Finalmente. Damon Hill ganhou o Campeonato Mundial de Pilotos de Fórmula 1 após vencer o GP do Japão. Todo mundo duvidou que Damon pudesse ser campeão um dia, mas o modo como ele ganhou a corrida demonstrou que ele é um dos melhores pilotos do planeta. Damon Hill dominou toda a corrida e conseguiu sua oitava vitória da temporada, enquanto Villeneuve teve uma corrida desastrosa, após uma bela pole no Sábado. Após 28 anos do título de seu pai, Graham Hill, Damon finalmente conseguiu repetir o feito, assegurando a continuidade do nome Hill e se tornando o primeiro filho de um campeão a conseguir o título. O piloto de 36 anos se tornou o oitavo piloto britânico a se tornar campeão e somente o segundo nos últimos 20 anos.
O GP do Japão marcou a despedida de marcas e pilotos. A maior despedida era sem dúvida a da Marlboro da McLaren, que se separaram depois de mais de 20 anos. A marca de cigarros West substituirá a Philip Morris, outra marca de cigarro, como patrocinador principal, mas foi com muito tristeza para a F1 ver Mika Hakkinen e David Coulthard cruzarem a linha de chegada em Suzuka, terminando a era dos belos carros vermelho e branco. A segunda maior separação era, obviamente de Damon Hill e a Williams, depois de 4 anos de corrida e mais 2 anos como piloto de teste, Damon Hill estava saindo da equipe inglesa que o revelou, indo para a TWR Arrows. A outra separação teve menos destaque, mas também pode ser classificada como o fim de uma era. A Elf já não estaria provendo combustível para os carros de Fórmula Um; o gigante de petróleo francês decidiu sair da categoria um ano antes do sócio técnico deles, a Renault. A saída da Elf significava que a Tyrrell teria que procurar um novo provedor de combustível para eles, e ainda um novo motor. A Yamaha tinha se mudado para a TWR Arrows e deixou para a Tyrrell o novo motor Ford ED cliente, que a Minardi têm usado recentemente. Martin Brundle, após 12 anos na F1, faria sua última corrida em Suzuka.
Damon Hill chegou a Suzuka vindo de Hong Kong praticamente sem nenhuma pressão, já que precisava apenas de um ponto para ser campeão. Jacques Villeneuve falou que toda a pressão de conquistar o título estava em cima de Hill, pois ele teria muito tempo para ser campeão ainda, coisa que seu rival não teria. Villeneuve tinha começado o jogo de pressões em cima de Hill. Na sexta-feira de manhã, Jacques chegou no paddock da Williams para tomar seu café da manhã, quando encontrou Damon e falou. “Você parece cansado.”. Hill respondeu sem medo de ser feliz. “Sim, estou cansado. Não tenho mais chances.” Hill parecia não estar sofrendo com as pressões de decidir o título mais uma vez e ao que parece, pela última vez.
No começo da sessão de classificação, Johnny Herbert sofreu um grave acidente na curva 130R, uma das mais rápidas e perigosas da F1. “Eu acho que estava úmido naquela curva. Eu estava com o pé no fundo quando o carro escorregou e ainda tentei consertar, mas naquela velocidade não há muita esperança. Eu tive sorte em não ter me machucado, pois perdi muita velocidade antes de bater nas barreiras de pneus.” Por causa desse acidente, a sessão foi interrompida.
Durante a Classificação Damon Hill estava preocupado. Ele não teve condições de brigar com Villeneuve pela pole e ficou muito tempo atrás também de Schumacher e Hakkinen durante a sessão. Seria a pressão? “Foi por pouco, mas eu sabia que o carro tinha condições de melhorar. Eu teria quatro tentativas. Nas duas primeiras tive problemas com o acerto e então mudei algumas coisas e então carro melhorou bastante para as minhas últimas duas tentativas, mas não arrisquei nada.”
Na sua última tentativa, Hill fez um tempo 0.461s mais lento de Villeneuve, mas parecia um pouco feliz com isso. “Eu estou exatamente onde eu queria estar. Eu tenho uma ótima oportunidade de bater Villeneuve na primeira curva. Eu acho que o melhor ataque é a defesa e eu acho que a corrida será ótima amanhã.”
A pequena alegria de Hill tinha uma justificativa. Ser segundo no grid em Suzuka é uma vantagem, pois quem larga nas posições pares ficam no lado limpo da pista e mesmo que Villeneuve largue em primeiro, ele ficará no lado sujo da pista.
