Após três semanas de folga, a expectativa era sobre como estaria a relação de força dentro da F1, principalmente se recordarmos que a Red Bull deu um grande salto após esse mesmo período ano passado e Vettel disparou para um recorde de nove vitórias seguidas. Lógico que não era esperado uma espetacular recuperação dos austríacos, mas que ao menos eles se aproximassem da Mercedes, ainda mais com um treino com pista definitivamente molhada. Porém, a diferença de 2.1s entre a Mercedes e o Red Bull de Vettel mostrou que o status quo da F1 permanece intacto.
Spa sem chuva é igual a todas as estrofes da musiquinha do Claudinho e Bochecha, portanto, o piso molhado visto hoje foi a coisa mais comum da história gloriosa do Grande Prêmio da Bélgica e logo no Q1 houve a surpresa da eliminação de Nico Hulkenberg, piloto reconhecidamente bom no molhado, mas sem confiança em seus freios e por isso, ficando de fora, enquanto Jules Bianchi mostra o porquê ser um piloto de ponta em potencial, ao levar sua confusa Marussia para o Q2. Nessa parte do treino, apesar de um ou outro susto, as cinco melhores equipes da atual F1 colocaram seus dez pilotos no Q3, mesmo com os esforços da Toro Rosso, principalmente com Jean-Eric Vergne tendo que mostrar serviço para ficar na F1 em 2015.
Em todas as sessões até ali, a Mercedes era muito mais rápida que as demais, mas um tímido sol na área dos boxes poderia misturar a situação, com alguém fazendo a aposta arriscada de colocar os pneus slicks, mas a pista se manteve muito molhada e a Mercedes continuou seu domínio. Ao contrário do que poderíamos supor, o maior talento de Hamilton não foi capaz de superar a ótima fase de Nico Rosberg, com o alemão conseguindo uma boa diferença sobre o inglês, que errou bastante na Surcis, mas ainda conseguiu seu lugar na primeira fila com extrema folga sobre Vettel, o melhor do resto. Mesmo tomando 2s da Mercedes, a cúpula da Red Bull comemorou, pois sabem que esse é o máximo do máximo que poderia fazer, ainda mais com a Ferrari de Alonso sempre muito bem nesse final de semana, mas o espanhol terá que se contentar com o quarto posto, separando os dois Red Bulls, enquanto Raikkonen ficou em sexto. Williams e McLaren vieram a seguir, com Massa tomando mais de 1s de Bottas, o que não é nenhuma surpresa, vide a má performance histórica do brasileiro em piso molhado.
Para amanhã, a previsão é de tempo seco e céu azul, o que requer um acerto completamente diferente de hoje. Lembrando como foi o treino de sexta-feira, a corrida será um negócio particular a ser decidido dentro da Mercedes, que nos últimos dias divulgou comunicados contraditórios dos seus pilotos, falando de uma reunião (ou não) após o polêmico GP da Hungria. Resumindo, Hamilton e Rosberg não falam a mesma língua e novamente brigarão pela vitória neste domingo. A não ser que Spa e seu clima imprevisível nos pregue uma peça novamente.
Água não é para as Williams, infelizmente.
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