Fruto da academia de jovens pilotos da Ferrari, o monegasco Charles Leclerc estreou muito bem na F1 ano passado a ponto da Ferrari quebrar um tabu de doze anos: contratar um jovem piloto. Com apenas 21 anos de idade, Leclerc já tinha dado mostras que era mesmo diferenciado ao ter que tirar o pé em Melbourne para não ultrapassar Vettel por uma ordem da Ferrari. O time italiano não tinha feito um bom trabalho na Austrália, mas desde os treinos livres no Bahrein a Ferrari mostrava a mesma força vista em Barcelona, na pré-temporada. Leclerc vinha sempre no mesmo ritmo de Vettel, até mesmo ligeiramente mais rápido, mas era esperado que o experiente alemão colocasse as coisas no lugar quando chegasse a hora. Porém, essa hora chegou e as coisas continuaram fora de ordem dentro da Ferrari e Charles Leclerc conquistou sua primeira pole na F1.
Como toda a primeira vez, alguns recordes foram quebrados. Leclerc se tornou o primeiro monegasco a fazer a pole na F1, além de ser o piloto mais jovem da Ferrari a largar na frente e o segundo mais novo da história. A pole de Charles não foi nada circunstancial. Com a Ferrari mandando no final de semana barenita, Leclerc foi mais rápido do que Vettel nas três partes da classificação. Se isso significa uma virada ferrarista pelo o que foi mostrado na Austrália na quinzena passada, ainda temos o ritmo de corrida para averiguar, mas Leclerc já mexeu nas estruturas da Ferrari, donde Vettel reinava sozinho até o ano passado. A Mercedes chegou a ficar 1s da Ferrari nos treinos, mas se aproximou bastante na classificação, com Hamilton ficando no mesmo décimo de Vettel. Contudo, existe o famoso modo 'fiesta' da Mercedes na classificação e muito provavelmente isso não será usado durante a corrida. A esperança para uma briga emocionante durante a corrida é ver se a Mercedes terá fôlego para andar junto da Ferrari.
Numa pista com retas mais longas, o motor Honda mostrou que ainda deve para Ferrari e Mercedes. A Red Bull nem de longe brigou pela pole, com Verstappen superando por muito pouco a Haas de Magnussen para ser quinto, enquanto Pierre Gasly mais uma vez decepcionou ao ficar pelo caminho no Q2. Neste momento, a Red Bull está mais próxima do pelotão intermediário do que da vitória e o que era big-three pode estar se transformando num big-two. Grande destaque no pelotão intermediário para a McLaren, com seus dois carros no Q2 e Lando Norris mostrando que é mesmo diferenciado. Se com o motor Renault cliente a McLaren fez um bom trabalho, o mesmo não se pode dizer da equipe de fábrica. Após andar na frente de Ricciardo o final de semana inteiro, Hulkenberg ficou no Q1, mas o australiano não foi muito longe ao também ficar no Q2. Um começo de ano decepcionante para os franceses.
Como todo piloto que largará pela primeira vez na frente, a expectativa ficará em como se comportará Leclerc na ponta, tendo ao lado dois multi-campeões ao seu lado. Se na classificação a Ferrari se destacou, a briga pelo melhor ritmo de corrida será interessante amanhã. Assim como ocorreu em 2018, estamos vendo duas marcas históricas brigando corrida a corrida, pista a pista. E até o momento, nenhum dos primeiros pilotos se destacaram como o esperado.
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