terça-feira, 28 de julho de 2009

Enquanto isso, no domingo...


Esse final de semana foi pródigo em eventos no esporte a motor. Com a proximidade do verão europeu, muitas categorias aproveitaram este final de semana para fazerem suas últimas etapas antes do período de férias.

A MotoGP foi a Inglaterra com a expectativa de ver novamento o 'quarteto fantástico' dominar mais uma etapa, mas como em Donigton Park, e isso serve de aviso para a F1 em 2010, chove bastante, o que se viu foi uma série de erros dos pilotos que dominaram o campeonato até aqui. Rossi, Lorenzo, Stoner e Pedrosa deram o lugar para Andrea Doviziozo, obscuro companheiro de equipe de Pedrosa na Repsol Honda, que venceu com muitas dificuldades. A pista sem condições fixas de aderência transformou a escolha de pneus antes da largada num verdadeiro teste de adivinhação e foi nesse momento que o primeiro dos favoritos pareceram. Stoner arriscou pneus para tempo de chuva e como resultado, acabou na última posição, levando uma volta dos líderes. O início da prova foi empolgante, com Lorenzo, Rossi, Doviziozo e Toni Elias brigando pela ponta, mas aos poucos esses pilotos foram caindo (literalmente!) e o único que sobrou foi Doviziozo, mas com o aumento da chuva, os não menos surpreendentes Colin Edwards e Randy de Puniet encostaram no italiano no final da prova e corrida se tornou dramática, mas Dovi se segurou na ponta e conquistou sua primeira vitória na MotoGP, talvez segurando sua vaga na equipe oficial da Honda. Edwards conseguiu uma bela ultrapassagem sobre De Puniet na última curva e ficou com o segundo posto. Rossi ainda conseguiu voltar à pista após cair e terminou num bom quinto lugar, levando-se em conta as péssimas exibições de Lorenzo (caiu sozinho quando liderava), Pedrosa (irreconhecível na chuva) e Stoner.

Ainda houve as disputas do Mundial das 125cc, com vitória do líder do campeonato Julian Simon, e das 250cc, com a vitória do também ponteiro do certame, Hiroshi Aoyama. Já no Mundial de Superbike, a Aprilia conseguiu sua primeira vitória após a volta da sua equipe oficial com o fóssil Masssimiliano Biaggi, com o impressionante Ben Spies vencendo na segunda bateria.

No outro lado do Atlântico, a Indy fazia mais uma etapa num circuito de rua canadense, apesar da pista de Edmonton lembrar bastante o circuito improvisado de Cleveland, que era realizado numa pista secudária de aeroporto. E como acontecia nos bons tempos da Indy, a Penske dominou num circuito misto, apesar de que a equipe quisesse que outro piloto vencesse. Will Power foi trazido a equipe na expectativa da condenação de Helio Castroneves no início do ano, mas como o brasileiro foi inocentado, Power ficou praticamente parado. Para nãp deixa-lo totalmente na mão, a Penske prometeu lhe dar um terceiro carro, principalmente nos circuitos mistoos, especialidade do australiano. Power já havia andado bem em outras oportunidades, mas em Edmonton, o terceiro piloto da Penske não tomou conhecimento dos seus companheiros de equipe e encaçapou ambos, ficando com a pole e dominando toda a prova. Por sinal, sem muitas emoções. De forma rara, houve poucas bandeiras amarelas e isso fez com que as trocas de posição ocorressem nos boxes, mas com Power sempre à frente. A melhor ultrapassagen ocorreu já no fim da prova, quando Helinho ultrapassou Dixon, que conseguiu meter sua Ganassi no meio do domínio penskiano, de forma bela e agressiva, quando o brasileiro aproveitou um retardatário e ultrapassou a ambos. Um possível jogo de equipe foi por água abaixo quando Tomas Scheckter bateu no muro a duas voltas do fim e Power pôde comemorar. No entanto, a corrida não isenta de sustos e Tony Kanaan provou que sua fase é mesmo horrível, com o baiano tendo que sair correndo do seu carro em chamas.

E falando em Indy, a Nascar partiu para sua segunda corrida mais tradicional do ano, nas 400 Milhas de Indianápolis. Se sentindo a vontade numa pista em que já venceu, Juan Pablo Montoya dominou a prova por inteiro e tinha tudo para conquistar sua primeira vitória num oval na Nascar quando queimou um radar nos boxes durante um pit e acabou punido. Sua reação ao saber da punição foi, ao mesmo tempo, hilário e dramático. "Eu juro pelos meus filhos e pela minha mulher que não fui rápido nos boxes..." Quem não tem nada com isso foi os pilotos da equipe Hendrick, que dominam a temporada. O veteraníssimo Mark Martin era o eterno 2º colocado e quando assumiu a liderança, era favorito a vencer, mas uma bandeira amarela nas últimas voltas fez com que o atual tricampeão Jimme Johnson partisse para cima de Martin na última relargada e o piloto do carro de número 48 não tomou conhecimento do seu companheiro de equipe e venceu pela 3º no ano.

Foi um final de semana de muitas corridas, com nove etapas dos principais campeonatos do mundo sendo realizadas no mesmo dia, por isso, prato cheio para quem gosta!

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