Uma das maiores críticas feitas à Scott Dixon é que ele já é um dos grandes da história da Indy, mas seu carisma de lagartixa subindo uma parede numa jaula de crocodilos faz desse neozelandês que tem cinco títulos da Indy e uma vitória nas 500 Milhas ser nada popular entre os fãs americanos. Porém, Dixon parece não ligar muito para isso. O já veterano se preocupa bem mais com questões dentro da pista que fazem de Dixon o piloto mais completo da Indy na atualidade.
O 2018 de Dixon chegou a ser espantoso. A Ganassi não se adaptou muito bem aos kit universais e o motor Honda não fazia a diferença onde lhe era favorável. As Classificações para Dixon eram lamentáveis, sendo que o seu limite era o carro. Porém, Dixon sabia usar a estratégia a ser favor nas corridas para amealhar pontos e conseguir vitórias completamente improváveis, culminando com um título conquistado de forma até tranquila, tamanha a superioridade de Dixon sobre os demais pilotos. A Ganassi tentará esse ano dar um melhor equipamento para Dixon e começou trocando o fraquíssimo Ed Jones por Felix Rosenqvist, sueco que fez muito sucesso nas categorias de base na Europa e ruminava na péssima F-E. Felix começou muito bem nos testes de pré-temporada, dando uma boa referência para Dixon poder enfrentar Penske e Andretti esse ano.
Se a Ganassi era uma espécie de terceira força ano passado, porque nenhum dos vários pilotos de Penske e Andretti não conseguiram derrotar Dixon? Todos os pilotos dessas equipes tiveram um ano bastante irregular, com vitórias categóricas misturadas com erros bobos. Josef Newgarden, aposta da Penske para o futuro, nem de longe repetiu seu ótimo campeonato em 2017 e mal brigou pelo bicampeonato. A vitória nas 500 Milhas de Indianápolis diminuiu um pouco a sensação de que Will Power não é um bom piloto em ovais, mas o australiano ainda não encontrou a regularidade necessária para voltar a vencer o campeonato. Campeão em 2016, Pagenaud teve um ano para esquecer ano passado e não seria surpresa a Penske pensar em substitui-lo num futuro nem tão distante assim.
Alexander Rossi e Ryan Hunter-Reay lideraram a Andretti ano passado e deverão fazê-lo novamente em 2019, mas se quiserem sucesso, Rossi e Hunter-Reay deverão também cometer menos erros bobos que lhes valeram muitos pontos na luta com Dixon. Marco Andretti só está na equipe por ser filho do ano e nada mais, enquanto Zach Veach ainda tem muito o que mostrar para a Andretti poder apostar nele no futuro. Ano passado também foi marcado pelo trágico acidente que deixou o promissor Robert Wickens numa cadeira de rodas e para o seu lugar na Schmidt-Peterson virá Marcus Ericsson da F1.
Mesmo ainda contando com vários pilotos na casa dos 30 e tantos anos, a Indy começa uma renovação com Newgarden e Rossi. Colton Herta estreará esse ano contando com o apoio da Andretti na Harding e chegou a liderar alguns testes. Algumas estrelas, que já foram campeões na Indy, como Power, Pagenaud e Hunter-Reay, tentarão dar uma volta por cima, mas todos eles ainda parecem abaixo de Scott Dixon. Por isso a pergunta é: quem irá parar Scott Dixon?
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