Villeneuve irá tentar conquistar o título logo em sua primeira temporada e ele está muito confiante em relação a isso. “Meu carro está muito competitivo e eu vou atacar amanhã.”, falou o canadense, que ainda comentou sobre sua posição no grid. “Eu estou no lado sujo da pista, mas pode chover amanhã e as coisas ficarem indefinidas. Amanhã será uma dia difícil para nós, mas a pressão está toda em cima de Hill. Tudo o que tenho de fazer é ir para cima e tentar vencer.”
Enquanto os pilotos da Williams discutiam sobre quem tinha mais pressão, a vantagem técnica do Williams-Renault FW18 em relação aos demais carros era bastante clara. O carro mais próximo era a Ferrari, mas ainda assim estava mais de 1s atrás dos carros ingleses.
Schumacher era filosófico sobre sua posição no grid, terceiro. “Era o máximo que podíamos fazer. Podia ganhar alguns décimos se não tivesse tido um problema no motor na minha última tentativa, mas não iria adiantar de nada.” Jean Todt era ainda mais modesto. “Um carro na segunda fila e outro na terceiro (Irvine foi sexto) era o que esperávamos. Nosso objetivo é ter os dois pilotos na zona de pontuação sendo que um deles no pódio.”
Na sua última corrida, Brundle não estava muito contente com seu carro. “Eu fiquei chocado com minha primeira tentativa, pois o carro não respondia aos acertos que fazíamos. Fizemos modificações nas minhas quatro tentativas, mas só andei bem na última, mas preferi não arriscar muito.”
Grid:
1) Villeneuve(Williams) - 1:38.909
2) Hill(Williams) - 1:39.370
3) Schumacher(Ferrari) - 1:40.071
4) Berger(Benetton) - 1:40.364
5) Hakkinen(McLaren) - 1:40.458
6) Irvine(Ferrari) - 1:41.005
7) Frentzen(Sauber) - 1:41.277
8) Coulthard(McLaren) - 1:41.384
9) Alesi(Benetton) - 1:41.562
10) Brundle(Jordan) - 1:41.600
Quando a Classificação de Sábado acabou, as nuvens ficaram escuras e desabou um dilúvio. Várias poças d’água apareceram na pista e a borracha deixada pelos carros desapareceram. O Domingo amanheceu com sol e todo mundo estava confuso com o acerto do carro durante o warm-up, onde Villeneuve foi novamente o mais rápido e ele parecia forte para a corrida.
A volta de formação foi sem incidente, mas quando as luzes vermelhas começaram a aparecer uma a uma na hora da largada, David Coulthard deixou o carro dele morrer, abortando a largada e aumentando a tensão dos espectadores, pilotos e o pessoal da equipe. Quando o pelotão se preparou para a segunda volta de formação, parecia que o piloto da McLaren-Mercedes seria obrigado a começar a corrida no carro reserva vindo do pitlane, mas a equipe conseguiu fazer que o carro dele pegasse e ele começou da parte de trás do grid (décimo nono).
Quando as luzes apagaram para a largada, Villeneuve fez a pior largada dele na temporada e perdeu cinco lugares e ficou em sexto.
"Na largada eu não apertei bastante o acelerador e assim o motor baixou muito de rotação. Foi meu erro. Então eu apertei a embreagem e o motor subiu muito de rotação. Assim, eu fiz uma largada terrível. Foi muito ruim. Mas eu estou contente porque quando eu vim para a F1, todo mundo estava me falando que não era divertido e você não pode passar. Não é verdade. Eu me diverti muito este ano e aprendi bastante também." O estrago poderia ter sido pior, já que também foi ultrapassado por Frentzen na primeira curva, mas o alemão deu uma errada quando foi pelo lado sujo da pista. “Aquele erro me custou muito, pois além de ser ultrapassado por Villeneuve, as Jordans também me passaram”, falou Frentzen.
Sem saber dos problemas do companheiro, na primeira curva Hill estava liderando, seguido por Gerhard Berger no Benetton-Renault, Mika Hakkinen no McLaren-Mercedes, e os companheiros de Ferrari, Michael Schumacher e Eddie Irvine, quarto e quinto respectivamente.
