Correndo no país onde nasceu, Max Verstappen chegou a Spa sabendo que teria que pagar uma punição por troca de câmbio e por isso ele confessou que nunca havia vencido uma corrida largando da sexta posição. O tabu foi quebrado no domingo, ainda colocando 22s em cima do companheiro de equipe após ultrapassar Pérez na volta 17 de 44. Ou seja, Max imprimiu um ritmo quase 1s mais rápido que o mexicano, que não tem nada de bobo e usa o mesmo carro do neerlandês. Max Verstappen é simplesmente inevitável.
segunda-feira, 31 de julho de 2023
Figurão(BEL): Alpine
O final de semana belga começou com a notícia que a Alpine executou uma demissão em massa na cúpula da sua equipe, culminando com as saídas do chefe de equipe Otmar Szafnauer, o diretor esportivo Alan Pérmane e o executivo técnico Pat Fry, esse já tendo a Williams como destino. Esse é mais um exemplo do quão a Renault cuida com certa descaso sua equipe na F1. Já são várias as mudanças no corpo diretivo na equipe gaulesa ao longo dos anos e os resultados simplesmente não aparecem, dando a sensação que a Renault tem receio de fazer um real investimento no time que já lhe garantiu um bom retorno com vitórias e títulos no passado. Atualmente quem sofre com esse impasse são seus dois bons pilotos. Esteban Ocon e Pierre Gasly fizeram um bom papel no final de semana em Spa, mas tudo que eles podem almejar são alguns poucos pontos. Muito pouco para um time que tem por trás uma montadora tão tradicional como a Renault.
domingo, 30 de julho de 2023
Brincando de vencer
sábado, 29 de julho de 2023
Não chove, chuva
É um Deus nos acuda para a F1, pois os pneus maiores e o assoalho sendo responsável pelo aumento de downforce aumenta também a quantidade de spray jogado pelos carros quando a pista está molhada, fazendo com que a visibilidade tornar-se um problema bastante sério para os pilotos, ainda mais com a recente morte de Dilano Van't Hoff na mesma pista de Spa. Outro vilão disso tudo são as dimensões dos carros atuais, que aumenta a chance de aquaplanagem, fazendo com os pneus de chuva forte, que todos pediram para aumentar de tamanho, se tornarem tão inúteis quando um cinzeiro em cima de uma moto.
Tudo isso faz com que a F1 passe vexames quando a pista molha um pouquinho a mais, como aconteceu em Spa várias vezes nesse final de semana. Antes da largada da Sprint uma tormenta passageira encharcou a pista de tal maneira que houve um atraso na largada. Por sinal, algo que já ocorreu até mesmo nos 'bons tempos'. No entanto, fica chato as várias voltas atrás do Safety-Car, tirando quatro voltas da corrida que já é bem curta, o mesmo acontecendo com a paciência de todos, que já esperavam um bom tempo pela largada. Menos mal que ao contrário de 2021, a corrida aconteceu até mesmo com sol, rapidamente inviabilizando os pneus de chuva extrema e por isso exatamente a metade do grid foi aos pits logo na primeira volta valendo para colocar intermediários, ganhando bastante tempo com isso. Oscar Piastri, que já tinha surpreendido ao ficar em segundo no grid da Sprint por meros onze milésimos, foi um dos que procuraram os pits na primeira volta e emergiu na frente de Max Verstappen.
Contudo, estamos em 2023. Nada parece parar Max. Pode chover, relampear, raio cair. Verstappen sempre achará um jeito de alcançar a vitória. Nesse caso, Max ainda foi ajudado por uma saída de pista do aniversariante do dia Fernando Alonso, que completou seus 42 anos na brita. Na relargada, Max pegou o vácuo da McLaren de Piastri para assumir a primeira posição e sumir do horizonte do australiano. Mais uma vitória na conta de Max, enquanto Pérez fazia outra corrida vergonhosa, tomando uma série de ultrapassagens até abandonar para poupar o seu carro. Para sorte do mexicano, Alonso está sofrendo com a decadência da Aston Martin e Hamilton foi penalizado em 5s por um toque com o próprio Checo. A vice-liderança permanece tranquila, mas no feudo da Alpha Tauri, Ricciardo já faz o que dele é esperado: superar, com folgas, Tsunoda. Piastri mostrou mais uma vez a força da McLaren após os updates, enquanto Gasly subiu ao pódio da Sprint num final de semana turbulento da Alpine, com uma demissão em massa da cúpula da equipe, deixando o futuro do time bastante nebuloso com a troca de comando em série e a falta de um certo empenho da Renault com sua equipe na F1.
