Não apenas o carro, mas o motor Mercedes passeou em Monza, pista onde a potência conta mais, claro que com a equipe de fábrica dominando com seus dois beligerantes pilotos. A Mercedes colocou seis carros nas seis primeiras posições na classificação de hoje, com o primeiro motor não-Mercedes (Alonso da Ferrari) ficando 1.3s atrás. Porém, o que mais chama atenção nesse ano é a disputa particular e complexa entre Hamilton e Rosberg, com o inglês levando a melhor com certa vantagem hoje.
Os dois pilotos da Mercedes aglutinaram todas as atenções de hoje. Não entendo o mi-mi-mi de várias pessoas em comparar o atual estágio de rivalidade entre Rosberg-Hamilton com a histórica rivalidade Senna-Prost em 1989. Em ambos os casos, o nível de disputa está altíssimo, a tensão é enorme e os dois pilotos da Mercedes não esperaram a penúltima prova do ano para baterem um no outro. Portanto, não vejo nenhum mal nessa comparação, nem maior, nem menor do que há 25 anos atrás. A forma como Nico Rosberg tentou buscar o excelente tempo de Lewis Hamilton no Q3 mostrou bem o quão forte está a disputa entre os dois 'companheiros' de equipe da Mercedes. Para tirar mais de quatro décimos do Lewis, Nico teria que se reinventar, se arriscar o que nenhum piloto de F1 gosta e sua vontade de derrotar Hamilton foi tão forte, que Rosberg forçou muito em sua última tentativa, ainda tirando dois décimos do inglês, mas não impedindo a 36º pole de Hamilton, que pelo menos psicologicamente saiu na frente de Rosberg hoje, sendo que Nico teve problemas no terceiro treino livre, algo não muito comum na temporada do alemão. A Williams mostrou o que todos esperavam e ocupou a segunda fila, novamente com Bottas à frente de Massa, com a McLaren crescendo a ponto de tomar de assalto a terceira fila, com Magnussen superando o ameaçado Button por milésimos. Mesmo correndo em casa, a deficiência do motor Ferrari não foi capaz de Alonso fazer melhor do que o sétimo lugar, enquanto Raikkonen voltava a decepcionar ao ficar no Q2, enquanto a Red Bull ficou logo atrás de Alonso, com Vettel superando Ricciardo, o que chega a ser novidade em 2014. Provando a falta de potência da Renault, a Lotus fez uma classificação deprimente, com seus dois pilotos ficando no Q3 sem poder brigar por algo melhor...
Com toda essa tensão na Mercedes, inclusive com ameaça de dispensa de pilotos se eles não se comportarem nas sete corridas restantes do campeonato, a corrida inteira será tensa, ainda mais na apertada primeira curva de Monza, lugar de famosas carambolas. Na segunda fila, Felipe Massa é conhecido por ser um bom largador, mas a forma como Hamilton e Rosberg disputarão a primeira freada da corrida é que definirá como será o resto das 54 voltas da corrida. Imperdível!
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