Certas personagens não precisam estar em destaque para ganhar respeito e se tornarem referência. Muitas vezes o espetáculo funciona muito bem devido a muita gente que fica nos bastidores, fazendo acontecer para que as estrelas brilhem no palco principal. Mesmo sem aparecer muito na TV, algumas pessoas acabam se tornando sinônimo de onde trabalham. Assim foi Charlie Whiting. O inglês liderava todo o bastidor para que uma corrida de F1 acontecesse de forma padronizada e sem maiores problemas. Se qualquer coisa acontecesse fora do normal, era só chamar o Charlie, mesmo que dentro do cockpit. Quantas vezes os pilotos clamaram pelo Charlie ao longo dos últimos anos? Whiting é de uma geração mais antiga de personagens na F1, onde mecânicos conseguiam crescer dentro da categoria. Graças a sua competência, Whiting se juntou à Brabham e não foi apenas bicampeão mundial (1981 e 1983), como também chegou à direção da F1 por causa de sua aliança com Bernie Ecclestone desde os tempos de Brabham. Mesmo com Ecclestone tendo saído da F1, Whiting continuava na direção das corridas. Ele que apertava o botão para a largada e normalmente dava as bandeiras quadriculadas. Era nesse momento que Charlie Whiting aparecia na TV, mas ele fazia muito mais. Trabalhou em prol da segurança dos pilotos, seja em aspectos técnicos dos carros ou em melhoria nas pistas, que sempre foram vistoriadas por ele. Whiting se preparava para mais uma temporada de F1, mas uma embolia pulmonar nos privou da competência do inglês bem na véspera do início do primeiro final de semana da F1 em Melbourne. Whiting nunca venceu uma corrida de F1, mas será sempre lembrado como um personagem querido e importante no circo.
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