Contrariando todas as projeções, Mikko Hirvonen, à bordo do seu Ford Focus, foi o vencedor da terceira etapa do Campeonato Mundial de Rally, o WRC, na primeira vez em que a categoria visitou a gélida Noruega, terra dos irmãos Solberg. A surpresa foi ainda maior pelo fato de que o finlandês Marcus Grönholm, primeiro piloto da Ford, foi o segundo colocado, logo atrás do seu compatriota. O jogo de equipe no WRC é muito mais escancarado do que na F1 e numa disputa tão encardida como entre Gronhölm e Loeb, a Ford pode ter perdido uma oportunidade única de derrotar Loeb e a Citröen no Mundial de Pilotos. Em um rally totalmente novo e num piso que não está muito à vontade (apesar de ser o único não escandinavo a vencer um rally na neve) Loeb foi a antítese dele mesmo. Errando aos montes, o francês foi apenas décimo-quarto e isso proporcionou a primeira trinca da história de 28 anos da Ford no WRC. O degrau mais baixo ficou com Henning Solberg, derrotando seu irmão mais novo, Petter, no último dia de Rally. Ao contrário da F1, na disputa em família, o mais novo é melhor que o mais velho, mas assim como acontecia nas batalhas entre Michael e Ralf, o mais fraco também vencia.
Agora, a Ford tem um pequeno problema a resolver. Com a vitória Hirvonen está na vice-liderança do Mundial, apenas quatro pontos atrás de Gronholm (24x20) com Loeb logo atrás. A partir de agora, será muito difícil dizer para Hirvonen que ele é o segundo piloto da equipe e se os dois pilotos da Ford começarem a dividir os pontos entre si, Loeb estará na cola pronto para se aproveitar dessa briga interna. Contudo, Loeb não deverá repetir a atuação desse último final de semana. Quanto a Gronhölm, sua cara no pódio diz muitas coisas...
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