Em Motegi Jorge Martin esteve simplesmente imparável. Venceu de forma dominante na Sprint no sábado e na tensa corrida desse domingo, quando a chuva deu às caras com força, o espanhol soube usar a cabeça para se manter na ponta e vencer pela terceira vez no ano. Bagnaia largou em segundo, teve problemas em sua moto reserva, quando trocou no momento da chuva, mas ainda beliscou um segundo lugar, bem atrás de Martin. O problema é que essa diferença não se refere no campeonato. De um título quase ganho, a turbulência de Bagnaia e a fase esplendorosa de Martin transformaram um título decidido num certame eletrizante, com apenas três pontos separando o italiano do Jorge. Com Marco Bezzecchi perdendo terreno no Japão, após uma vitória com autoridade na Índia, a disputa parece mesmo restrita aos dois pilotos da Ducati.
Jorge Martin vive a expectativa de ser o franco atirador, o piloto de equipe satélite que em teoria não teria condições de enfrentar os pilotos da equipe de fábrica, porém, não dá para negar o talento e a ótima fase do espanhol nesse momento. Bagnaia já esteve em situações de alto estresse, como no ano passado, quando chegou a ficar mais de noventa pontos atrás de Quartararo antes de virar o campeonato rumo ao título. Ter deixado Martin se aproximar dessa maneira, após ter dominado boa parte do campeonato, deixou Bagnaia numa situação crítica dentro da Ducati. O que pode jogar a favor de Pecco é a política. Mesmo sendo uma Ducati, a Pramac não é a equipe de fábrica e isso pode ser um fator desabonador para Martin. Nesse momento, isso parece ser o que resta para Bagnaia nessa reta final de campeonato.
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