Quando o pelotão saiu da primeira curva, houve um toque de rodas e Jean Alesi saiu da pista, terminando a corrida dele e a temporada 1996 no péssimo chassi B196. Este acidente promoveu Martin Brundle para sétimo lugar, à frente do companheiro dele na Jordan-Peugeot, Rubens Barrichello. A Benetton não poderia querer um começo de corrida pior na tentativa de ficar em segundo no Mundial de Construtores.
Quando os líderes completaram a primeira volta, estava claro que Hill não ia dar tudo de si e apenas correria para o campeonato. Gerhard Berger estava forçando muito e estava só 0.4s atrás e tinha aberto uma diferença de 1.3s em cima do terceiro lugar. Schumacher estava 0.6s atrás de Hakkinen e parecia que ele ia poder manter o ritmo do Finlandês.
O fim desta volta também viu Coulthard parar nos boxes para consertos mais significantes no MP4/11 dele, e ele saiu do box na última posição.
O fim da segunda volta indicou que os dois primeiros já estava bem destacados, 1.7s à frente da batalha Hakkinen-Schumacher que estavam a uma distância semelhante à frente da briga Irvine-Villeneuve. Jacques estava sendo segurado claramente, mas a Ferrari parecia ter uma aceleração melhor na saída das curvas e Irvine não estava muito disposto em renunciar a posição dele sem uma briga, com o segundo lugar no Campeonato de Construtores ainda em jogo.
Na volta 3, Berger escolheu a entrada da chicane para tentar passar Damon e realmente fez um enorme esforço para o passar. Em um momento parecia que a Benetton realmente passaria e possivelmente estaria em uma posição de ganhar a corrida, mas Damon firmemente fechou a porta, forçando Gerhard virar rapidamente para a direita, batendo numa zebra e quebrando a asa dianteira dele. “Eu estava mais rápido que Hill. Era importante passa-lo o mais rápido possível, pois eu estava numa estratégia de três paradas e tinha que abrir o máximo em cima dele”, falou Berger Este incidente provou ser um benefício em dobro para Damon pois a Benetton saindo da sua cola, deixando o inglês mais tranqüilo e Berger ainda atrasou o resto dos pilotos que vinham em seguida quando eles o alcançaram (antes que ele entrasse nos boxes).
Esta demora deu a Damon um segundo extra em cima de Mika e significava que no término da quinta volta, o top-6 era:
Hill->4.644s->Hakkinen->0.583s->Schumacher->0.815s->Irvine->0.753s->Villeneuve->1.019s->Brundle
Todo mundo na Williams ficou ansioso, pois a preocupação era grande em relação ao carro de Hill, pois o carro poderia estar danificado após o toque com Berger, mas logo ficou claro que não estava, pois Hakkinen não se aproximava de Hill.
A ordem permaneceu a mesma por quase 7 voltas, até Villeneuve novamente mostrar que é possível passar na F1, fazendo com sucesso a mesma manobra que Berger tinha tentado nas voltas anteriores em cima de Irvine e que tinha causado Berger arruinar a chance dele de vitória (ou o pódio). Villeneuve não é o piloto mais carismático do mundo, mas ele realmente sabe passar e se arrisca.
Dentro de uma volta, Villeneuve tinha aberto uma diferença de 2 segundos em cima de Irvine e tinha tirado 1.5 segundos de diferença para Schumacher. Além disso, o piloto da Williams-Renault fez a volta mais rápida da corrida. Deixando o top-6 assim:
Hill->4.050s->Hakkinen->2.037s->Schumacher->1.587s->Villeneuve->2.416s->Irvine->3.500s->Brundle
Na volta 14, Pedro Diniz terminou a última corrida dele na Ligier (Diniz está agora confirmado na TWR Arrows no ano que vem) rodando na saída da chicane. Este foi um puro erro de piloto e é uma vergonha que um piloto a este nível ainda faça erros tão primários como o do brasileiro.
Na volta 15, a primeira das paradas importantes aconteceu. Jacques Villeneuve foi aos boxes da Williams para colocar combustível e trocar pneus. A parada foi prolongada quando Barrichello entrou para a parada dele e a equipe da Williams teve que deter Jacques por pelo menos 2 segundos enquanto o Jordan passava. Quando ele voltou a pista, ele ficou atrás da Benetton de Berger que provavelmente era o único carro naquela área da pista que poderia impedir Villeneuve de ficar na frente de Schumacher depois das paradas.
