Muitas vezes reclamos de Bernie Ecclestone, FIA e os organizadores de corridas da F1 por algumas de suas atitudes soberbas e movidas somente pelo dinheiro, mas o que foi visto em New Hampshire mostrou o quanto a Indy está muitos degraus atrás da F1 com relação a organização das corridas.
Primeiramente, o diretor de corrida Brian Branhart simplesmente antecipou em meia hora a largada da prova por causa da perspectiva de chuva iminente. Para quem se preparou (como eu...) para assistir a largada às 17 horas, sentamos na frente da TV com uma corrida já iniciada com mais de 50 voltas e duas bandeiras amarelas já tinham acontecido. E o público que foi ao circuito de Loundon? Eles sabiam que a corrida fora antecipada em meia hora?
Pelas arquibancadas vazias, isso não foi um problema muito sério, mas a chuva seria a protagonista da presepada seguinte. Uma bandeira amarela já tinha aparecido no meio da corrida por uma neblina, mas quando as gotas de chuva retornaram quando faltavam apenas quinze voltas no oval de uma milha, estava na cara que era para ficar. Independentemente de quem estava na liderança naquele momento, a corrida tinha que ser mantida em bandeira amarela e por mais que o fim nessas condições não sejam as ideais, era o lógico a acontecer até o final. Ou então que a bandeira vermelha aparecesse. Em oval, é básico que não aconteça corrida em pista molhada ou úmida. Mas em nome do espétaculo e contra a opinião de todos os pilotos, que sentiam seus carros escorregarem para todo o lado, e os chefes de equipe a bandeira verde foi dada e o resultado não poderia ser outro: um múltiplo acidente após uma rodada de Danica Patrick no meio do pelotão, claramente com a americana sem nenhuma aderência na pista úmida.
Foi o caos. Finalmente a bandeira vermelha apareceu, mas cinco carros estavam batidos e Will Power, que fora ajudado em termos de campeonato pelo bizarro abandono de Dario Franchitti, se desesperando e fazendo gestos obcenos contra Branhart. No fim, a corrida foi terminada e Ryan Hunter-Reay venceu e Power, pela regra de se computar a volta anterior em casos de interrupção, acabou não sendo prejudicado, mas o piloto da Penske, que relargava em quinto, não estava preocupado com o campeonato. Mas com a sua segurança e a dos outros pilotos. Definitivamente, isso não aconteceria na F1.
O legal é que nos pódiuns da categoria sempre está escrito: "Real drivers, real races..."
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