quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

RB15

Apesar do belo lay-out da foto, a Red Bull não irá mudar radicalmente sua pintura para a temporada 2019. Na verdade, as diferenças para os anos anteriores são outras. A principal é no motor. Após uma relação entre tapas e beijos, como diria o poeta, com a Renault, a Red Bull entrou em um acordo com a Honda a partir de 2019, se tornando equipe oficial dos japoneses. Um enorme desafio para uma equipe que se mostrou uma má perdedora quando a parceria com a Renault começou a falhar e com a falta de competitividade da Honda até o momento.

A Red Bull terá um ano decisivo pela frente. Foram anos reclamando da Renault, chegando a dizer que tinham o melhor carro, mas o motor estava atrapalhando. Sem opções no mercado, a Red Bull se juntou à Honda, após um estágio com a Toro Rosso. Se a parceria com a Renault não foi das mais empolgantes nos últimos anos, a Honda também não teve uma experiência muito agradável com a McLaren e principalmente com Fernando Alonso. Mesmo com o avanço com a Toro Rosso ano passado, a Honda sofreu com a confiabilidade e apesar de Gasly ter conseguido um quarto lugar no Bahrein e suas duas retas enormes, a Honda está bem longe de mostrar a que veio. Se serve de consolo, a Red Bull agora atuará como equipe principal da Honda, algo que não acontecia com a Renault, que tinha sua equipe oficial.

Um dos trunfos da Red Bull é Max Verstappen. O holandês já vai entrar na sua quinta temporada na F1 com todos os atributos de uma joia rara. O problema é que Max sabe disso e muitas vezes toma atitudes arrogantes e a falta do título já lhe tirar um pouco a paciência, refletindo na pista. A Red Bull faz de tudo para agrada-lo, pois sabe do potencial de Verstappen, mas isso foi um dos motivos da saída de Ricciardo, fazendo com que a marca energética guindasse de forma prematura Pierre Gasly. O jovem francês fazia um trabalho decente na Toro Rosso, mas nada de excepcional, porém, as circunstâncias levaram Gasly ao time principal um pouco antes da hora e o francês será comparado com o maior talento surgido nos últimos tempos.

Com um motor novo, mas ainda sem sucesso, e com a dupla mais jovem do grid, a Red Bull tentará plantar agora para colher no futuro. O problema é se seus dirigentes esperarão tanto tempo, assim como Verstappen. 

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