Durante a premiação do Oscar, algumas atrizes que foram à grandiosa festa de Hollywood protestaram contra um machismo velado por parte da imprensa especializada, que prefere muito mais prestar atenção nos vestidos que elas desfilam pelo carpete vermelho, do que valorizar seus talentos, além de uma pequena reivindicação referentes à salários, segundo elas, abaixo de atores tão famosos como as principais atrizes de Hollywood.
Já no automobilismo, ocorre ao contrário. Se em Hollywood e em outras profissões, o fato de ser mulher muitas vezes faz a chegada rumo ao sucesso mais difícil, percebe-se cada vez mais que nas corridas, não importando muito a categoria, ser mulher pode ser uma grande vantagem na hora de conseguir um bom lugar numa equipe de F1, Indy, DTM ou Nascar, não importando muito se é, ou não, um bom piloto. O mais recente caso é da espanhola Carmen Jordá. A bela piloto de 26 anos acaba de ser contratada pela Lotus como piloto de desenvolvimento da equipe de F1. Contudo, observando o cartel de Jordá, percebe-se que a loira tem um currículo pífio, para dizer o mínimo, dentro do automobilismo mundial. Em dez temporadas no automobilismo, tudo o que Jordá conseguiu foram cinco pódios na categoria 'B' da gloriosa F3 Espanhola. Zero vitórias. Zero poles. Zero melhores voltas. Claramente a contratação de Jordá pela Lotus tem muito mais a ver com o fato da espanhola ser mulher (além de muito bonita) e assim chamar a atenção para a equipe de F1, em constante dificuldades financeiras.
E não é apenas na F1. Danica Patrick é o exemplo supremo disso. A baixinha invocada, que quase brigou semana passada com Denny Hamlin (com razão, diga-se), sempre andou nas melhores equipes dos Estados Unidos, seja na Indy, seja na Nascar. E sequer esteve levemente perto de brigar pelo título. A vitória que ela conseguiu na Indy, para quem não se lembra, foi basicamente pela estratégia de combustível, que fez Danica parar na hora certa. Mérito dela. Mas não foi devido à velocidade pura e na ocasião, Patrick corria pela Andretti, uma das grandes equipes da Indy do momento e invariavelmente ela era a pior colocada do time no campeonato. Algo que se repete na Nascar, onde Danica viu seu companheiro de equipe Kevin Harvick ser campeão em 2014, enquanto ela amargou a 27º posição no campeonato. Agora, pergunte quem é o piloto mais popular da Stewart-Hass e quem tem um dos maiores salários da Nascar? Danica Patrick. Aqui no Brasil houve Bia Figueiredo, que foi bem até a F-Renault, onde conquistou até mesmo vitórias, mas partiu rumo aos Estados Unidos e numa forçada de barra monumental, conseguiu andar na Indy, sendo constantemente bem mais lenta que seus companheiros de equipe. Isso sem contar em Milka Duno...
Antes que alguém me chame de machista, Simona de Silvestro, talvez por ela não ser tão bonita, não tem o mesmo destaque das anteriores, mas tem talento e nos seus anos na Indy, mesmo em carros ruins, mostrou mais serviço do que a Danica, por exemplo. Porém, o que me incomoda são pilotos chegarem às categorias top não por seu talento, mas por algo como dinheiro, 'paitrocínio' e, agora, pelo sexo. Gênero, para ficar bem entendido. Enquanto pilotos como Robin Frinjs, holandês que foi campeão consecutivamente na F-Renault 2.0 e 3.5, está longe de estar na F1, a categoria nos apresenta Carmen Jordá...