Nunca a pré-temporada responde todas as perguntas que se fazem quando a F1 começa as suas atividades em cada começo de ano. Ainda mais uma pré tão curta como a de 2016. Algumas perguntas só serão respondidas durante o primeiro final de semana de corridas do ano, em Melbourne, e passada a primeira classificação, deu para perceber evoluções, retrações, novidades e etc.
A Mercedes continua com o melhor carro e com certo destaque, assim como ocorreu nos últimos dois anos. Hamilton conseguiu a pole com oito décimos de segundo na frente de Vettel, o primeiro carro não-Mercedes e considerado a principal esperança de impedir mais um ano dominante da Mercedes. A cara do alemão da Ferrari após a classificação demonstrou certa decepção, mas decepcionante mesmo foi o seu compatriota da Mercedes. Nico Rosberg esteve léguas de distância do piloto que dominou as três últimas provas de 2015 e muitas vezes pareceu que a Ferrari poderia tirar o lugar de Nico da primeira fila. Rosberg precisa acordar logo, até porque seu contrato se encerra no final dessa temporada. A Ferrari é claramente a segunda força e se estende um pouco para a sua nova cliente, a Toro Rosso, que conseguiu um quinto e um sétimo lugar, novamente com Max Verstappen superando Carlos Sainz. Felipe Massa superou com surpreendente folga Bottas, que caiu no Q2 com a nova classificação, o inverso acontecendo com Nasr, que foi superado com certa folga por Ericsson na disputa interna da Sauber.
E vamos falar da nova classificação... Gravei o treino pelo Sportv para assistir hoje pela manhã e querendo vender o peixe, já que a Globo não passa o treino completo, Sergio Maurício e a dupla de comentaristas Lito Cavalcanti e Max Wilson faziam de tudo para elogiar a nova classificação, que realmente deixou o Q1 mais animado, mas era nítido que muitos pilotos ficariam sem pneus novos para tentar se classificar no decorrer do treino. Já no Q2 os pilotos desistiam de tentar melhorar seus tempos, pois não tinham meios (leia-se pneus) para conseguir isso. A cereja do bolo foi o Q3, quando todos os pilotos fizeram uma tentativa no começo do treino e... acabou! Apenas a dupla da Mercedes tentou uma segunda volta rápida quando faltavam cinco minutos e terminado o serviço, o pole Hamilton e o triste segundo colocado Rosberg voltaram aos boxes para comemoração da equipe Mercedes e tristeza de todos que acompanham a F1 e seus envolvidos, que viram um anti-clímax brutal. A F1 precisa de mudanças, mas desde que foi anunciado esse novo modelo de classificação, era unanimidade que a classificação não precisava passar mudanças. Repito o que já falei anteriormente. Na minha humilde opinião, o formato anterior de classificação era o melhor.
Portanto, ainda faltando a corrida para acabar o final de semana australiano, está claro que a Mercedes ainda lidera a F1, mas falava-se que a Ferrari poderia dar o pulo do gato em ritmo de corrida. À verificar. Algumas equipes, nitidamente a McLaren, melhoraram bastante, assim como a Hass já iniciou suas atividades andando na frente da Manor, que viu Haryanto colocar tempo no queridinho da Mercedes, Werhleim. O tempo de volta de Hamilton foi 1.5s mais rápido que a pole de Schumacher em 2004, último ano dos V10. Será os carros atuais tão lentos assim? Mas até o pole Hamilton criticou o horrível novo modelo de classificação.
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