Para quem corre de Marussia, Caterham e na falecida Hispania nos últimos quatro anos, conseguir brilhar na F1 e partir para um carro melhor nos anos vindouros significa fazer algo mais, sair da caixa e superar as baixas expectativas de quem corre para equipes nanicas frente as demais na F1. Quando correram por essas equipes, Bruno Senna e Lucas di Grassi só reclamavam do que todo mundo via: o carro era ruim. E meio que se conformavam com isso, fazendo um arroz-com-feijão nos finais de semana de corrida, não se destacando em nenhum momento. Bruno ainda ficou na F1 por um tempo devido aos patrocínios, mas Di Grassi ficou pelo caminho após uma temporada, sendo seguido pelo sobrinho de Ayrton mais tarde. Eles não saíram da caixa. Pois Jules Bianchi o fez com grande esforço em Mônaco. Vindo da Academia de Pilotos da Ferrari, o francês já havia demonstrado um certo talento ao volante da nanica Marussia, mas faltava um resultado de relevo para mostrar isso. E as perspectivas para Monte Carlo não era animadoras para Bianchi, pois a equipe teve que trocar seu câmbio e o francês largou dos boxes. Rumo a uma corrida inesquecível, onde se colocou confortavelmente à frente da Lotus de Romain Grosjean e em certos momentos, sua desvantagem para a Williams de Felipe Massa era pequena. Mesmo punido novamente, Bianchi conseguiu a façanha de marcar os primeiros pontos de uma equipe nanica, daquelas que entraram por obra de Max Mosley em 2010, e também seus primeiros pontos na F1. Pode ser o primeiro de muitos. Além de ser protegido da Ferrari, Bianchi fez seu nome na F1 com uma atuação soberba e mesmo numa equipe pequena, superou e muito as baixas expectativas depositadas nele e no carro, colando ao lado do seu nome o adjetivo de piloto bom e capaz de grandes resultados.
Foi muito merecido.
ResponderExcluirO rapaz fez uma corrida segura, muito boa.