Em certos momentos a prova de Mid-Ohio nessa tarde parecia um pouco com a corrida austríaca pela manhã, com um piloto dominando da prova e sem ser incomodado. Newgarden fez três quartos de prova muito parecido com Verstappen na F1, onde massacrou a concorrência sem ser incomodado. A briga parecia restrita à segunda posição, entre Colton Herta e o surpreendente Marcus Ericsson, que somente em sua terceira temporada na Indy e segunda na poderosa Ganassi, começa a mostrar bons resultados. No entanto, a Andretti não esteve num bom dia nos pit-stops e Herta perdeu tempo precioso nas suas duas visitas programadas, deixando Ericsson sozinho, mas 7s atrás de Newgarden.
Grande dominador no circuito em Ohio, Scott Dixon fazia uma corrida discreta, onde tocou em Will Power na relargada e com um ritmo lento, segurava um trenzinho a prova inteira. Na saída da segunda parada, apenas um piloto saiu desse trem e foi justamente o líder do campeonato Alex Palou, que pulou para terceiro e se isolou na posição, ganhando pontos importantes frente à Pato O'Ward, um dos que ficaram no rastro de Dixon, junto com Alexander Rossi, Graham Rahal e Romain Grosjean, em ótimo temporada de estreia na Indy.
A temporada de azares da Penske parecia restrita ao abandono de Power, que após toque com Dixon ainda foi abalroado por Ed Jones e saiu do carro com a mão direita machucada. Mesmo Simon Pagenaud e Scott McLaughlin fazendo corridas medíocres, Newgarden parecia intocável na frente. Parecia. Num desgaste anormal de pneus, Ericsson dizimou a diferença que tinha para Newgarden e abriu a última volta menos de 1s atrás do piloto da Penske, que nessa hora rezava para todos os santos que a corrida terminasse sem maiores problemas, o que acabou acontecendo. Bem na semana em que a Penske comemorou os cinquenta anos da primeira vitória na Indy, o incômodo jejum da equipe terminou em grande estilo, com Josef Newgarden espantando os fantasmas para voltar a vencer.
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