Após uma árdua e longa luta ao longo de sua carreira na F1, a equipe Williams havia conseguido sua primeira vitória na F1 quinze dias antes em Silverstone, com seu segundo piloto Clay Regazzoni. Frank Williams queria provar que o triunfo na sua corrida caseira não tinha sido algo pontual e mesmo a F1 indo para um circuito, Hockenheim, onde os motores turbo da Renault seriam claramente favorecidos, a Williams queria validar sua vitória e para isso, contava com a boa fase do seu primeiro piloto Alan Jones.
Como era esperado, a Renault ficou com a pole para o Grande Prêmio da Alemanha, mas a equipe francesa não ficou livre de problemas, pois René Arnoux teve dificuldades em seu carro e por isso não foi capaz de acompanhar seu companheiro de equipe Jean-Pierre Jabouille, ficando exatos 2s atrás do compatriota e poleman. Jones foi o único piloto a ficar ligeiramente próximo de Jabouille e o australiano garantiu um lugar na primeira fila, com os demais pilotos ficando praticamente 1s atrás do ótimo tempo de Jabouille. Piquet novamente superava seu afamado companheiro de equipe Lauda, enquanto a Tyrrell colocava Pironi entre os dez primeiros mesmo tendo um drama dentro da equipe, com seu outro piloto Jean-Pierre Jarier tendo problemas de saúde e sendo impedido de correr na Alemanha, acabando substituído pelo inglês Geoff Less.
Grid:
1) Jabouille (Renault) - 1:48.48
2) Jones (Williams) - 1:48.75
3) Laffite (Ligier) - 1:49.43
4) Piquet (Brabham) - 1:49.50
5) Scheckter (Ferrari) - 1:50.00
6) Regazzoni (Williams) - 1:50.12
7) Lauda (Brabham) - 1:50.37
8) Pironi (Tyrrell) - 1:50.40
9) Villeneuve (Ferrari) - 1:50.41
10) Arnoux (Renault) - 1:50.48
O dia 29 de julho de 1979 estava ensolarado em Hockenheim e perfeito para uma corrida de F1. Os motores turbo já haviam demonstrado toda a sua potência e ajudado a Renault e Jabouille vencerem o Grande Prêmio da França mais cedo na temporada, mas apesar de toda a pesquisa por parte da montadora francesa, o problema no retardo do turbo em baixas rotações ainda não havia sido consertado e por isso, más largadas eram esperadas por parte dos pilotos da Renault. Como numa equação de primeiro grau, Jabouille não saiu muito bem e Alan Jones assumiu a primeira posição, com Jabouille em segundo, sendo seguido por Laffite, Scheckter e Regazzoni.
Provavelmente Jabouille já contava com esse contratempo e ao ficar na segunda posição, ficou escoltando Jones, enquanto este forçava bastante seu Williams e a dupla se desgrudava do segundo grupo formado por Laffite, Scheckter e Regazzoni. Piquet estava em sexto e querendo superar a má confiabilidade do seu Brabham-Alfa Romeo, o brasileiro resolveu imprimir um ritmo mais lento no começo de uma prova conhecida pelas dificuldades com motores e freios, e acabou ultrapassado por Villeneuve e Arnoux ainda nas voltas iniciais. Carlos Reutemann continuava sua temporada decepcionante com a campeã Lotus e acabou abandonando ainda na segunda volta, após sofrer um acidente sem consequências. Jabouille começava a armar o bote em cima de Jones, mas na oitava volta o francês resolveu retardar uma freada no setor do Estádio e acabou saindo da pista, abandonando tristemente no local, praticamente entregando a corrida para Alan Jones, com o australiano já contando com uma boa vantagem sobre os demais.
Na décima terceira volta Regazzoni se aproximou da Ligier de Jacques Laffite e efetuou a ultrapassagem que significava uma dobradinha para a Williams ainda no começo da prova. Sem poder acompanhar o suíço, Laffite se aquietou no terceiro lugar, o mesmo fazendo o quarto colocado Jody Scheckter. Ambos brigavam pelo título e sabiam que esses pontos seriam valiosos no final do ano. Mais atrás, René Arnoux tem um pneu furado e abandona a prova, deixando o quinto lugar para Villeneuve, que era pressionado por Niki Lauda. O veterano Jacky Ickx fazia uma bela prova, como nos bons tempos do belga, com seu Ligier e após largar em 17º, Ickx havia subido para sétimo e se aproximando de Lauda, quando Jacky foi obrigado a abandonar a corrida em sua metade com o pneu furado. Porém, o austríaco não teria melhor sorte quando ele parou na 27º volta com o motor quebrado, fazendo com que Watson subisse para o sexto lugar, mas logo seria a vez de Villeneuve visitar o box com um problema em sua Ferrari e quem assumia o último lugar pontuável era Nelson Piquet, que fazia uma corrida para chegar.
Lá na frente, Alan Jones dominava a prova com facilidade, mas nas últimas voltas o australiano perde rendimento, cedendo mais de 1s por volta para o seu companheiro de equipe Regazzoni. Em Silverstone, a corrida era todinha de Jones, mas um problema mecânico evitou a segunda vitória de Jones na carreira na F1, mas o australiano ainda conseguiu receber a bandeirada em primeiro lugar com menos de 3s de vantagem sobre Regazzoni e com um pneu com um furo lento. Regazzoni completou a dobradinha da Williams, mas também que administrar um problema de alimentação no seu carro no final da prova, o que provavelmente impediu o suíço de ser mais incisivo no ataque ao seu companheiro de equipe. Laffite, Scheckter e Watson completaram os pilotos que terminaram na mesma volta do líder Jones, enquanto Piquet foi mais uma vítima dos pneus faltando duas voltas para o fim, entregando o último ponto para Jochen Mass. Após o domínio inicial da Ligier e depois da Ferrari, agora era a vez da Williams tomar a liderança entre as equipes na F1. O campeonato de F1 de 1979 estava sendo muito equilibrado e cheio de alternativas, e mesmo essa corrida na Alemanha não sendo das mais emocionantes, mostrou que o título seria conquistado pelo piloto-equipe mais regular.
Chegada:
1) Jones
2) Regazzoni
3) Laffite
4) Scheckter
5) Watson
6) Mass
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