Na sexta-feira escrevi sobre os aspectos que unem e ao mesmo tempo separam Mônaco de Indianápolis. Após assistir as duas corridas, me lembrei de outra: a chuva. Enquanto que no principado a chuva é bem-vinda, pois transforma uma provável procissão à alta velocidade em uma loteria sobre muita chuva, em Indiana a chuva simplesmente acaba a corrida! No sábado, a metereologia indicava chuva em Monte Carlo e sol em Indianápolis. Ocorreu o contrário...
Se em Mônaco a procissão realmente ocorreu debaixo de um sol de rachar e das ordens de equipe "by Ron Dennis", em Indianápolis a chuva foi protagonista mais uma vez em quase cem anos de corrida. A chuva apareceu primeiro quando a largada foi atrasada em uma hora para o secamento total da pista. Quando Mary Hulman pronunciou as palavras mais famosas do automobilismo (Senhoras e senhores, liguem seus motores!), o motor do pole Hélio Castroneves simplesmente não ligou. O vencedor de 2001 e 2002 parece ter usado toda sua sorte nas suas conquistas, pois desde então tudo aconteceu com Helinho em Indianápolis.
Depois de quase repetir o papelão de Roberto Guerrero quinze anos atrás, Castroneves conseguiu largar na pole e então passou a disputar a liderança de forma feroz com o segundo colocado do grid Tony Kanaan. Os dois brazucas deram show na Brickyard, seguidos de perto por Sam Hornish Jr., o perigoso vencedor das 500 Milhas do ano passado. A primeira bandeira amarela causada por um acidente acabou com o passeio de Roberto Moreno por Indianápolis nesses últimos quinze dias. Moreno bateu de leve, mas acabou sendo levado para o hospital com dores nas costas, terminando mais uma de suas várias aventuras pelo automobilismo mundial.
Já nesse altura da corrida os carros da Andretti-Green mostravam estar muito bem acertados e Tony Kanaan já não tinha mais Hélio Castroneves no seu encalço, pois a Penske teve um problema na mangueira de reabastecimento e o brasileiro ficou literalmente na mão. A equipe Ganassi não tinha um desempenho excelente das corridas anteriores e Hornish fazia uma corrida mais de espera. Dos cinco pilotos da Andretti-Green, o piloto que menos se destacava era Dario Franchitti, ficando atrás até mesmo da Danica Patrick, que a TV constantemente mostrava brigando pela décima posição...
O tempo carrancudo de Indianápolis não dava trégua e um radar que o Luciano do Valle falava direto mostrava que uma chuva forte se aproximava rapidamente do autódromo. Se fossem completadas 101 das 200 voltas programadas, a corrida seria encerrada e sabendo disso, pilotos e equipes começaram a se preocupar com esse novo limite. Faltando poucas voltas para a volta 101, uma bandeira amarela apareceu com Marco Andretti em primeiro, seguido por Kanaan e a Danica. Na relargada, já com 109 voltas, Kanaan ultrapassou Andrettizinho na curva 1 e assumiu a liderança só para Phil Giebler estampar o muro de Indianápolis e causar mais uma bandeira amarela e a chuva cair com força. Bandeira vermelha.
Tony Kanaan traduziu bem esse momento: "Se eu fosse americano, a corrida já teria terminado." A chuva forte que caía sobre a Capital Mundial do Esporte a Motor praticamente determinaria o fim da corrida, mas como Tony é brasileiro... Nesse momento, fui para o computador para ter mais informações e passei então a ver a cobertura que o www.grandepremio.com.br dava ao monótono Grande Prêmio de Mônaco. Lá pelas tantas vi que a corrida tinha recomeçado! Fui para a TV, mas já tinha perdido mais de 30 voltas. Que ódio!
Nesse momento a corrida estava em bandeira amarela, com Kanaan ainda em primeiro. O Luciano contava as milhas para uma tempestade - "que poderia se transformar em tornado!" - iria chegar ao autódromo. Então Kanaan foi aos boxes... Franchitti assumiu a liderança e tudo parecia perdido. E ficou ainda mais perdido quando Kanaan tocou no carro de Jacques Lazier e rodou. Por sorte, Tony entrou nos boxes para trocar seu pneu furado, mas sua corrida estava praticamente terminada. A esperança brasileira estava em cima de Hélio Castroneves, que a esse altua estava em terceiro, mas na última relargada da corrida, Marco Andretti mostrou que ele realmente é filho do Michael. Numa manobra totalmente louca, ele tocou em Dan Wheldon no meio da reta oposta e saiu capotando. Pelas graças do Nosso Senhor Jesus Cristo, por pouco Mario Andretti perderia seu neto, pois o carro, acho eu, do Scott Sharp ia acertando o carro do Marco capotado, de frente. Se Sharp não freasse forte, ele acertaria Andretti bem no seu cockpit. Nesse momento, a tempestade desabou sobre Indianápolis e com 163 voltas completadas e o dia já raiando, a bandeirada foi dada com Dario Franchitti em primeiro, seguido por Scott Dixon da Ganassi e Helio Castroneves. Vítor Meiraandou bem e levou seu problemático Panther a lugares que nem mesmo o brasiliense esperava.
A esposa do Franchitti, a gata Ashley Judd, dançava na chuva e abraçava até os comissários da pista (será que Indianápolis está com uma vaguinha?) com um vestido pra lá de atiçante. Após Jim Clark, Franchitti se tornou o segundo escocês a vencer as 500 Milhas. Mesmo fumando numa quenga, Kanaan teve a ombridade de dar os parabéns ao amigo, que bebia seu leite debaixo de uma garagem, tamanha era a chuva. Com certeza, chuva e Indianápolis não combinam!
