A primeira corrida européia da temporada 1976 trazia a maior novidade nos regulamentos da Formula 1 nos últimos tempos. Para aumentar a segurança, várias medidas foram tomadas pela FIA e uma delas falava sobre a nova dimensão da asa traseira, que seria determinante nesta corrida em Jarama e no campeonato. Alguns carros haviam estreado os novos regulamentos nas corridas anteriores, mas Ferrari, Brabham e, principalmente, Tyrrell chegavam à Espanha com novos carros. O grande destaque era claramente o novo projeto de Derek Gardner para a escuderia de Ken Tyrrell. Desde o final de 1975 a Tyrrell havia anunciado que construiria um carro de seis rodas, o P34. Muitos acharam que isso não passava de um golpe publicitário, enquanto Patrick Depailler testava o novo modelo radical de forma extensiva na França. Para surpresa de muitos, o P34 estava pronto para correr em Jarama, mas apenas Depailler teria o novo carro à disposição.
Dias antes dos primeiros treinos oficiais, as equipes treinaram em Jarama seus novos carros (ou adaptados) e a McLaren se destacou com o melhor tempo. Na Classificação, James Hunt confirmou a boa fase e marcou o melhor tempo, à frente de Lauda. O austríaco havia sofrido um pequeno acidente doméstico, quando capotou um trator e quebrou algumas costelas, por isso, não se sabia ao certo qual era a situação de Lauda. Depailler dissipou todas as dúvidas em cima do novo carro da Tyrrell e ficou em terceiro. O P34 era bastante desequilibrado nas entradas de curva, mas com duas rodas a mais, tinha excelente aderência nas saídas de curva, podendo iniciar uma nova era de carros com seis rodas na F1. Se fosse vencedor.
Grid:
1) Hunt(McLaren) – 1:18.52
2) Lauda(Ferrari) – 1:18.84
3) Depailler(Tyrrell) – 1:19.11
4) Mass(McLaren) – 1:19.14
5) Regazzoni(Ferrari) – 1:19.15
6) Brambilla(March) – 1:19.27
7) Nilsson(Lotus) – 1:19.39
8) Laffite(Ligier) – 1:19.39
9) Andretti(Lotus) – 1:19.59
10) Amon(Ensign) – 1:19.83
O dia 2 de maio de 1976 amanheceu quente e ensolarado na pista próximo a Madri, mas o que estava quente mesmo era nos bastidores. A FIA fez uma vistoria técnica antes da corrida e encontrou irregularidades nos carros da Brabham e da March. Assim, todas as equipes foram avisadas que após a corrida, seria realizada uma vistoria geral, ainda mais rigorosa, liderada pelo comissário espanhol Jimenez Aranelli. A largada aconteceu de forma tranqüila na primeira fila, com Hunt e Lauda saindo bem na luz verde, mas o piloto da Ferrari acabaria se sobressaindo na primeira curva e assumindo o primeiro posto.
Um fato decisivo para a prova foi a ótima largada de Vittorio Brambilla, pulando de 6º para 3º, mas o italiano da March não tinha condições de se segurar naquele ritmo e atrapalharia Jochen Mass e Patrick Depailler. Quando estes dois se livraram de Brambilla, Lauda e Hunt já estavam mais afastados, andando num ritmo muito forte. Jacques Laffite também ultrapassa Brambilla, assumindo o 5º posto e assim, as cinco primeiras posições ficaram estáticas, com as duas Lotus começavam a atacar Brambilla, após um mau início da equipe de Colin Chapman, que trazia como novidade a reestréia de Mario Andretti. Uma das dificuldades do Tyrrell de seis rodas era justamente com os freios, pois todo o sistema teria que ser redimensionado e Depailler sabia disso. O francês estava confortavelmente em 3º, quando o pedal de freio do seu carro foi até o fim sem funcionar numa freada e Depailler fez seu carro rodar. Ele não bateu forte, apenas quebrando a asa traseira, mas teve que abandonar.
Enquanto isso, Hunt perseguia Lauda implacavelmente, colado na traseira da Ferrari do austríaco, enquanto Mass subia de rendimento sem a presença de Depailler e encostava no duo principal. O inglês da McLaren sabia que Lauda não estava nas melhores das condições e por isso teria problemas mais cedo ou mais tarde. Na volta 32, James Hunt colocou sua McLaren por dentro no final da reta dos boxes e efetuou a ultrapassagem vitoriosa. Mass se aproveitou do embalo e deixou Lauda para trás duas voltas depois, fazendo uma dobradinha da McLaren. Mais atrás, Laffite tem problemas em sua Ligier e perde várias posições, enquanto Gunnar Nilsson subia para 4º, seguido por Regazzoni, Andretti e Scheckter. Esses três acabariam abandonando nas voltas seguintes, fazendo com que pilotos que haviam largado fora do top-10, como as Brabhams de Reutemann e José Carlos Pace, ficassem nas posições pontuáveis.
Após ultrapassar Lauda, James Hunt desapareceu na frente e a McLaren só não completou a dobradinha porque Jochen Mass teve seu motor fundido nas voltas finais, mas o que importava para a McLaren era que a Ferrari de Lauda estava 30s atrás e, definitivamente, a equipe chefiada por Teddy Mayer estava na briga pelo título. Então, veio o baque. Após James Hunt receber o seu troféu das mãos do rei Juan Carlos e estourar o champanhe, foi anunciado que o aerofólio traseiro da McLaren estava 1,8cm mais largo do que os novos regulamentos diziam. Hunt foi desclassificado sumariamente e Lauda foi anunciado como o novo vencedor. Mayer apelou da decisão e ameaçou deixar a F1. Após muita controvérsia, Hunt teria sua vitória devolvida dois meses depois e esses nove pontos acabariam por fazer uma enorme diferença na contagem de pontos no Mundial.
