sexta-feira, 26 de outubro de 2007

História: 10 anos do famoso final de campeonato de 1997


Se a decisão do campeonato deste ano foi tensa e cheia de reviravoltas, dez anos vimos uma briga ainda mais ácida e complicada envolvendo Michael Schumacher e Jacques Villeneuve. O canadense tinha o melhor carro e liderou boa parte do campeonato, mas alguns erros dele e da equipe proporcionaram a subida de Michael Schumacher no ano, culminando para um final de campeonato para lá de eletrizante. A diferença entre os pilotos de Ferrari e Williams era de apenas um ponto à favor do alemão. Ou seja, quem chegasse na frente na corrida, era o campeão. A última corrida do ano era para ter sido realizada no Estoril, em Portugal, mas problemas no circuito português levaram a décima sétima etapa do ano de 1997 para o circuito de Jerez de la Frontera, Espanha, com a alcunha de Grande Prêmio da Europa. Esta seria a última corrida de F1 no autódromo espanhol.


A Renault comprou toda a publicidade ao redor do autódromo, pois iria se despedir da F1 com seis títulos consecutivos no Mundial de Construtores. O fim de semana na Espanha revelaria se eles iriam ter quatro ou cinco títulos de pilotos. Quem também estava se despedindo da F1 era Ukyo Katayama – a partir de agora, iria se aventurar escalando montanhas – e Gerhard Berger, um dos pilotos mais carismáticos do paddock. A rivalidade Villeneuve-Schumacher estava muito forte e como acontece nestas situações, todo mundo estava analisando tudo que eles estava fazendo na preparação para o fim de semana decisivo. Os jornalistas italianos estavam seguros que havia uma conspiração para que o título Mundial ficasse com a Williams e que a briga seria entre a Ferrari e os demais chefes de equipe da F1. Schumacher ficou uma fera quando a Williams acusou a Ferrari de ter ganho a corrida anterior no Japão com um carro irregular. "Eu os conheço faz muito tempo. Eles falam demais, mas ganhamos com o carro dentro do regulamento. Quem fala demais pode comer muita poeira e morrer asfixiado," filosofou o alemão. A única evidência para apoiar uma possível conspiração era que a Ferrari decidiu mudar a hora de partida do avião depois da corrida, de volta para a Itália, do domingo a noite para segunda-feira de manhã. Isto era para permitir a festa de celebração...

Villeneuve tinha mostrado sinais nos treinos que estava sobre pressão. Ele pegou um resfriado e no sábado pela manhã ficou furioso quando Eddie Irvine tinha o bloqueado pela pista, parecendo ser de forma intencional. Jacques foi até o box da Ferrari, chamando Eddie Irvine de algumas coisas desagradáveis e voltou ao box da Williams com vários fotógrafos em cima dele. "Este é a quarta vez que ele faz isso aqui em dois dias," Villeneuve reclamou. "É apenas um jogo psicológico estúpido que eles estão fazendo. Schumacher disse que ele não quer fazer qualquer coisa ruim ou que qualquer coisa ruim aconteça nesta corrida, assim eu espero que isso é o que acontece por ele - mas isto mostra como a Ferrari está preparada para ajudar Michael a ganhar este Campeonato." Com seu jeito desbocado de ser, Irvine não demorou a responder: "Estou louco para acabar com ele," se referindo a Villeneuve. Embora ele parecesse debaixo de pressão, Jacques disse que, de fato, ele teve menos pressão que em Suzuka. "Eu estou agora na posição de prejudicado e nós temos que lutar para se recuperar. Não há escolha de estratégia para nós, nós apenas temos que estar na frente. Isso é o modo mais fácil. Claro que se algo sai errado, Michael ganha."

A Classificação era um passo importante na decisão do título no domingo e quem ficasse com a pole teria uma vantagem não somente na pista, como também pscicológica. No começo da sessão, as emoções começaram com Jacques fixando um tempo quase um segundo mais rápido que Heinz-Harald Frentzen que era o mais rápido naquele momento. O tempo do canadense era de 1:21.072. Com 26 minutos de sessão, Michael Schumacher foi para a pista em uma tentativa para tirar o rival dele da ponta. Incrivelmente, o alemão marcou exatamente o mesmo tempo e ficou em segundo no grid em virtude de Villeneuve ter feito o tempo primeiro.