No domingo é esperado um clima tão instável quanto hoje e mesmo largando em sexto devido à uma punição por troca de câmbio, ninguém espera nada menos do que uma vitória para Max Verstappen. A não ser que chova um pouquinho a mais em Spa...
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Figura(HUN): Red Bull
Ao construir um carro histórico, os recordes são quebrados na medida em que a temporada vai passando. Invicta no ano de 2023, a Red Bull chegou à Hungaroring pronta para quebrar um recorde histórico: doze vitórias consecutivas. E a Red Bull nem teve o maior dos trabalhos para conseguir isso com o inexpugnável Max Verstappen. O neerlandês faz tudo tão ao natural, que mesmo perdendo a pole por meros três milésimos, Max rapidamente resolveu essa questão com uma boa largada e ultrapassando Hamilton para seguir seu passeio dominical. Foi a sétima vitória consecutiva de Max e a confirmação de que a Red Bull superou a mítica McLaren de 1988. E com reais possibilidades de aumentar ainda mais essa sequência. Uma temporada para ser lembrada nos livros da história.
Figurão(HUN): Aston Martin
Semanas atrás, Fernando Alonso falou não apenas que a primeira vitória da Aston Martin estava próxima e era cobrada pelo dono Lawrence Stroll, como escolheu os possíveis locais onde o triunfo viria. Um deles seria Hungaroring. Fernando não poderia estar mais incorreto. Após um início de campeonato de sonho, o time britânico começa a sentir que um time de F1 precisa não apenas construir um bom carro, como desenvolve-lo para seguir as equipes de elite e vencedoras, algo que a Aston Martin nunca chagou a tal patamar em sua história de vários nomes desde a Jordan em 1991. Alonso dizia que a Hungria seria um local que poderia lhe dar a sua vitória de número 33 por causa das características da pista magiar, porém, não é de hoje que a Aston Martin vai se afastando dos bons resultados e pódios consecutivos (todos conquistados por Alonso) amealhados no começo da temporada, enquanto Mercedes, Ferrari e McLaren deram passos adiante com seus pacotes. Na Hungria a Aston Martin esteve longe de ocupar as primeiras filas, com apenas Alonso indo ao Q3, com Lance Stroll sofrendo ainda mais com o declínio do seu carro, ficando pelo Q2. Na corrida a falta de ritmo da Aston Martin ficou clara com a facilidade com o qual Pérez ultrapassou Alonso e o espanhol esteve longe de andar próximo de Mercedes e Ferrari. Com quatro equipes hoje mais desenvolvidas que a Aston Martin levando seus pilotos à bandeirada, Alonso fez o que era possível: nono lugar. Stroll se aproveitou de alguns infortúnios e fechou a zona de pontuação. Apenas três pontos no Mundial de Construtores e a Aston Martin não apenas vê a vice-liderança cada vez mais distante, como enxerga mais perto a titubeante Ferrari. Enquanto isso, Alonso vê sua sonhada 33º vitória mais longe...
domingo, 23 de julho de 2023
Esmagador
sábado, 22 de julho de 2023
Primeira fila animada
A classificação magiar teve como novidade um novo formato, onde os pilotos saem com pneus duros no Q1, médios no Q2 e macios no Q3. Uma nova forma de tentar embaralhar o grid e de certa forma conseguiu, além de desagradar praticamente a todos. Com menos pneus disponíveis, os pilotos andaram muito pouco nos treinos livres para poder acertar o carro, deixando todos descontentes com a novidade, inclusive o público, que viu pouca ação na sexta-feira e no sábado pela manhã. No entanto, como toda novidade, muitas equipes e pilotos quebraram a cabeça e como consequência houveram algumas surpresas na classificação, como a eliminação de George Russell, pole ano passado, durante o Q1. Leclerc, Sainz, Hamilton e Alonso passaram perto de ficar pelo caminho. Outra novidade foi o ressurgimento de Daniel Ricciardo e o australiano fez um trabalho decente, indo ao Q2, enquanto Tsunoda ficou pelo Q1. Um resultado bem desencorajador para o nipônico.
