moto do grid e para tentar reverter a situação, abandonou o tradicional motor de quatro cilindros em linha pelo V4, usado pelo resto das montadoras. Mais uma tentativa da Yamaha para tentar manter Quartararo na equipe, mesmo o francês se mostrando cada vez mais impaciente, o mesmo acontecendo com Acosta. Uma moto italiana para Fabio e Pedro, e poderíamos vê-los na luta por mais vitórias.
Marc Márquez dominou em 2025, mas fica a dúvida por mais um acidente tê-lo tirado de combate. Como ele retornará? A Ducati manterá sua hegemonia? São perguntas que começarão a ser respondidas a partir dessa terça-feira, quando os primeiros testes visando 2026 ocorrerão em Valencia. Já com a presença do campeão da Moto2, Diogo Moreira.
domingo, 9 de novembro de 2025
Figura(BRA): Max Verstappen
Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? Max Verstappen provou que sim! Após uma classificação horrenda, onde o neerlandês ficou no Q1 pela primeira vez em muitos anos, poucos acreditariam que Verstappen poderia fazer algo de bom no domingo. Inclusive o próprio Max, que declarou que até desistia do título. Saindo do pit-lane em Interlagos nesse domingo, Max Verstappen iniciou outra obra-prima e se não venceu como no ano passado, sua exibição de hoje foi tão impressionante quanto. O piloto da Red Bull subverteu a lógica da F1 nesse ano. Para Verstappen, não importava se o piloto à sua frente estava com pneus macios, pneus médios, pneus novos, pneus usados ou no meio de um trem de DRS. Max simplesmente passava por cima! Rapidamente Max Verstappen entrou na briga pelo pódio e só não garantiu a segunda posição por causa de um inspirado Andrea Kimi Antonelli. O título pode ter se complicado, mas ninguém tem dúvidas que Max Verstappen, que ainda sofreu um furo de pneu no começo da prova, é o melhor piloto da atualidade.
Figurão(BRA): Gabriel Bortoleto
Até Interlagos, Gabriel Bortoleto vinha fazendo uma temporada de estreia na F1 sem maiores problemas, sendo merecidamente elogiado pela sua velocidade, maturidade e ética de trabalho com a Sauber, equipe que ano passado foi última colocada no Mundial de Construtores. Porém, Bortoleto pareceu ter se empolgado com a atenção que recebeu da mídia local por ser o primeiro brasileiro em Interlagos para uma corrida de F1 desde 2017 e o piloto da Sauber saiu do prumo. O grave acidente na Sprint Race foi um sinal de que algo não estava muito bem com Bortoleto. Sempre centrado e raramente envolvido em problemas, Gabriel tentou uma manobra banzai sobre Albon na abertura da última volta, fazendo com que o paulista perdesse o controle do carro na pista úmida e sofresse a maior pancada do ano, destruindo seu carro e o tirando da classificação, apesar de todo o esforço da Sauber. Largando nas últimas posições, Gabriel parecia tenso antes da largada e da mesma forma como no dia anterior, ansioso para mostrar serviço. Bortoleto até ganhou duas posições na primeira volta, mas ao ficar por fora no Bico do Pato ao lado de Lance Stroll, Gabriel acabou freando na grama e batendo seu carro, acabando com sua corrida pouco mais de dois quilômetros após a largada. Um final de semana tenebroso para Gabriel Bortoleto, mas que sirva de lição para o jovem brasileiro e que na próxima visita à Interlagos, foque mais na pista e menos nas distrações ao redor.
E Interlagos entregou
A Racing Bulls fez uma corrida consistente, com ambos os pilotos nos pontos e Lawson segurando uma fila de carros atrás de si e o time satélite da Red Bull marcando pontos importantes. Se Bortoleto teve um final de semana problemático, Hulkenberg navegou em mares tranquilos e pela primeira vez avançou ao Q3, terminando a corrida nos pontos, superando o surpreendente Pierre Gasly, que foi capaz de levar a decadente Alpine aos pontos pela segunda vez no final de semana. Mesmo com uma pintura bonita, a Williams mal apareceu e a Aston Martin foi muito bem na Sprint, mas como normalmente acontece nos finais de semana, o time esmeraldino vai perdendo ritmo no sábado e ainda mais no domingo.
Está chegando a hora
sábado, 8 de novembro de 2025
Clima bom
Na Sprint Race Oscar Piastri deu outra mostra que sua imagem de piloto frio derrete à olhos vistos. Depois de perder a primeira fila na classificação da minicorrida, Piastri era um discreto terceiro colocado quando pegou uma poça d'água na curva do Sol e bateu seu McLaren, levando consigo Hulkenberg e Colapinto. O australiano saiu do seu carro com cara de pouquíssimos amigos, ainda mais com Lando Norris não tendo maiores problemas para vencer a Sprint e abrir mais oito pontos de vantagem no campeonato. A classificação horas mais tarde não foi muito diferente, com Piastri não andando no mesmo nível de Norris e se contentando com uma apagada quarta colocação.
E foi na classificação que a Red Bull deu uma fraquejada quando menos poderia. Max Verstappen ainda camuflou as deficiências do carro em Interlagos, como normalmente faz, na Sprint mas após ajustes no seu Red Bull para a classificação, o carro piorou ainda mais e pela primeira vez em anos o neerlandês simplesmente não conseguiu passar ao Q2, fazendo companhia ao seu companheiro de equipe Tsunoda, costumaz habitante dos desclassificados no Q1. Um baque e tanto para a Red Bull, que vinha em plena evolução e fez Verstappen voltar a sonhar fortemente pelo título, mas que terá bastante trabalho no domingo. Se em 2024 Max largou em 17º pelas circunstâncias de uma classificação caótica, nesse ano a 16º posição foi reflexo do carro mal acertado em Interlagos, não fazendo com que Helmut Marko e seus blue caps sonhem muito.
Outro que teve uma classificação bem decepcionante foi Gabriel Bortoleto. O brasileiro da Sauber sofreu um gravíssimo acidente na volta final da Sprint e com o carro destruído, sequer marcou tempo.
Enquanto isso, Lando Norris ainda rateou ao errar na primeira volta do Q3, mas confirmou o favoritismo com mais uma pole, a sexta em 2025, livrando boa vantagem sobre Antonelli, que repetiu o bom desempenho de sexta e no domingo largará na primeira fila. Com Piastri sem confiança e Verstappen sofrendo com seu carro, tudo que Lando precisa é de tempo firme e seco em Interlagos nesse domingo.

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