Com 10 minutos para acabar a sessão, Frentzen foi para a pista tendo conversado com Frank Williams antes da sessão de tentar ficar entre Villeneuve e Schumacher e fez a única coisa disponível: 1:21.072. Todos no autódromo ficaram abismados com tamanha coinscidência e pareciam não acreditar no que viam. Um empate triplo envolvendo os dois único rivais pelo título na última corrida do ano. "Se alguém me dissesse que isso iria acontecer antes da corrida, eu não acreditaria," falou Jock Clear, engenheiro de Villeneuve. Os que acreditavam na Teoria de Conspiração diziam que a FOCA e a TAG-Heuer tinham manipulado os resultados para que a disputa entre Villeneuve e Schumacher ficasse ainda mais empolgante, mas a Williams comparou a telemetria de Frentzen e Villeneuve, comprovando que os dois fizeram o mesmo tempo realmente. Esse era mais um ingrediente numa disputa de alta tensão entre Schumacher x Villeneuve, Williams x Ferrari e Itália x Inglaterra. Schumacher chegou a insinuar que Frentzen poderia tentar colocá-lo para fora para ajudar Villeneuve. "Espero que o meu velho amigo Frentzen me ajude amanhã," ironizou Schumacher sobre o seu velho rival alemão. O clima estava pegando fogo.

Grid:
1) Villeneuve(Williams) - 1:21.072
2) Schumacher(Ferrari) - 1:21.072
3) Frentzen(Williams) - 1:21.072
4) Hill(Arrows) - 1:21.130
5) Hakkinen(McLaren) - 1:21.369
6) Coulthard(McLaren) - 1:21.476
7) Irvine(Ferrari) - 1:21.610
8) Berger(Benetton) - 1:21.656
9) Panis(Prost) - 1:21.735
10) Alesi(Benetton) - 1:22.011

No warm-up pela manhã, Hakkinen foi mais rápido com Berger em segundo e Panis também muito rápido com o Prost. Villeneuv
e era o quinto mais rápido e Schumacher era o sétimo. Com Hill em terceiro e Panis voltando a andar bem, os bons pneus Bridgestone poderiam ser um fator interessante na corrida, já que a marca japonesa não tem ninguém na briga pelo campeonato e lutava apenas por sua primeira vitória na F1. Na instrução aos pilotos no briefing antes da corrida, o Presidente da FIA Max Mosley fez uma grande descrição sobre as penalidades que seriam infligidas a qualquer piloto que ousasse em influenciar no resultado do Campeonato Mundial. Durante os momento que antecederam a largada, Schumacher e Villeneuve estavam claramente tensos e não se olhavam em nenhum momento. No autódromo, o favorito para as pessoas que acompanhavam a decisão in loco era Schumacher, que usaria sua experiência contra Villeneuve, que largaria com 39 graus de febre.


Quando as luzes apagaram, parecia que Jacques Villeneuve manteria o primeiro lugar, mas ele certamente não foi rápido o bastante. Tristemente para ele, ele parecia muito lento e Michael Schumacher tirou vantagem disto para ficar em primeiro ainda antes da primeira curva. Quando o pelotão virou para a primeira curva, Heinz-Harald Frentzen também forçou e foi para segundo, mas havia uma pequena dúvida se isto fosse parte de um plano da Williams. Um pouco mais atrás, Damon Hill perdeu sua posição para ambos McLaren-Mercedes e terminou a primeiro volta em 6º. Era tudo que os jornalistas italiano temiam: Schumacher sendo perseguido por uma legião de fortes carros ingleses. Tudo podia acontecer.