Havia só uma volta para esperar até que os milhões de fãs pelo mundo inteiro descobrisse como Schumacher entraria e sairia do box. A Ferrari, como sempre, fez um ótimo trabalho, fazendo que Michael deixasse o pitlane à frente de Villeneuve. Nas próxima voltas todos os carros restantes do top-6 entraram e saíram e a única mudança é que Hakkinen e Schumacher trocaram de posições.
Assim, ao término da primeira rodada de paradas, o top-10 era Hill, Schumacher, Hakkinen, Villeneuve, Irvine, Brundle, Berger, Barrichello, Frentzen, e Panis. A liderança de Hill era de 2 segundos e mais 2 segundos de Schumacher para Hakkinen e Villeneuve.
Durante algum tempo pelo menos, parecia que Schumacher chegaria em Hill e brigaria para tentar conseguir a primeira posição, mas Hill conseguiu andar bem novamente e aumentou sua diferença.
Ricardo Rosset (TWR Arrows-Hart) foi penalizado pelos comissários por segurar Ukyo Katayama (Tyrrell-Yamaha), e teve que cumprir um stop-and-go de 10 segundos. Isto parecia um pouco indulgente quando o piloto da Arrows tinha causado a quebra da asa dianteira de Katayama e tinha feito o piloto japonês perder pelo menos 30 segundos na pista.
Na volta 28 Gerhard Berger estava forçando bastante e vinha se recuperando de seu acidente e tirou a sexta marca de Brundle nesta volta e dando a equipe Benetton um vislumbre pelo menos de esperar que eles conseguissem levar o piloto a conseguir mais pontos no Campeonato de Construtores.
Mais ou menos nessa ponto da corrida que Villeneuve informou ao seu engenheiro que ele achava que poderia ter um furo lento no pneu traseiro direito dele. Como conseqüência disso, a parada dele foi antecipada e ele estava sofrendo muito com o problema do furo(supostamente).
A parada mais cedo de Villeneuve significava que ele sairia de trás do ex-Campeão Mundial, Schumacher e, depois de uma parada lenta, ficou atrás de Berger e Irvine.
Depois que Hakkinen parasse, uma volta depois, estava claro que Villeneuve não teria mais esperanças de conquistar o título na primeira tentativa dele, agora que ele estava quase 10 segundos atrás de Hakkinen (e Mika estava 5 segundos atrás de Hill), e ainda por cima tinha dois carros rápidos na frente dele. Tudo isso estava logo para ficar claro, porque depois que ele ficasse atrás de Ukyo Katayama por quase uma volta na volta 36 (o que assegurou uma penalidade de 10 segundos para Katayama) ele perdeu a roda dianteira traseira dele e saiu da pista. Estava imediatamente claro que o "furo" era de fato um cubo de roda quebrado e o engenheiro dele confirmou isto logo após o incidente. A causa maior de preocupação era, porém, a roda que saiu voando. Para qualquer um que nunca ergueu uma roda de Fórmula Um, eles são bastante pesados (bem mais pesado que uma roda de carro normal de rua). Esta roda solta em particular poderia ser vista claramente na câmera dentro do carro, batendo nas barreiras e saltando a cerca e indo na área dos espectadores.
Assim o campeonato estava decidido, e o problema aconteceu em uma das partes mais baratas num carro de corrida (agora Jacques provou o que sentiu Damon em Silverstone).
Hill recebeu as boas notícias pelo rádio. “Foi emocionante. Foi difícil se concentrar na corrida sabendo que eu já era Campeão Mundial. Eu tentei esquecer isso e tentar ganhar a corrida. Eu realmente queria ganhar a corrida!”
O top-6 era neste momento:
Hill->2.598s->Schumacher->1.411s->Hakkinen->23.612s->Irvine->0.974s->Berger, Brundle,
Berger estava correndo apenas para o seu ego, e estava andando colado na Ferrari de Irvine em toda a curva (um pouco mais próximo nas curvas fechadas). Na volta 39, Gerhard tentou passar Irvine na chicane, da mesma maneira que ele tinha tentado passar Hill no começo da corrida. Desta vez, Berger teve sorte e embora ele batesse em Irvine com muita força, o normalmente frágil Benetton não ficou danificado e Berger estava imparável na perseguição pelos pontos. Irvine, por outro lado, não teve a mesma sorte. A Ferrari foi arremessada no ar e novamente a sorte do irlandês não estava certamente ao seu lado com o Irvine deixando o carro morrer e terminando de forma medíocre a temporada dele, com seu carro estacionado no meio da chicane. Contudo Eddie nunca foi de ficar calado e não ficaria desta vez. “Gerhard estava muito mais rápido do que eu, mas não conseguia me passar. Eu freei um pouco tarde e de repente estava voando. É a segunda vez consecutiva que Berger faz uma gracinha comigo. Ele disse que estava arrependido, mas não é o bastante.”