Calçados com pneus médios, os pilotos não tardaram a ir para a pista, principalmente Sergio Pérez. Com sua vaga bastante visada e cinco corridas sem ir ao Q3, o mexicano foi o primeiro a ir à pista e finalmente passou do Q2, algo que Carlos Sainz não conseguiu, ficando a dois milésimos do décimo colocado Alonso, que falou em vitória em Budapeste. Continuando em fatos negativos, os famigerados 'track limits' retornaram com força e vários pilotos tiveram seus tempos deletados, mas felizmente sem mexer muito no grid. Uma surpresa positiva foi a Alfa Romeo colocando seus dois carros no Q3 e Zhou colocou seu carro à frente de Leclerc. A McLaren manteve o bom momento e não apenas foi com os dois carros ao Q3, como Lando Norris participou ativamente da briga pela pole. Com poucos treinos e um novo pacote aerodinâmica, Verstappen pareceu sofrer um pouco mais do que o normal com o acerto do carro, o mesmo acontecendo com Pérez, que não apenas não brigou pela pole, como ficou com uma pálida nona posição.
Após sofrer no Q1, Hamilton melhorou bastante no Q2 e na última tentativa do Q3, se aproveitou que Max não melhorou seu tempo e tirou a pole do piloto da Red Bull por ínfimos três milésimos de segundo. Lewis comemorou bastante e até se mostrou emocionado. Toto Wolff, que será tema de novos memes com o soco que deu na mesa com a eliminação de Russell, sorriu amarelo com a pole de Lewis, enquanto Verstappen parecia não muito feliz, enquanto a McLaren terá a segunda fila para si amanhã. Hungaroring, em seus 37 anos de corridas de F1, sempre se caracterizou por seu um circuito de ultrapassagem dificílima e muitas provas são decididas na largada. Com Hamilton e Verstappen largando na primeira fila, amanhã podemos ver uma primeira curva explosiva.
domingo, 16 de julho de 2023
História: 45 anos do Grande Prêmio da Inglaterra de 1978
Os treinos confirmaram todo o favoritismo da Lotus, porém foi Ronnie Peterson quem ficou com o melhor tempo do final de semana e seria o pole, superando Mario Andretti, que teve vários problemas de câmbio durante os treinos. No primeiro final de semana em que a Williams teria os melhores motores Ford-Cosworth, Jones marcava o sexto tempo, indicando a gradual melhoria do time do tio Frank naquela final de década. Da turma que usavam os novos pneus Goodyear e Michelin, Reutemann conquistara apenas o oitavo posto, com a dupla da McLaren fora do top-10, incluído o terceiro piloto da equipe, o jovem Bruno Giacomelli. Ele faria a diferença na corrida.
Grid:
1) Peterson (Lotus) - 1:16.80
2) Andretti (Lotus) - 1:17.06
3) Scheckter (Wolf) - 1:17.37
4) Lauda (Brabham) - 1:17.48
5) Patrese (Arrows) - 1:18.28
6) Jones (Williams) - 1:18.36
7) Laffite (Ligier) - 1:18.44
8) Reutemann (Ferrari) - 1:18.45
9) Watson (Brabham) - 1:18.57
10) Depailler (Tyrrell) - 1:18.73
Chegada:
1) Reutemann
2) Lauda
3) Watson
4) Depailler
5) Stuck
6) Tambay
terça-feira, 11 de julho de 2023
A volta de Ricciardo
A paciência da Red Bull e do dr. Helmut Marko em particular, não durou muito com os parcos resultados de Nyck de Vries em 2023. O neerlandês fez uma corrida soberba com a Williams ano passado, sendo chamado de supetão e marcando pontos de cara. Referendado pelo compatriota Verstappen, tendo conquistado títulos na F2 e na F-E, De Vries chegou à F1 pela Alpha Tauri com uma bagagem interessante e parecia pronto para fazer um bom trabalho, ainda mais tendo como companheiro de equipe Yuki Tsunoda, um piloto que ainda não disse a que veio. Porém, De Vries decepcionou deveras e mesmo já tendo muita experiência, o neerlandês se meteu em vários incidentes e ficou bem para trás de Tsunoda.
Nessa manhã surgiu a notícia de que De Vries tinha sido demitido e não demorou muito para que não apenas a notícia se confirmasse, como surgisse o substituto: Daniel Ricciardo. O australiano parecia fora da F1 após passagens menos felizes por Renault e McLaren, mas Ricciardo ressurgiu como piloto de testes da Red Bull, fazendo um bom trabalho no simulador. O retorno de Ricciardo à F1 pela Alpha Tauri pode significar outra coisa. Com Pérez cada vez mais na berlinda, Ricciardo pode estar sendo preparado para substituir o mexicano em 2024 e passar meia temporada competindo, já é uma baita treino para voos maiores. Lembrando que Ricciardo andou no mesmo ritmo de Max quando estiveram juntos, contudo, Verstappen é hoje um piloto muito diferente do imberbe garoto quando dividiu boxe com o sempre animado Daniel.
