Se há uma palavra que a McLaren necessita é reconstrução. Para quem acompanha a F1 de longa data foi de apertar o coração ver Williams e McLaren, que tanto dominaram a F1 nos anos 1980, brigarem para escapar da última posição em 2018. Sempre gigante nos últimos 45 anos, a McLaren vive sua pior fase na F1, muito graças a decisões arriscadas que não deram certo. A parceria com a Honda parecia promissora, mas os japoneses erraram feio nos seus primeiros anos de F1 híbrida e a paciência da McLaren terminou num divórcio em um casamento que não deu certo. Se não queria ser cliente com a Mercedes, a McLaren acabou retornando à essa situação com a Renault, mas os resultados não melhoraram, esgotando também a paciência de Fernando Alonso, principal astro da equipe e que se aposentou no final da temporada passada.
Após anos turbulentos, a McLaren deixou o posto de protagonista para ser um mero figurante. Brigar por vitórias? Pura utopia. Sem o apelo de antes, a McLaren apostará em dois jovens pilotos para conseguir se reerguer. Carlos Sainz é mais um produto da cantera da Red Bull, mas o espanhol acabou sem espaço na equipe austríaca e achou abrigo na McLaren, após um ano abaixo das expectativas na Renault, onde foi substituído sem muita cerimônia por Ricciardo. Sainz tentará dar uma volta por cima em sua carreira, além de ter a ingrata missão de substituir Fernando Alonso nos corações do espanhóis. Lando Norris é considerado uma revelação do automobilismo inglês no nível do seu compatriota George Russell. As comparações inevitáveis com Lewis Hamilton apareceram na medida em que Norris ganhava tudo nas categorias de base com o apoio da McLaren. Mas as semelhanças praticamente terminam aí. Norris estreará na F1 numa situação totalmente distinta de Hamilton, que quando debutou pela McLaren doze anos atrás tinha uma equipe ganhadora para lhe auxiliar. Em 2019 Norris terá que mostrar seu talento numa equipe em reconstrução e buscando voltar aos tempos gloriosos de antes.
Há uma torcida para que a McLaren volte aos bons tempos e consiga brigar por vitórias e pódio, o que foi seu habitual em sua longa e tradicional história na F1. Porém, com dois pilotos jovens e tendo a disposição o motor cliente Renault, ainda teremos que ver a McLaren brigando no pelotão intermediário em 2019.
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