Se alguém levantar a mão e dizer que apostava num bom retorno de Kimi Raikkonen à F1 após dois anos e ter saído da categoria por pura encheção de saco, o finlandês não tinha um bom exemplo com a volta de Michael Schumacher à F1 e sua demorada adaptação aos novos carros e situações. Porém, Raikkonen teve dois diferenciais frente aos heptacampeão. Schumacher estreou com um carro mais ou menos em 2010, enquanto a Lotus/2012 parece ser um carro bastante competitivo. Outro detalhe foi que Schumacher passou três anos, com o perdão da palavra, coçando, com uma corridinha ou outra de moto, enquanto Kimi disputava o emocionante e difícil Mundial de Rally. Feito essas considerações, Kimi Raikkonen fez uma corrida corridassa neste domingo. Largando em 11º, atrás até mesmo do seu companheiro de equipe, o minimizado Romain Grosjean, Raikkonen largou bem, travou uma bela disputa com um revigorado Felipe Massa e partiu para cima de Red Bulls e McLarens, carros teoricamente melhores do que seu. Largando algumas posições atrás de Grosjean, o finlandês não tomou conhecimento do companheiro de equipe e partiu em perseguição ao seu amigo Sebastian Vettel. Amigos, amigos, negócios à parte. Raikkonen se aproximou de Vettel e algumas vezes abriu a asa traseira, mostrando suas intenções, principalmente quando colocou seu Lotus ao lado da Red Bull do atual bicampeão do mundo. Como o próprio Kimi falou após a prova, aquela foi sua única chance. Quando colocou seu quarto jogo de pneus, Raikkonen não conseguiu mais emparelhas o desempenho do alemão. Porém, o recado de Kimi Raikkonen não foi dado na pista, mas nas suas mínimas declarações. Ao contrário do que poderia supor, quando o time que ano passado era chamado Renault (e já foi Benetton, Toleman...) conseguiu seu primeiro pódio em mais de um ano, Raikkonen não ficou satisfeito com o segundo lugar. Ele queria a vitória. Kimi is back!
Nenhum comentário:
Postar um comentário