domingo, 17 de janeiro de 2016

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Neste sábado, a primeira grande competição de 2016 do esporte a motor terminou em Rosário, com o fim do Rally Dakar. Que não passou em Dacar, mas aí é outra história...

Com o 'El Niño' atacando com força Peru e Chile, o Rally foi um tour pela Argentina, com uma rápida passagem pela Bolívia. Com a saída das dunas do deserto do Atacama no Chile, o Rally Dakar ficou ainda mais descaracterizado em comparação ao original na África, mas ainda atrai grandes marcas, como Peugeot, Mini, KTM, Honda e Yamaha.

A categoria motos produziu o único campeão inédito. O australiano Toby Price se tornou o primeiro oceânico a vencer o Dakar com um pilotagem segura e com certa folga. Piloto oficial da KTM, Price deu continuidade ao incrível domínio da marca austríaca, que completou quinze triunfos consecutivos. A Peugeot montou um Dream Team para a edição desse ano, com uma equipe só de lendas do off-road, mas havia uma expectativa se os novos Peugeots iriam aguentar a maratona que é o Dakar. Pois os franceses não apenas aguentaram, como dominaram o Rally, com a vitória ficando nas competentes mãos de Stephane Peterhansel, doze títulos no Dakar, sendo agora metade a metade com carros e motos. Carlos Sainz e Sebastien Loeb, antigos companheiros de equipe no WRC, flertaram com a vitória, mas tiveram problemas em seus Peugeot e no final, Peterhansel ganhou com certa folga do atual campeão Nasser Al-Attiyah, da Mini. Porém, a decisão ficará para os tribunais, pois a Mini acusa a Peugeot de reabastecer o carro de Peterhansel em um lugar proibido.

Nos caminhões, vitória de Gerard de Rooy, a segunda do holandês. E nos quadriciclos, tricampeonato para Marcos Patronelli, que derrotou o seu irmão Alejandro. 

Das quatro categorias, apenas Price estreou no alto do pódio. Peterhansel falou em aposentadoria com seu 12º triunfo, mas a Peugeot está longe de estar desamparada, pois ainda tem Sainz, Loeb (num excelente primeiro Dakar) e Cyril Depres. Os irmãos Patronelli dominam há anos nos quadri e o pessoal dos caminhões correm até, no mínimo, uns 60 anos. Portanto, De Rooy ainda brigará por muitos anos com os russos da Kamaz. 

Resta a esperança de que um dia o Rally Dakar faça valer o nome e passe pela capital do Senegal. 

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