domingo, 7 de julho de 2013

Reviravolta

Com dois terços da corrida de retorno de Pocono à F-Indy completada, a vitória tinha nome e sobrenome: Marco Andretti. Muito mais rápido desde os treinos de reconhecimento na quinta-feira, o representante da equipe Andretti fez uma pole dominadora e da mesma forma dominava a corrida a seu bel prazer. Quando por estratégia perdia a ponta da corrida, rapidamente a retomava. Era um passeio de Marco, da equipe Andretti e dos motores Chevrolet. Então veio a última rodada de paradas e tudo mudou. 

Primeiro, Marco diminuiu o ritmo para poder parar ainda dentro da janela em que não seria necessário mais nenhuma parada adicional nas últimas voltas. Com isso, quem assumiu a ponta foi Scott Dixon da Chip Ganassi, equipe que vem fazendo um 2013 esquecível e com os motores Honda tendo seríssimos problemas de desempenho, principalmente em circuitos ovais. Quando todos os pilotos fizeram suas paradas finais, a surpresa. Os quatro primeiros colocados usavam motores Honda e os três primeiros eram empregados de Chip Ganassi, com Dixon à frente, seguido por Charlie Kimball e (bom resultado à parte) o decadente Dario Franchitti, com o francês Simon Pagenaud completando o quarteto da Honda. Antes conhecido pela sua pouca habilidade em ovais, Will Power era o melhor Chevrolet, enquanto o dominante Marco Andretti vinha logo atrás do piloto da Penske, porém, o piloto da Andretti foi perdendo rendimento enquanto precisava, aparentemente, economizar combustível e caiu para décimo, num dia em que a Andretti, que dominou a primeira fila, com três carros, mas teve três abandonos e Marco fazendo as 'honras' da casa.

Dixon venceu num momento difícil da Ganassi, onde a equipe não se encontrou ainda e os motores vem se mostrando inferiores aos Chevrolet, mesmo que claramente também mais econômicos. Com Franchitti sem mostrar a força de antes e Kimball ainda muito inexperiente e irregular, Dixon tomou as rédeas da equipe e mesmo com todos os problemas, ainda aparece em quarto no campeonato, que caminha para as mãos de Helio Castroneves. O piloto nem foi o melhor piloto da Penske num território onde normalmente fica à frente de Power, mas Helio viu seus adversários, um a um, eliminados na prova. Hinchcliffe bateu ainda na primeira volta, enquanto Ryan Hunter-Reay, vice-líder e em ascensão, foi vítima de um dos maiores desatinos dos últimos tempos quando foi atropelado por Takuma Sato, outro postulante ao título, quando ambos se aproximavam da entrada dos pits. Pelo jeito aguerrido de pilotar, se tornou moda aqui no Brasil chamar os japoneses de mitos ou algo assim. Contudo, mesmo com toda a velocidade e evolução, os pilotos nipônicos se mostram ainda muito inconfiáveis e capazes de momentos bestiais ou... bestas!

Mesmo com a vitória de Dixon, agora em quarto no campeonato, Helio Castroneves não deve reclamar de sua situação atual no campeonato, pois agora teve sua vantagem no campeonato aumentada e contando com a sorte (que sempre caracterizou sua carreira) como aliada. Uma sorte de campeão.

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