sábado, 28 de outubro de 2023

Instabilidade

 


A palavra mais ouvida na Cidade do México nesse final de semana de Grande Prêmio é instabilidade. Os conhecidos problemas no ar rarefeito fazem com que os carros andem com máxima pressão aerodinâmica, mas com uma pista escorregadia e pneus mais frágeis que os chutes de Silvio Romero, os pilotos encontraram várias dificuldades a ponto de algumas surpresas aparecerem no final de semana. A Ferrari vinha num final de semana discreto até mesmo no grande ponto forte dos italianos, que é o ritmo em volta lançada. Leclerc e Sainz foram atrapalhados no final do TL3 e nas duas primeiras partes da classificação, nenhum dos dois deu pinta que venceria o sempre favorito Max Verstappen. Contudo, Leclerc e Sainz tiraram algum desempenho não se sabe de onde e ficaram com a dobradinha no circuito Hermanos Rodríguez.

Dono de um dos menores circuitos do calendário, o lendário Circuito Hermanos Rodríguez não tem mais como característica o asfalto extremamente ondulado, mas a pista curta trouxe alguns problemas para os pilotos, inclusive com cenas de engarrafamento no final do pit-lane. A primeira vítima acabou sendo Lando Norris, que tinha feito um bom final de semana até ali, mas errou em suas duas tentativas no Q1 e ficou na última fila do grid. Fernando Alonso continuou o declínio da Aston Martin com outra desclassificação no Q2, onde o espanhol novamente rodou, repetindo o que já ocorrera nos treinos livres. Enquanto isso, Verstappen se mostrava o grande favorito ao liderar os três treinos livres e sempre se impor quando entrava na pista.

Porém, meio que do nada, a Ferrari surgiu extremamente forte no Q3 e colocou seus dois pilotos na primeira fila, superando Max por menos de um décimo. Correndo em casa, Pérez fez um papel mais digno nesse final de semana, mas ainda assim sai do seu circuito patrício com a pecha do fracasso, já que Daniel Ricciardo, para muitos o seu substituto na Red Bull em 2024, conseguindo sua melhor classificação com a Alpha Tauri e superando Checo, ficando numa ótima quarta posição. Destaque também para a Alfa Romeo ao colocar seus dois carros no Q3, enquanto a Mercedes, após liderar no Q2, ter ficado bem longe dos líderes no Q3. A longa reta dos boxes produz bastante vácuo e a corrida até a primeira curva no México é uma das mais aguardadas do ano, com muitos mudanças podendo acontecer. Sem contar que os pneus serão um fator chave amanhã. Justamente o ponto fraco da Ferrari. E o forte da Red Bull.

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