Imediatamente Schumacher disparou, determinado a construir uma sólida liderança antes da primeira rodada de paradas e estava 2.2s à frente do Williams número 4 ao término da segunda volta. Villeneuve, por parte dele, estava menos de um segundo atrás do companheiro dele, mas as McLarens, lideradas por Mika Hakkinen, estava apenas 1.1s atrás e pronto para castigar qualquer deslize que o canadense poderia fazer na perseguição dele ao título. Para Schumacher, estava fácil ficar longe de Frentzen, mas logo o alemão da Williams entrou no ritmo e começou a andar mais rápido, seguido de perto por Villeneuve. A volta 3 viu Frentzen fixar a volta mais rápida da corrida, mas isto foi melhorado na volta 4 e novamente na volta 6 por Jacques Villeneuve. Até que esta última volta fosse feita, os pilotos da Williams tinham tirado 0.5s da liderança da Ferrari. Schumacher tinha provado que apesar de estar mais lento que os pilotos da Williams, ele não entregaria o título de uma forma tão fácil.

O plano da Williams estava claro: usar Frentzen como coelho na tentativa de desestabilizar Schumacher. A Ferrari tinha usado Irvine da mesma forma com sucesso no Japão, mas o irlandês estava apenas em sétimo em Jerez e Schumacher teria que lidar com o ataque duplo da Williams sozinho. Com Jacques Villeneuve se aproximando de Heinz-Harald Frentzen, a Williams decidiu dar uma ordem para Frentzen sair do caminho e deixar que os rivais na briga pelo Campeonato brigassem diretamente na pista. Ao contrário da manobra usada pela Ferrari em Suzuka, esta foi uma manobra desajeitada, com Villeneuve perdendo 1s passando o companheiro dele. Para piorar, quando os carros se estabilizaram em suas posições, era evidente que Frentzen tinha perdido quase 4s de diferença que ele tinha em cima dos pilotos da McLaren. O alemão fora instruído pela equipe Williams para reduzir o ritmo das McLarens de Hakkinen e Coulthard que estavam na espreita, enquanto Villeneuve se concentraria unicamente em ultrapassar Schumacher. A corrida em suas voltas iniciais parecia mais um jogo de xadrez.


Na volta 14 Villeneuve tinha reduzido a diferença para Schumacher para apenas 4.9s, mas ele tinha uma diferença de 4.6s em cima de Frentzen que ainda estava segurando as McLarens. Mesmo assim, nenhuma das Flechas de Prata pareciam estar aborrecidas em passar a Williams. Quase era como se eles não quisessem passar Frentzen... Lá na frente, Michael Schumacher e Jacques Villeneuve estavam fixando um ritmo devastador, trocando volta mais rápida em cima de volta mais rápida. Embora a diferença entre os aspirantes ao título fosse razoavelmente estática, eles ainda estavam aumentando a diferença entre eles e o resto.

Embora vários carros tivessem parado antes da volta 22, foi neste momento que a primeira das paradas importantes aconteceu. Michael Schumacher chegou e saiu dos boxes em 7.6s com a Ferrari dele. Damon Hill também parou, mas demorou mais 2s em relação a Ferrari e com isso Eddie Irvine estava colado nele. A volta 23 viu a parada de Villeneuve (7.5s) seguido uma volta depois por Eddie Irvine (7.4s). Nas voltas 25 e 26 David Coulthard e Mika Hakkinen pararam respectivamente, ambos voltand
o a pista em 7.6s. Michael Schumacher estava relativamente lento após sua parada e por causa disto, Jacques Villeneuve tinha tirado 4s da diferença para o piloto alemão, com a ajuda de Frentzen, que ainda não tinha parado e estava logo à frente de Schumacher numa ritmo claramente mais lento. O canadense chegou a colocar de lado na curva Dry Sack, mas desistiu da manobra. Quando Frentzen foi fazer seu pit-stop, parecia que iria haver uma batalha titânica, mas a batalha foi deteriorada por retardatários.


Onde Schumacher pôde passar por eles com relativa facilidade, Villeneuve parecia ter grande dificuldade e na volta 32 ele perdeu 3s apenas para passar um carro, o de Norberto Fontana, que tem motor Ferrari em seu Sauber... (Anos mais tarde, Fontana confirmou que tinha recebido instruções de Peter Sauber para que atrapalhasse Villeneuve se o encontrasse na pista. Ordens expressas da Ferrari.) Logo após esse episódio, a dupla Schumacher-Villeneuve encontrou os dois carros da Jordan que continuavam muito mal na corrida. Sem perder tempo, Jean Todt foi ao box da Jordan falar com Eddie Jordan para que ele mandasse seus pilotos saírem do caminho dos líderes.


