Essa sexta-feira é tecnicamente meu último dia das férias em 2019. Um período de trinta dias que entraram para a minha história. Não pela nona cirurgia da 'carreira' ou por ter se envolvido num acidente de trânsito pela primeira vez.
Desde 2007 mantenho esse blog como se fosse um hobby sério. Em termos financeiros, não ganho absolutamente nada para escrever aqui, mas o contato com várias pessoas que tem o gosto pelo esporte a motor igual ao meu já vale a pena estar aqui. O blog foi criado inspirado nas minhas contribuições no GPTotal, melhor e maior site de história do automobilismo, criado em 2001. Me recordo que sempre que terminava uma corrida de F1, corria para o computador escrever alguma coisa no fórum do site. Três anos e meio atrás fui convidado pelo Lucas Giavoni para ser colunista do site. Quanta honra!
Por causa desse convite, passei a conviver com pessoas que nem conhecia pessoalmente, mas que me sentia bem em estar próximo delas, mesmo que pelo Whatts. Edu, Lucas, Salu, Flaviz, Chiesa, Rafael, Marcio, Mauro, Marcel, Paulo, Agresti, Marcelo, Cássio, Cleiton, Vinicius...
Todos os dias trocamos algumas palavras, discutimos de forma amigável, mandamos fotos e nos divertimos bastante em dia de Grande Prêmio. No começo do ano o Marcio Madeira sugeriu que nós fizéssemos uma homenagem ao Emerson Fittipaldi por duas datas especialíssimas em 2019: 30 anos da vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis e 50 anos do início da carreira internacional do nosso mito. As conversas via Whatts foram evoluindo e decidimos que haveria um encontro e faríamos uma homenagem ao Emerson in-loco. Da nossa turma, a viagem mais longa seria a minha, mas me comprometi em estar presente nesse encontro. Em meados de março, Márcio conseguiu uma janela da agitada agenda de Emerson Fittipaldi para o final de abril. Imediatamente marquei minhas férias para essa época do ano, inclusive postergando minha cirurgia.
Seria uma emoção dupla. Claro, nem precisa dizer que conhecer uma lenda viva é algo único em nossa vida. Porém, conhecer a turma do GPTotal seria tão emocionante quanto. Foi minha primeira vez em São Paulo e junto com minha namorada, fui ao encontro da turma em frente ao escritório do Emerson Fittipaldi. Logo de cara, conheci pessoalmente o Márcio, Salu e o Cleiton. Ao adentrar o escritório, lá estava Alex Dias Ribeiro. Não vou mentir que nessa hora tremi! Veria um piloto de F1 pessoalmente pela primeira vez na vida! Também encontrei o Chiesa e o Marcelo, mas encontrar o Lucas, que me convidou para estar no meio dessa turma, seria especial. Assim que o Lucas chegou com a homenagem ao Emerson, o abracei!
Ainda faltava chegar o homenageado. Emerson Fittipaldi. Bicampeão mundial de F1, duas vezes vencedor em Indianápolis. Lenda. E seríamos recebidos por ele em seu escritório. Evitava falar para muita gente que iria me encontrar com ele, pois como toda estrela, ele poderia desmarcar o encontro, mas o grande dia havia chegado. Conversamos por meia hora até a chegada do Emerson. Fiquei um pouco paralisado. O cara que eu só via pela TV e que meu pai contava histórias estava ali presente. Emerson misturou passado e presente em uma uma hora e meia de muitas histórias. Algumas eu já sabia, outros ele nos contou ali, numa conversa bem informal. Numa dessas coincidências, ele falou em Niki Lauda, menos de um mês antes de sua morte.
Após as fotos e ter a minha camisa do Ceará devidamente autografada, ideia da minha namorada, o encontro não tinha terminado ainda. Um almoço nos esperava na casa do Mario Salustiano. Porém, Alex Dias Ribeiro aceitou o nosso convite e por três horas nos contou deliciosas histórias de sua carreira e do Patinho Feio. Infelizmente, Alex teve que se retirar. Ficamos eu, Salu, Lucas, Marcelo, Cleiton e Marcio conversando sobre outros assunto fora automobilismo. Como se fôssemos amigos por correspondência, estávamos nos conhecendo ali, contando passagens de nossas vidas. Chiesa já havia saído, Marcelo e Cleiton teriam que viajar de volta às suas cidades. Edu iria aparecer a qualquer momento, mas eu tinha um compromisso e não pude esperar.
Assim que sentei no Uber, disse à Diana que a viagem já tinha valido à pena. Na verdade, essas férias entraram para a minha história. Mas não apenas a viagem tinha valido à pena. Valeu à pena as leituras na Internet, as horas perdidas procurando informações e as saídas canceladas para assistir uma corrida. Valeu à pena ter começado esse blog e ter a oportunidade de ter contato com tantas pessoas especiais, que me proporcionaram um momento único na minha vida. Ainda falta conhecer pessoalmente alguns colunistas do GPTotal (Edu, Marcel, Flaviz, Mauro), mas esse encontro abriu a porta para outros oportunidades e termos uma reunião como a que tivemos no final de abril com Emerson Fittipaldi, que entrou na história de cada uma que lá esteve.
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