domingo, 7 de agosto de 2022

Ele sempre chega


 Scott Dixon não vinha tendo um começo de ano dos melhores, inclusive com muita gente já indicando uma possível decadência do neozelandês. A dolorida derrota em Indianápolis também aumentou essa sensação, mas nunca é bom duvidar dessa raposa felpuda chamada Scott Dixon. Após sua vitória em Toronto, a temporada de Dixon 'pegou no tranco' e o piloto da Ganassi foi se recuperando com resultados sólidos, bem ao seu estilo, mesmo que devendo um pouco em ritmo de classificação.

Na varzeana pista de Nashville, Dixon usou sua experiência para sair de uma incômoda 14º posição no grid para ir evoluindo numa corrida cheia de acidentes e que foi atrasada em quase duas horas por raios ao redor de Nashville. Nos últimos anos, os eventos ao ar livre nos Estados Unidos estão com o procedimento de serem interrompidos em caso de raios próximos ao lugar do evento. Porém, isso não acalmou o ânimo dos pilotos, que se envolveram em inúmeros incidentes, fazendo com que a corrida desse ano lembrasse um pouco 2021, quando parecia que nunca terminaria, incluindo aí uma bandeira vermelha marota, para não finalizar a prova em bandeira vermelha.

O renegado Alex Palou liderou boa parte da prova, mas no fim Josef Newgarden tentou dar o pulo do gato numa estratégia diferente, utilizando ao máximo as bandeiras amarelas, contudo no fim o piloto da Penske teve que fazer uma parada no fim e entregar a vitória na pista de sua casa. E quem estava em segundo quando Newgarden foi aos pits? Isso mesmo, Scott Dixon. Correndo na maciota, o piloto da Ganassi se colocou entre os primeiros em meio ao caos de bandeiras amarelas e interrupções. No final, Dixon aguentou bem as constantes relargadas nas voltas finais para vencer pela segunda vez e se isolar como o segundo maior vencedor da história da Indy. 

A Penske vinha se mostrando forte nos treinos, mas acabou sem a vitória. McLaughin largou na pole e liderou algumas voltas, mas com tantas oportunidades de estratégia, o neozelandês acabou perdendo terreno, para se recuperar e chegar em segundo, embutido no seu xará compatriota. Newgarden foi para uma recuperação banzai após ir para o final da fila em seu último pit-stop e mesmo batendo em Grosjean numa das relargadas, Josef ainda salvou um sexto lugar. Para sorte de Newgarden, Power teve uma corrida horrorosa, onde em nenhum momento teve um bom ritmo, principalmente no fim. Will permaneceu na ponta do campeonato muito pelos problemas de Marcus Ericsson, com o sueco ficando parado duas vezes no fim da prova e terminando atrás até mesmo de Power, que ficou fora do top-10. Com o sexto lugar, Newgarden encostou de vez na luta pelo título, mas esses três devem olhar com mais preocupação com Scott Dixon cada vez mais próximo deles no campeonato. Dixon sempre chega...

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