Muito provavelmente os dirigentes da Pirelli raciocinavam o seguinte em meados de 2010, quando decidiu-se que a fábrica italiana ingressaria na F1 no ano seguinte: vamos mostrar ao mundo a nossa tecnologia e em um palco global como a F1, iremos fazer uma publicidade enorme com o misto de durabilidade e competitividade. Três anos depois, esses mesmos dirigentes italianos devem estar se perguntando se está valendo a pena expor a tradicional marca Pirelli em tamanhos descalabros, com o vexame em Silverstone sendo o ponto mais baixo de seguidos problemas da marca italiana com equipes, pilotos, dirigentes, jornalistas especializados e fãs em todo o mundo. Se antes a durabilidade era o principal foco de críticas a borracha italiana, no tradicional palco inglês a Pirelli correu um sério risco de ser responsabilizada por um acidente grave ou, Deus nos livre, até mesmo de uma morte. Os vários pneus dechapados ao longo da corrida em Silverstone quase causa um momento bizarro, parecido com o que houve em Indianápolis/2005: a suspensão da corrida devido aos estouros dos pneus de Hamilton, Massa e Vergne. A situação de equipes e pilotos foi tão tensa, que os engenheiros clamavam que os pilotos fossem 'conservadores' em determinados locais da pista, enquanto tentavam calibrar os pneus de forma aleatória para que não houvessem mais estouros em qualquer lugar da pista, não importa o carro ou até mesmo se o pneus era médio ou duro. Este domingo foi um exemplo extremo de quanto os pneus da Pirelli estão estragando a temporada de 2013 e como Felipe Massa falou após a prova, só não houve algo de mais grave ontem pelas 'mãos de Deus'.
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