Chegada:
1) Hunt
2) Lauda
3) Nilsson
4) Reutemann
5) Amon
6) Pace
Dias antes dos primeiros treinos oficiais, as equipes treinaram em Jarama seus novos carros (ou adaptados) e a McLaren se destacou com o melhor tempo. Na Classificação, James Hunt confirmou a boa fase e marcou o melhor tempo, à frente de Lauda. O austríaco havia sofrido um pequeno acidente doméstico, quando capotou um trator e quebrou algumas costelas, por isso, não se sabia ao certo qual era a situação de Lauda. Depailler dissipou todas as dúvidas em cima do novo carro da Tyrrell e ficou em terceiro. O P34 era bastante desequilibrado nas entradas de curva, mas com duas rodas a mais, tinha excelente aderência nas saídas de curva, podendo iniciar uma nova era de carros com seis rodas na F1. Se fosse vencedor.
Grid:
1) Hunt(McLaren) – 1:18.52
2) Lauda(Ferrari) – 1:18.84
3) Depailler(Tyrrell) – 1:19.11
4) Mass(McLaren) – 1:19.14
5) Regazzoni(Ferrari) – 1:19.15
6) Brambilla(March) – 1:19.27
7) Nilsson(Lotus) – 1:19.39
8) Laffite(Ligier) – 1:19.39
9) Andretti(Lotus) – 1:19.59
10) Amon(Ensign) – 1:19.83
O dia 2 de maio de 1976 amanheceu quente e ensolarado na pista próximo a Madri, mas o que estava quente mesmo era nos bastidores. A FIA fez uma vistoria técnica antes da corrida e encontrou irregularidades nos carros da Brabham e da March. Assim, todas as equipes foram avisadas que após a corrida, seria realizada uma vistoria geral, ainda mais rigorosa, liderada pelo comissário espanhol Jimenez Aranelli. A largada aconteceu de forma tranqüila na primeira fila, com Hunt e Lauda saindo bem na luz verde, mas o piloto da Ferrari acabaria se sobressaindo na primeira curva e assumindo o primeiro posto.
Um fato decisivo para a prova foi a ótima largada de Vittorio Brambilla, pulando de 6º para 3º, mas o italiano da March não tinha condições de se segurar naquele ritmo e atrapalharia Jochen Mass e Patrick Depailler. Quando estes dois se livraram de Brambilla, Lauda e Hunt já estavam mais afastados, andando num ritmo muito forte. Jacques Laffite também ultrapassa Brambilla, assumindo o 5º posto e assim, as cinco primeiras posições ficaram estáticas, com as duas Lotus começavam a atacar Brambilla, após um mau início da equipe de Colin Chapman, que trazia como novidade a reestréia de Mario Andretti. Uma das dificuldades do Tyrrell de seis rodas era justamente com os freios, pois todo o sistema teria que ser redimensionado e Depailler sabia disso. O francês estava confortavelmente em 3º, quando o pedal de freio do seu carro foi até o fim sem funcionar numa freada e Depailler fez seu carro rodar. Ele não bateu forte, apenas quebrando a asa traseira, mas teve que abandonar.
Enquanto isso, Hunt perseguia Lauda implacavelmente, colado na traseira da Ferrari do austríaco, enquanto Mass subia de rendimento sem a presença de Depailler e encostava no duo principal. O inglês da McLaren sabia que Lauda não estava nas melhores das condições e por isso teria problemas mais cedo ou mais tarde. Na volta 32, James Hunt colocou sua McLaren por dentro no final da reta dos boxes e efetuou a ultrapassagem vitoriosa. Mass se aproveitou do embalo e deixou Lauda para trás duas voltas depois, fazendo uma dobradinha da McLaren. Mais atrás, Laffite tem problemas em sua Ligier e perde várias posições, enquanto Gunnar Nilsson subia para 4º, seguido por Regazzoni, Andretti e Scheckter. Esses três acabariam abandonando nas voltas seguintes, fazendo com que pilotos que haviam largado fora do top-10, como as Brabhams de Reutemann e José Carlos Pace, ficassem nas posições pontuáveis.
Após ultrapassar Lauda, James Hunt desapareceu na frente e a McLaren só não completou a dobradinha porque Jochen Mass teve seu motor fundido nas voltas finais, mas o que importava para a McLaren era que a Ferrari de Lauda estava 30s atrás e, definitivamente, a equipe chefiada por Teddy Mayer estava na briga pelo título. Então, veio o baque. Após James Hunt receber o seu troféu das mãos do rei Juan Carlos e estourar o champanhe, foi anunciado que o aerofólio traseiro da McLaren estava 1,8cm mais largo do que os novos regulamentos diziam. Hunt foi desclassificado sumariamente e Lauda foi anunciado como o novo vencedor. Mayer apelou da decisão e ameaçou deixar a F1. Após muita controvérsia, Hunt teria sua vitória devolvida dois meses depois e esses nove pontos acabariam por fazer uma enorme diferença na contagem de pontos no Mundial.
Chegada:
1) Hunt
2) Lauda
3) Nilsson
4) Reutemann
5) Amon
6) Pace
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