Enquanto assistia, pelo celular e sem som, o final do treino de Classificação para a corrida na Espanha e vi o então pole Lewis Hamilton estacionando sua McLaren no meio da pista de Montmeló na volta de desaceleração, me lembrei na hora de uma cena parecia ocorrida em Montreal dois anos antes, quando o mesmo Hamilton ficou com a pole, mas tinha colocado tão pouco combustível, que havia ficado parado na pista e a FIA resolveu que isso estava proibido. Na hora pensei na punição a Hamilton. Dito e feito.
O inglês da McLaren teve seu tempo cassado e largará em último, proporcionando uma das poles mais surpreendentes dos últimos tempos, ainda mais em condições normais e numa pista como a de Barcelona, conhecida por favorecer os melhores carros da temporada. Pastor Maldonado vinha tenho um final de semana discreto até então, mas o venezuelano se sobressaiu na Classificação, ficando com o melhor tempo no Q2 e sendo o mais rápido até a espetacular volta de Hamilton, mais de 0.5s mais rápido do que o piloto da Williams. Com a punição de Hamilton, não apenas Maldonado consegue sua primeira pole na F1, como também um venezuelano conseguiu esse feito pela primeira vez e corrobora que a Williams tem mesmo um ótimo carro para este ano. Fernando Alonso ficar com o segundo lugar não seria surpreendente, se não fosse a fase atual da Ferrari, mas o asturiano provou mais de uma vez que em sua casa, ele tira algo mais, como fez em 2008 com a claudicante Renault. Falando em Renault, sua sucessora, a Lotus, ficou com as duas posições seguintes, fazendo com que as duas equipes bicho-papão, McLaren e Red Bull, ficassem para trás. Button e Webber ficaram pelo Q2, enquanto Vettel nem completou volta no Q3, preferindo ficar preservar jogos de pneus novos para amanhã. Ao contrário dos seus companheiros de equipe, os brasileiros tiveram um dia para esquecer. Enquanto Maldonado conseguia um resultado histórico, Bruno Senna rodava bisonhamente enquanto tentava classificar seu carro, reconhecidamente excelente, rumo ao Q2 e não conseguindo seu objetivo. As câmeras procurando Valteri Bottas, finlandês terceiro piloto da Williams, já deu o sinal que Senna necessita urgentemente repetir suas atuações na China e na Malásia. Já Felipe Massa passou ao Q2, mas foi o último colocado, ficando muito atrás de Alonso.
Nunca nos últimos tempos uma largada será dada com tamanha indefinição para saber quem será seu vencedor. Quem larga na frente normalmente tem a preferência para ser considerado o favorito, mas eleger Maldonado não é uma escolha lógica para seu passado cheio de incidentes. Mesmo a Ferrari dando um passo a frente, Alonso sabe que não teria chances de brigar, enquanto a Lotus, considerado carro mais consistente do ano, poderia surpreender com seus dois carros na segunda fila. Mas nem Raikkonen, tampouco Grosjean deram pinta de vencedores até agora. Amanhã pode até não ser uma corrida emocionante, mas tende a ser surpreendente!
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