Seis anos atrás, três equipes novas estreavam na F1 passando um vexame pela falta de preparação de todas, resultando que Hispania, Lotus e Virgin nunca saíssem da parte de trás do grid e somente a Virgin, hoje Manor, sobrevivesse na categoria até hoje. A Haas prestou bem atenção da trajetória das três equipes então novatas e se preparou com muito esmero e pensando na melhor possibilidade em entrar na F1, conseguiu uma parceria técnico importante com a Ferrari. Para pilotar seus carros, Gene Haas trouxe Esteban Gutierrez muito pela grana dos patrocinadores mexicanos, além da ligação de Gutierrez com a Ferrari e Romain Grosjean, um piloto que já foi chamado de 'Maluco da primeira volta' por Mark Webber, mas que procurou ajuda para evoluir e se tornou um piloto de bom nível na F1 atual. Porém, nem em seus melhores sonhos Haas e Grosjean poderiam esperar pelo resultado de domingo. O francês largou na penúltima fila, provavelmente a posição esperada de uma equipe que estava estreando, mas logo de cara superando a já veterana Manor. Grosjean usou sua experiência para fazer uma largada sem erros e se manteve no pelotão intermediário, longe de repetir os seguidos vexames das extintas Hispania e Lotus (Caterham). Contudo, o acidente de Fernando Alonso mudou todo o panorama da corrida, tanto na frente, como na parte de trás do pelotão. Grosjean ainda não tinha feito sua parada e estava correndo entre os dez primeiros quando a bandeira vermelha foi mostrada. Com as equipes podendo fazer modificações em seus carros, a Haas imitou a rival de parceira, a Mercedes, e colocou pneus médios no carro do francês para tentar ir até o final da corrida. Não seria uma tarefa fácil, porém. Seriam quase 40 voltas com o mesmo pneu, na frente de pilotos do calibre como Hulkenberg e Bottas, com carros que finalizaram muito a temporada passada, Force India e Williams. Grosjean não se intimidou com o desafio e usando o bom motor Ferrari, conseguiu manter sua posição na frente desses dois ótimos pilotos e com o abandono de Raikkonen, mas alguns erros de estratégia da Toro Rosso, Romain pulou para sexto. O francês não podia errar, mas não dá para dizer que Grosjean passou maiores apuros para segurar Hulkenberg e Bottas. O sexto lugar de Grosjean foi, como o próprio francês falou depois da corrida, como uma vitória. Ao contrário das nanicas, Gene Haas começou sua caminhada na F1 com o pé direito, mostrando profissionalismo e um bom entendimento da corrida, repetindo o feito da Toyota em 2002, quando também estreou com um sexto lugar na F1, mas nesse caso, estamos falando de uma montadora gigante como a Toyota, enquanto a Haas, mesmo tendo muito dinheiro e experiência na Nascar, não tem um décimo do investimento da Toyota. Enquanto que para Grosjean, a pilotagem segura em condições adversas e sem estar com um carro no nível de Hulk e Bottas, mostra que os tempos de maluquinho ficaram definitivamente para trás.
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