Após superar por menos de um décimo Valtteri Bottas no final da classificação no sábado, bastava a Lewis Hamilton largar bem no domingo para dar um passo enorme rumo à vitória no principado de Mônaco. O script foi seguido à risca no apagar das cinco luzes vermelhas. Hamilton largou bem e ao manter a ponta na frente do seu companheiro de equipe, parecia que partiria para um passeio no parque, passando pelo Cassino e o Hotel Paris. Contudo, a magia das corridas é que intempéries acontecem e são nesses momentos que um grande piloto se sobressai. Um safety-car no começo da corrida instigou às equipes a trazerem seus pilotos aos boxes, mas a Mercedes resolveu colocar os pneus médios no carro de Hamilton, enquanto Red Bull e Ferrari montaram pneus duros nos seus carros. Ainda faltavam mais de sessenta voltas e era claro que os rivais de Hamilton não parariam mais. E se Lewis parasse, a vitória estava perdida. Mesmo contrariado com a escolha errônea de sua equipe, Hamilton se reinventou durante a corrida. Ao invés de imprimir um ritmo forte para sobrepujar seus adversários, o inglês da Mercedes diminuiu drasticamente seu ritmo para levar seus pneus até o fim. Mesmo que eles estivessem em frangalhos, o que foi o caso no final da prova. Mostrando uma grande concentração, Hamilton manteve Verstappen a maior parte do tempo sob controle e soube rechaçar o único ataque do holandês no finalzinho da corrida. Hamilton escolhia os locais onde acelerava, para não poder dar chances à Max, enquanto diminuía claramente para poder poupar seus pneus e sabendo que não seria atacado. Hamilton fez isso por várias voltas até receber a bandeirada em primeiro, conseguindo a sua terceira vitória no principado. Com certeza, a mais impressionante de Lewis Hamilton em Mônaco.
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