Apesar de ter perdido tempo, Jacques Villeneuve nunca se rendeu e mostrou um espetáculo soberbo ao andar no limite, invariavelmente deslizando na curva final em uma tentativa de alcançar e passar o seu rival. Até mesmo com este enorme esforço, ele ainda pôde tirar apenas 0.1s por volta e começou a parecer que só mesmo um esforço volumoso da Williams nos boxes poderia lhe dar a liderança.A segunda rodada de paradas começou na volta 43, com Villeneuve precisando ganhar mais de 2.379s na parada para ficar em primeiro. Schumacher parou primeiro e precisou de 9.4s para a equipe fazer a parada, e foi seguido u
ma volta depois por Villeneuve (8.3s), Hakkinen e Irvine. Embora a Williams tivesse sido mais rápida 1.1s, Schumacher tinha ficado na frente. Para complicar ainda mais a vida de Villeneuve, Coulthard tinha se metido entre ele e Schumacher, fazendo com que o canadense perdesse tempo com relação a Schumacher.

Quando o escocês parou na volta 46, Villeneuve rapidamente se aproximou de Schumacher e na volta seguinte a diferença entre eles era de menos de 1s. Jacques Villeneuve estava agora percebendo que se Michael ficasse longe dele, significaria que este seria o fim do Campeonato. Na volta 47, Villeneuve estava menos de 0.5s atrás da Ferrari e se aproximando rapidamente. Na Curva Dry Sack ele viu uma brecha e saiu por detrás da Ferrari e pretendia obviamente a ultrapassagem. Apesar de terem ficado lado a lado por pouco tempo, parecia que Villeneuve estava claramente à frente quando os dois alcançaram a curva. O mundo inteiro prendeu a respiração.


Tristemente para o esporte e para a legião de fãs de Ferrari/Schumacher, o ex-Campeão Mundial não deu espaço, e ao invés disso, parecia bater deliberadamente no rival dele. Para sorte de Villeneuve, a roda dianteira direita da Ferrari só bateu no defletor à esquerda atrás das rodas dianteiras, causando um dano relativamente pequeno no carro da Williams. Para Michael as coisas não estavam tão boas e a Ferrari estava atolada na caixa de brita com o 
Campeonato aparentemente perdido.

"Eu estava mais rápido com pneus novos," Jacques explicou. "Eu sabia que eu tinha que fazer uma manobra. Era melhor tentar alguma coisa e acabar na grama do que ficar apenas esperando que alguma coisa acontecesse. Embora eu estivesse 10 metros atrás dele, eu tentei e freei tarde." Foi uma boa manobra e Schumacher ficou surpreso. "Quando ele olhou no espelho eu já estava ao lado dele," Villeneuve informou. "Eu sabia que estava assumindo um grande risco, mas eu fui surpreendido quando ele bateu em mim. Mas ele não fez isto bem o bastante, porque ele abandonou e eu não. Meu carro saltou no ar e eu pensei que algo devia estar quebrado. O carro estava muito estranho. A pancada foi muito forte. Não foi uma coisa pequena. Eu fiz duas voltas muito lentas para ver se a suspensão estava firme e então percebi que não estava ruim e eu comecei a forçar novamente. Eu sabia que Michael era capaz de fazer isso. Só me surpreendi ele ter feito isso no final, não no começo da corrida."


A afirmação feita por Michael imediatamente depois da corrida foi de que aquilo era apenas um acidente de corrida, nada mais, nada menos. A imprensa e o Mundo não concordaram com isso. O que deveria ter sido uma batalha épica com o ponto alto numa soberba manobra de ultrapassagem foi transformado em uma farsa pelo homem que tinha dito que temia o mesmo do rival dele em Suzuka. A imagem de Schumacher tirando o capacete e voltando sozinho para os boxes, enquanto Villeneuve completava mais uma volta era ao mesmo tempo irônico e justo. O mocinho tinha levado vantagem sobre o bandido.