E não devemos esquecer que Ricciardo não estava em boa fase na F1 e perder para Tsunoda pode ser a pá de cal de sua carreira na F1, algo que aconteceu com Nyck de Vries, que entrou para a história como mais uma vítima da máquina de moer carreiras da Red Bull capitaneada por Marko.
segunda-feira, 10 de julho de 2023
Figura(ING): McLaren
Numa época sem testes e com o teto orçamentário restringindo mais e mais os projetistas e engenheiros, é raro ver uma equipe subir tanto no pelotão, mas a McLaren conseguiu essa proeza nesse final de semana. Após um início de temporada desalentador, a McLaren prometeu que lançaria alguns pacotes de melhorias que tiraria o tradicional time inglês das últimas posições do pelotão intermediário. Aos poucos, a McLaren foi melhorando de desempenho e na Áustria, quando parte do grande pacote prometido para o início do verão europeu surgiu, a McLaren já obteve resultados bem mais encorajadores e Norris pôde brigar até mesmo com o trio de equipes que persegue a Red Bull. O pacote completo estaria pronto para Silverstone e o segundo piloto Oscar Piastri também usaria as novidades. Foi a senha para o grande salto da McLaren e dos maiores desde a surpreendente pole da Force India em Spa/2009. Desde os treinos livres a dupla da McLaren se manteve firme entre os primeiros colocados e na classificação, Norris e Piastri se colocaram como o melhor do resto, ficando atrás apenas do intocável Max Verstappen. Se a McLaren estava forte em ritmo de classificação, como se sairiam na corrida? A resposta foi dada com uma corrida estupenda. Já na largada a dupla da McLaren mostrou sua força com Norris ultrapassando Max e Piastri pressionando o piloto da Red Bull. Quando Max deu o troco em Lando, a dupla da McLaren perseguiu de perto a Red Bull, não deixando Mercedes, Ferrari ou Aston Martin se aproximar. Talvez desacostumada em brigar tão na frente, a McLaren cometeu o único deslize do final de semana ao colocar o composto de pneu errado no carro de Norris, mas a McLaren estava tão forte que Lando pôde segurar Hamilton com pneus mais macios do que os dele para assegurar o segundo lugar. Piastri, prejudicado pelo Safety-Car no último terço de prova, ficou com um desafio parecido ao ter que segurar uma Mercedes com pneus mais macios que os dele, mas o australiano emulou seu companheiro de equipe, mesmo que Piastri merecesse o pódio nesse domingo. Que a subida de uma equipe forte e tradicional como a McLaren se mantenha.
Figurão(ING): Lance Stroll
Muitos falam da enorme diferença entre o líder inconteste e futuro tricampeão mundial de F1 Max Verstappen e seu sofrido companheiro de equipe Sergio Pérez, mas muitos esquecem que o mexicano, aos trancos e barrancos, ainda segura o vice-campeonato e tem duas vitórias em 2023. Olhando outras equipes, podemos encontrar grandes diferenças entre companheiros de equipe, que causam uma grande desigualdade que afeta bastante o Mundial de Construtores. Enquanto Fernando Alonso se coloca numa ótima terceira colocação no Mundial de Pilotos, Lance Stroll ocupa uma pálida oitava posição, com quase um terço dos pontos conquistados pelo espanhol. Em Silverstone, casa da equipe Aston Martin, Lance esteve nos seus piores dias, onde não apenas esteve longe de andar no mesmo nível de Alonso, o que já se tornou corriqueiro, como com a decadência da Aston Martin ao longo da temporada, o canadense vai ladeira abaixo e na corrida, Lance não esteve próximo da zona de pontos e ainda arruinou a corrida de Pierre Gasly, num toque evitável com o piloto da Alpine, que acabou abandonando pelo incidente. Porém, Lance Stroll nem se preocupa em perder sua vaga. Afinal, enquanto papai Lawrence acreditar que o filhão pode fazer bonito na F1, Lance vai ocupando o lugar que seria melhor aproveitado por um bom piloto.
domingo, 9 de julho de 2023
Mais um desfile
sábado, 8 de julho de 2023
Quem poderá nos defender?