Até este momento a corrida produziu algumas manobras desesperadas e a corrida permanecia emocionante nas voltas finais (sendo a última corrida), mas ninguém fez nenhuma manobra (no top-6 pelo menos). David Coulthard tinha se recuperado até ficar em oitavo (Frentzen ficou de fora dos 6 primeiros) e dadas as circunstâncias deveria estar relativamente contente com o desempenho dele.
Damon deve ter ficado ansioso quando ele encostou nas Arrows nas últimas voltas, mas ele passou ambas (Verstappen pela primeira vez e Rosset pela segunda vez), mas não continuou seu ritmo forte e ele ganhou a corrida da melhor maneira.
Quando Damon cruzou a linha de chegada, a equipe lhe mostrou uma placa dizendo “Damon Hill – Campeão Mundial de 1996”. “Eu não tenho palavras”, balbuciou o emocionado inglês. Vários torcedores ingleses estavam muito contentes e Damon realmente merecia vencer não somente a corrida, mas também o campeonato por mais que alguns críticos falem sobre as realizações dele. Afinal de contas, nem mesmo seu desafeto Schumacher poderia dizer que ninguém ganha 8 corridas em uma temporada por sorte. “Ele merece isto, fez uma ótima temporada”, falou Schumacher.
Depois da corrida, Damon dedicou a vitória dele a equipe, mas também deu crédito a si mesmo para a conquista do Campeonato e também para uma pessoa em especial. “Foi perfeito. Um conto de fadas. Um dia maravilhoso para mim. Esta vitória é para todo mundo da equipe. Meu presente de despedida da Williams. Eu agradeço tudo a eles. O campeonato é outra história. Eu trabalhei nisso durante três anos e conquistar o título é um tremendo alívio. O campeonato é para minha esposa Georgie que sempre me deu apoio.”
Após um ano de batalha, os companheiros de Williams se cumprimentaram, como cavalheiros. “Jacques foi um excelente estreante para a F1 e tenho certeza que ele será Campeão Mundial no futuro. Eu fiquei muito impressionado com ele e ele também foi um grande companheiro de equipe.”, falou Hill. “Estou muito feliz por Damon. Ele é um grande campeão. Ele fez uma corrida perfeita e trabalhou muito durante o ano para ser campeão”, retribuiu Villeneuve.
Schumacher chegou apenas 1.8s atrás de Hill, mas era uma ilusão, pois a Ferrari nunca andou no mesmo ritmo da Williams e tudo que o alemão fez durante toda a corrida foi brigar com a McLaren de Hakkinen, que acabou em terceiro. O finlandês ficou satisfeito com seu resultado e mostrou que a McLaren será uma equipe para ser observada para 1997. Na última corrida da carreira, Martin Brundle chegou em quinto, fazendo uma corrida solitária, graças a sua escolha de pneus.
Frank Williams seguiu sua estranha mania de dispensar os campeões no final da temporada, mas estava feliz por Damon Hill. “É um grande dia para Hill. Ele venceu hoje de forma brilhante. Ele vinha escalando uma montanha a 4 anos e hoje ele chegou ao pico e eu acho que ele merece estar lá!”, falou o chefe de equipe.
A última palavra fica para o vencedor da corrida, mas agora também para o campeão da Temporada 1996.
Quando questionado por um repórter depois da corrida se ganhar o Campeonato foi a maior realização dele, Hill respondeu "Oh, eu não sei sobre isso. Mas foi certamente a coisa mais difícil que eu já fiz na minha vida... você deveria tentar isto algum dia".
Chegada
1) Hill
2) Schumacher
3) Hakkinen
4) Berger
5) Brundle
6) Frentzen
Valeu cara muito bom texto!!!
ResponderExcluirO Damon por incrivél que pareça tem muitos fãs, e eu sou um dos mairoes deles!!!