Com Villeneuve mais de 12s na frente do 2º colocado David Coulthard e com 20 voltas para o fim, parecia que Villeneuve teria uma corrida relativamente fácil até o final. Porém, o piloto da Williams parecia reduzir a velocidade em alguns momentos e todos estavam com medo de que seu Williams estivesse mais danificado do que parecia e um abandono estivesse próximo. A coisa realmente estranha era que o ritmo dele variava mais de um segundo por volta e às vezes parecia a beira de abandonar, mas na volta seguinte estava andando no mesmo ritmo do resto dos corredores dianteiros. Lentamente mas seguramente a diferença caiu de 10s na volta 50 a 5s na volta 60.

Sem ponderar sobre o que estava acontecendo, parecia que Williams e McLaren tinha organizado um acordo mútuo onde Villeneuve entregaria a liderança a McLaren se ele estivesse com o título assegurado. Também, se a McLaren fosse ser dar uma vitória para um dos seus pilotos, faria todo sentido que a escolha fosse Mika Hakkinen, como uma recompensa pela má sorte que ele teve durante toda a temporada. Com 3 voltas para o fim, David Coulthard diminuiu na curva final e deixou o companheiro dele passar. (Soube-se depois que Coulthard não queria ceder a posição e teria inventado um problema no rádio para não dar a vitória para Hakkinen. Ron Dennis entrou no rádio do escocês e com toda sua simpatia passou a seguinte instrução para Coulthard: Se você não deixar Mika passar, você está despedido!)

Até mesmo com Mika forçando muito, parecia quase impossível ele alcançar Villeneuve, apesar do ritmo dele, mas na última volta, Villeneuve praticamente parou na chicane para deixar a McLaren passar. David Coulthard também passou por ele. "Quando eu forcei por algumas voltas, meus pneus começaram a superaquecer e assim eu tive que reduzir a velocidade. Todo mundo atrás de mim estava se aproximando e então eles estavam em meus espelhos e era uma pergunta se eu deveria arriscar os segurando ou os deixar passar. Eu decidi não brigar. Era melhor os deixar passar e ganhar o Campeonato Mundial. Foi uma troca boa.", falou Jacques sobre a última volta.


Gerhard Berger passou Eddie Irvine na confusão que se seguiu e tinha Jacques Villeneuve nas visões dele. Quando os carros encerraram a última curva parecia completamente possível que Villeneuve tinha se enganado e perdido a posição no pódio (embora não o Campeonato), mas ele conseguiu por pouco passar à frente de Berger e passou apenas 0.116s à frente. O paddock inteiro estava disponível para felicitar Mika Hakkinen e Jacques Villeneuve quando eles foram para o Parque Fechado. Desde a estréia dele pela Lotus em 1991, Mika Hakkinen esteve no pódio muitas vezes e parecia estar muito próximo da sua primeira vitória, m
as sempre abandonava quando estava na frente. Ainda que a Finlândia e os fãs dele pelo mundo estivessem muito felizes, ele parecia mais surpreso do que feliz. Durante a conferência de pós-corrida, disse Mika, "Isto foi incrível. Eu nunca pensei que eu pudesse ganhar esta corrida. Eu ainda não sei como eu fiz isto, mas fiz e é fantástico."

E assim terminou o Campeonato Mundial de 1997 com um gosto ligeiramente azedo na boca. Max Mosley disse que ele quis que a corrida fosse ser "uma competição formal e justa" e que faria tudo a seu alcance para que penalidades pudessem ser impostas a pilotos que ignorassem essa advertência. Schumacher escolheu ignorar isto... O Campeão Mundial de 1997 assim definiu o seu ano. "Foi um ano de altos e baixos, mas no fim nós fizemos um trabalho bem feito. Eu estou realmente contente com o time, por todo o mundo e, claro, pelo Canadá."

Chegada:
1) Hakkinen
2) Coulthard
3) Villeneuve
4) Berger
5) Irvine
6) Frentzen

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