A chuva apareceu ainda durante o terceiro treino livre 3 em Silverstone, deixou a pista bem molhada na corrida da F2, mas na classificação da F1 todo mundo já estava calçado com pneus slicks, mesmo alguns pingos dificultando a vida dos pilotos. Como relatado acima, a confiança de Pérez está claramente abalada e o chicano sequer chega perto de Verstappen nas mesmas condições. Numa situação difícil então... Pérez estava perto da eliminação do Q1 quando o carro de Magnussen quebrou e uma bandeira vermelha se fez presente. Desesperado pelo perigo iminente de outra desclassificação, Pérez se precipitou ao colocar seu Red Bull na porta do pit-lane, esperando a luz verde. Os pneus congelaram naquela situação e por mais que tenha feito o melhor tempo, a pista estava claramente boa e Pérez foi despencando na classificação até sair do top-15, significando outra corrida de recuperação para Pérez, além da paciência da cúpula da Red Bull estar terminando.
Desde os treinos livres ficara claro que haveria surpresas. A McLaren já tinha mostrado bastante potencial com o novo pacote na Áustria, enquanto a Williams surpreendeu ao ver Albon constantemente entre os primeiros colocados nos treinos livres. No Q2, já com sol, Stroll saiu de cena, mostrando que o sonho da primeira vitória da Aston Martin vai se esvaindo, já que Alonso quase ficou de fora do Q1 e em nenhum momento emulou seus bons momentos no começo da temporada. A Mercedes sofreu, mas colocou seus dois carros no Q3, enquanto a McLaren mostrava uma força que ninguém esperava. Tanto que Norris chegou a tomar a ponta do Q3 nos últimos instantes, mas foi superado no final por Verstappen. O neerlandês não apareceu tanto, mas foi decisivo quando era necessário, superando a dupla da McLaren, no que foi a melhor classificação de Piastri, terceiro. Já na Red Bull, mais uma vez haverá alegria pela pole de Max e a tentativa de achar respostas para outro sábado horroroso de Pérez. Está cada dia mais difícil defender Checo...
terça-feira, 4 de julho de 2023
Jan
Jan Ellegaard Magnussen nasceu no dia 4 de julho de 1973 em Roskilde, na Dinamarca. O jovem começou no kart aos 11 anos de idade, após uma rápida passagem pelo motocross, iniciando uma trajetória de vários títulos nacionais e internacionais, incluindo dois campeonatos mundiais júnior em 1987 e 1989 e o mundial sênior em 1990. Ao completar 18 anos, Magnussen estreou nos carros com um F-Ford na sua Dinamarca natal para se mudar para a Inglaterra em 1992, onde disputou o certame inglês da F-Ford 1600, terminando num ótimo terceiro lugar, mas Jan chamou atenção ao vencer o famoso Festival Mundial de Brands Hatch. Magnussen subiu para a F-Vauxhall em 1993, onde conquistou quatro vitórias, mas o danes novamente não foi campeão. Jackie Stewart já tinha a melhor equipe de base da Inglaterra e rapidamente identificou em Magnussen um grande talento, o chamando para a F3 ainda em 1993, onde Jan foi ao pódio na estreia, visando sua passagem uma temporada completa no ano seguinte. Foi o início da lenda!
Parabéns!
Jan Magnussen
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Figura(AUT): Lando Norris
O início de 2023 da McLaren foi assustadoramente ruim e os sinais na pré-temporada eram de um ano difícil para os pilotos comandados por Zak Brown. Mesmo que os áureos tempos da McLaren já tenham passado faz muitos anos, ninguém pode subestimar uma equipe com a tradição e força como a McLaren possui. Com um contrato de longo prazo com a McLaren, não faltou quem sugerisse à Lando Norris que ele procurasse outro carro e assim mostrar seu talento. Norris aguentou firme e esperou para ver. E podemos dizer que Lando não fez uma escolha errada. Na Áustria a McLaren trouxe um segundo grande pacote de mudanças, continuando o que fez em Baku meses atrás, onde Norris e Piastri pelo menos saíram das últimas posições. O novo pacote se mostrou ainda mais promissor e sendo o escolhido para testar as novidades, Lando Norris executou um final de semana muito acima do que a McLaren tinha mostrado até então. Largando em boas posições no grid, Norris imprimiu um bom ritmo tanto na Sprint como na corrida de domingo, onde passou boa parte da prova duelando com seu compatriota e multi-campeão Lewis Hamilton, derrotando-o de forma clara e genuína na pista. Depois, Lando ainda ganhou uma posição pela enxurrada de punições e terminou numa ótima quarta colocação, em sua melhor corrida em 2023. Norris ainda espera um terceiro grande pacote de novidades da McLaren, o que pode melhorar ainda mais a situação do inglês.
