Praticamente todos os posteres em Monte Carlo tinha uma foto de Charles Leclerc. O jovem piloto da Ferrari era a grande estrela do final de semana monegasco e na curva um do glamoroso circuito de rua de Monte Carlo, o pequeno Charles pegava o ônibus para ir à escola. E eu que pensava que nem existia ônibus em Mônaco, mas Leclerc provou que existe e ele era a grande esperança do pequeno principado em ver um conterrâneo seu vencer pelas apertadas ruas depois de mais de oitenta anos. Mesmo com a Mercedes dominando a F1 esse ano, havia esperança que Leclerc fizesse um bom papel em casa. Bastava a Ferrari fazer um bom trabalho. Esse foi o grande problema de Charles Leclerc. Sua equipe novamente o deixou na mão de forma vexatória. Durante o Q1, a Ferrari esteve longe de brilhar a ponto de Sebastian Vettel estar de fora dos quinze pilotos mais rápidos rumo ao Q2. O alemão, que havia batido no TL3, saiu nos momentos finais do Q1 para garantir seu tempo. Vettel tanto não teve trabalho como marcou o melhor tempo da sessão. Leclerc não estava muito longe de Vettel, mas a Ferrari julgou que o monegasco tinha feito o suficiente para ir ao Q2, mas esqueceu de combinar com os rivais. Vários pilotos além de Vettel melhoraram seu tempo nos momentos agonizantes do Q1 e enquanto Leclerc assistia embasbacado seu nome cair pela tabela de tempos até sair da zona de classificação, sem poder fazer nada. A bizarra desclassificação de Leclerc do Q1 estragou a corrida do monegasco, que corria em casa e teve que largar no pelotão intermediário, onde fez boas ultrapassagens, mas arriscando muito, Leclerc acabou tendo um pneu furado e teve que abandonar. Esse erro primário da Ferrari é mais uma amostra da enorme diferença de gestão entre os italianos e a Mercedes. Enquanto os alemães tem todas as respostas para qualquer risco, a Ferrari vai se atrapalhando e enterrando o seu campeonato, além de levar seus pilotos à beira da loucura, como demonstrou Leclerc.
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