Se em Mônaco a procissão realmente ocorreu debaixo de um sol de rachar e das ordens de equipe "by Ron Dennis", em Indianápolis a chuva foi protagonista mais uma vez em quase cem anos de corrida. A chuva apareceu primeiro quando a largada foi atrasada em uma hora para o secamento total da pista. Quando Mary Hulman pronunciou as palavras mais famosas do automobilismo (Senhoras e senhores, liguem seus motores!), o motor do pole Hélio Castroneves simplesmente não ligou. O vencedor de 2001 e 2002 parece ter usado toda sua sorte nas suas conquistas, pois desde então tudo aconteceu com Helinho em Indianápolis.
Depois de quase repetir o papelão de Roberto Guerrero quinze anos atrás, Castroneves conseguiu largar na pole e então passou a disputar a liderança de forma feroz com o segundo colocado do grid Tony Kanaan. Os dois brazucas deram show na Brickyard, seguidos de perto por Sam Hornish Jr., o perigoso vencedor das 500 Milhas do ano passado. A primeira bandeira amarela causada por um acidente acabou com o passeio de Roberto Moreno por Indianápolis nesses últimos quinze dias. Moreno bateu de leve, mas acabou sendo levado para o hospital com dores nas costas, terminando mais uma de suas várias aventuras pelo automobilismo mundial.
Já nesse altura da corrida os carros da Andretti-Green mostravam estar muito bem acertados e Tony Kanaan já não tinha mais Hélio Castroneves no seu encalço, pois a Penske teve um problema na mangueira de reabastecimento e o brasileiro ficou literalmente na mão. A equipe Ganassi não tinha um desempenho excelente das corridas anteriores e Hornish fazia uma corrida mais de espera. Dos cinco pilotos da Andretti-Green, o piloto que menos se destacava era Dario Franchitti, ficando atrás até mesmo da Danica Patrick, que a TV constantemente mostrava brigando pela décima posição...
O tempo carrancudo de Indianápolis não dava trégua e um radar que o Luciano do Valle falava direto mostrava que uma chuva forte se aproximava rapidamente do autódromo. Se fossem completadas 101 das 200 voltas programadas, a corrida seria encerrada e sabendo disso, pilotos e equipes começaram a se preocupar com esse novo limite. Faltando poucas voltas para a volta 101, uma bandeira amarela apareceu com Marco Andretti em primeiro, seguido por Kanaan e a Danica. Na relargada, já com 109 voltas, Kanaan ultrapassou Andrettizinho na curva 1 e assumiu a liderança só para Phil Giebler estampar o muro de Indianápolis e causar mais uma bandeira amarela e a chuva cair com força. Bandeira vermelha.
Tony Kanaan traduziu bem esse momento: "Se eu fosse americano, a corrida já teria terminado." A chuva forte que caía sobre a Capital Mundial do Esporte a Motor praticamente determinaria o fim da corrida, mas como Tony é brasileiro... Nesse momento, fui para o computador para ter mais informações e passei então a ver a cobertura que o www.grandepremio.com.br dava ao monótono Grande Prêmio de Mônaco. Lá pelas tantas vi que a corrida tinha recomeçado! Fui para a TV, mas já tinha perdido mais de 30 voltas. Que ódio!
Nesse momento a corrida estava em bandeira amarela, com Kanaan ainda em primeiro. O Luciano contava as milhas para uma tempestade - "que poderia se transformar em tornado!" - iria chegar ao autódromo. Então Kanaan foi aos boxes... Franchitti assumiu a liderança e tudo parecia perdido. E ficou ainda mais perdido quando Kanaan tocou no carro de Jacques Lazier e rodou. Por sorte, Tony entrou nos boxes para trocar seu pneu furado, mas sua corrida estava praticamente terminada. A esperança brasileira estava em cima de Hélio Castroneves, que a esse altua estava em terceiro, mas na última relargada da corrida, Marco Andretti mostrou que ele realmente é filho do Michael. Numa manobra totalmente louca, ele tocou em Dan Wheldon no meio da reta oposta e saiu capotando. Pelas graças do Nosso Senhor Jesus Cristo, por pouco Mario Andretti perderia seu neto, pois o carro, acho eu, do Scott Sharp ia acertando o carro do Marco capotado, de frente. Se Sharp não freasse forte, ele acertaria Andretti bem no seu cockpit. Nesse momento, a tempestade desabou sobre Indianápolis e com 163 voltas completadas e o dia já raiando, a bandeirada foi dada com Dario Franchitti em primeiro, seguido por Scott Dixon da Ganassi e Helio Castroneves. Vítor Meiraandou bem e levou seu problemático Panther a lugares que nem mesmo o brasiliense esperava.
A esposa do Franchitti, a gata Ashley Judd, dançava na chuva e abraçava até os comissários da pista (será que Indianápolis está com uma vaguinha?) com um vestido pra lá de atiçante. Após Jim Clark, Franchitti se tornou o segundo escocês a vencer as 500 Milhas. Mesmo fumando numa quenga, Kanaan teve a ombridade de dar os parabéns ao amigo, que bebia seu leite debaixo de uma garagem, tamanha era a chuva. Com certeza, chuva e Indianápolis não combinam!
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