Figurão(AUT): FIA
Os track limits vem sendo uma dor de cabeça para a F1 já faz algum tempo, principalmente quando tiraram grama e/ou brita ao lado da pista para instalarem asfalto, por motivos de segurança, mas terminando com um limite claro e visual. Os pilotos sempre procurarão cada milímetro de pista possível para conseguir ganhar aquele centésimo decisivo e se há asfalto ali, é claro que eles irão por lá. A FIA tenta cortar essa situação de todas as maneiras, mas como não há um limite claro, temos situações como a desse final de semana, onde milhares (isso mesmo, milhares) de anotações foram feitas de pilotos saindo do limite imposto pela FIA, modificando completamente a classificação da corrida quando todos tinha saído do autódromo ou desligado a TV, fazendo todos de bobos, com uma regra bizarra e longe de estar clara. Como corrigir isso? Trazendo a velha e boa grama ao lado da pista. Com certeza, ninguém vai ganhar vantagem indo por lá!
domingo, 2 de julho de 2023
Rumo à F1?
Em Mid-Ohio, um dos palcos tradicionais da Indy, Palou usou todas as armas à sua disposição para vencer. Largando na segunda fila, Palou foi agressivo ao ultrapassar Kyle Kirkwood (que rodou na disputa e desapareceu da corrida), usou a estratégia ao fazer um primeiro stint com pneus duros, enquanto os demais usavam macios e ao ficar mais tempo na pista, emergir à frente dos líderes Colton Herta e Graham Rahal. Tendo pista livre à frente, Palou imprimiu um ritmo destruidor, só não colocando mais tempo em cima do Scott Dixon, que também conseguiu subir na primeira rodada de paradas, pois encontrou um teimoso retardatário em Benjamin Pedersen, que o segurou por várias voltas e dificultou a ultrapassagem de forma inacreditável. Tudo bem que na Indy a regra da bandeira azul seja bem diferente do que é normalmente visto na Europa, mas disputar freada com o líder foi forçar demais a barra. Palou desfilou no resto da corrida e no último stint segurou o ritmo para uma terceira vitória consecutiva que o coloca como favorito destacado ao título.
Para melhorar a vida de Palou, seu companheiro de equipe Marcus Ericsson errou feio na largada numa disputa sueca com Felix Rosenqvist e abandonou ali mesmo. Por sinal, mais uma vez devemos a proteção de cabeça da Indy por não termos um acidente grave, pois o pneu dianteiro de Ericsson ficou marcado no Aeroscreen de Rosenqvist. Se não fosse o aparato, poderíamos ter um acidente potencialmente perigoso e com resultados imprevisíveis. Outro piloto que luta pelo título e que tinha ritmo em Lexington era Pato O'Ward, porém o mexicano já tinha errado no sábado e largando da última fila, Pato arriscou numa estratégia de três paradas que o fez andar muito forte o tempo todo. A falta de bandeiras amarelas não ajudou muito a causa de O'Ward, mas que ainda garantiu ao piloto da McLaren um lugar entre os dez primeiros. Marcada por um forte acidente no treino livre, a Meyer Shank teve que trocar Simon Pagenaud e de última hora trouxe Conor Daly, que fechou o grid. Mesmo sem conhecer a equipe, Daly chegou à frente de Castroneves. Falcão tem uma frase famosa onde diz que o esportista morre duas vezes. Além da morte natural, existe a 'morte' da vida como atleta. Infelizmente esse é um momento delicado, mas está claro que Helio agoniza à nossa frente.
Deixando o passado para trás, Palou olha para o futuro e talvez pense que a Indy não seja mais o bastante para ele. O espanhol, cuja carreira foi toda na Europa, não esconde que ainda quer um lugar na F1 e olhando o desempenho da turma da Red Bull (tirando Max, é claro), Palou olha a situação da equipe Alpha Tauri, mesmo ele tendo contrato com a McLaren e já ter testado por lá. Palou ainda tem 2024 indefinido, mesmo com um desempenho arrasador na Indy. Ganassi? McLaren? Ou até mesmo uma ida à F1? Tudo está na mesa para Palou, que vai performando como um verdadeiro bicampeão.
E tivemos corrida